2013
17
jun

Project Loon: a iniciativa do Google para levar internet a lugares remotos a partir de balões

Prover acesso à internet em localidades muito remotas costuma ser um desafio dos bons: a distância geográfica pode dificultar a instalação de cabos e áreas montanhosas inviabilizam a implementação de redes 3G, por exemplo. Felizmente, há iniciativas em andamento que tentam contornar estas limitações, sendo uma delas o inusitado Project Loon, do Google.

Balão do Project Loon - Imagem por Google

Balão do Project Loon – Imagem por Google

A ideia consiste em posicionar balões especiais em uma distância de aproximadamente 20 quilômetros do solo e fazê-los fornecer acesso à internet via sistema sem fio. Teoricamente, cada balão consegue manter transmissões para uma área de até 40 quilômetros, mas é possível ampliar esta cobertura fazendo vários balões atuarem de maneira conjunta. Em terra, uma estação especial se comunica constantemente com os balões para enviar a eles o sinal de internet.

É claro que os balões não ficam completamente imóveis no céu, mas na altura de 20 quilômetros os ventos são mais estáveis e ferramentas de geolocalização ajudam a posicioná-los em pontos adequados. Além disso, há, por exemplo, mecanismos de controle que fazem com que uma balão ocupe o lugar de outro que se deslocou demais.

A captação dos sinais no solo é feita a partir de antenas especiais localizadas em pontos relativamente altos, como topos de prédios. A partir daí, o sinal pode ser redistribuído a partir de redes Wi-Fi locais, por exemplo. Em condições normais, a velocidade de acesso é semelhante ao das redes 3G.

Cada balão tem cerca de 15 metros de diâmetro e, para este projeto, são preparados para ficar aproximadamente 100 dias no ar ininterruptamente. Painéis de energia solar garantem o funcionamento do sistema de emissão de rádio, do controle de altitude e de qualquer outro equipamento de bordo.

A ideia é tão fora do comum que pode parecer longe de ser concretizada. Para quem pensa assim, a novidade é que o Google já está realizando testes práticos do projeto na Nova Zelândia: por lá, já há cerca de 30 balões sendo utilizados e este número poderá aumentar nos próximos dias.

Este simpático vídeo apresenta a ideia:

Este outro, mais detalhado, mostra como a tecnologia funciona:

É claro que muitas dúvidas ficam no ar. Por exemplo: uma vez que estes balões ficam em uma altitude cerca de duas vezes maior que a dos aviões, será que os sinais não causarão interferências nas aeronaves?

O xkcd não perdeu a chance de fazer uma graça com a ideia 😛

Detalhes técnicos à parte, a ideia é bastante interessante, não só por se propor a levar acesso à internet a áreas afastadas, mas também a regiões com telecomunicações limitadas por motivações políticas ou que ficaram temporariamente incomunicáveis por conta de desastres naturais, por exemplo. E é claro: como almoço grátis não existe, o Google também deve ter lá seus interesses.

Saiba mais sobre o assunto em www.google.com/loon.

Emerson Alecrim

Comentários desativados em Project Loon: a iniciativa do Google para levar internet a lugares remotos a partir de balões

2013
28
mar

Agora é possível usar o Google Tradutor no Android sem conexão à internet

O aplicativo do Google Tradutor (Google Translate) para Android é uma mão na roda para quem está em outro país e não conhece bem o idioma local. O problema é que, por padrão, a ferramenta exige uma conexão à internet, coisa que não é fácil de encontrar caso você esteja, por exemplo, no meio do deserto do Atacama. Felizmente, uma atualização lançada recentemente pelo Google superou esta limitação.

A partir de agora, é possível baixar pacotes de idiomas no aplicativo para realizar traduções de maneira off-line. Tudo o que é necessário fazer é abrir o menu do programa, escolher a opção Idiomas off-line e, na tela seguinte, marcar as línguas desejadas para baixar seus respectivos pacotes. Há, atualmente, suporte a cerca de 50 idiomas, entre eles, árabe, japonês, russo, finlandês e, olha só, português.

Google Tradutor – Cerca de 50 idiomas disponíveis off-line

Google Tradutor – Cerca de 50 idiomas disponíveis off-line

O próprio Google ressalta que a tradução pode não ser tão abrangente quanto à versão on-line. Não é difícil entender o porquê: a tradução na Web conta com algoritmos que são atualizados constantemente para oferecer a melhor interpretação possível, enquanto que a tradução off-line se baseia em recursos mais simples por limitação de espaço, processamento e outros. Mesmo assim, a novidade quebra um galhão!

Para quem não conhece a ferramenta, é possível fazer traduções a partir de três métodos de entrada: teclado (digitação), voz e câmera. Neste último, o programa utiliza uma espécie de mecanismo de OCR (Optical Character Recognition) para identificar palavras em imagens, útil para traduzir placas de aeroporto, por exemplo.

Tradução a partir da câmera

Tradução a partir da câmera

É válido frisar que o aplicativo do Google Tradutor utiliza aproximadamente 10 MB de espaço, mas os pacotes de idiomas são consideravelmente maiores. A língua espanhola, por exemplo, exige pouco mais de 150 MB, razão pela qual é recomendável baixar apenas os idiomas que você irá utilizar de fato e fazê-lo, preferencialmente, a partir de uma conexão Wi-Fi.

Mais informações e download do Google Tradutor no Google Play.

Emerson Alecrim

Comentários desativados em Agora é possível usar o Google Tradutor no Android sem conexão à internet

2013
06
mar

Google+ ganha uma leve reformulação em sua interface

Usuários do Google+ puderam notar que, nesta quarta-feira (06/03/2013), o serviço passou a ter uma interface levemente reformulada. Coincidência ou não, a mudança acontece apenas um dia antes do anúncio a ser feito oficialmente pelo Facebook que, de acordo com rumores, tratará justamente de um visual novo para a rede social.

A mudança mais notável está na capa do perfil do usuário: agora, esta pode ser preenchida com uma imagem de até 2120 x 1192 pixels, ocupando praticamente toda a tela. A captura abaixo mostra um exemplo:

Capa do Google+: agora em tamanho extra grande

Capa do Google+: agora em tamanho extra grande

É uma característica que impressiona, mas que ao mesmo tempo levanta dúvidas sobre a usabilidade do site. Felizmente, este aspecto parece não ter sido prejudicado, uma vez que uma rápida rolagem de tela exibe as postagens do usuário imediatamente. Quando isso é feito, uma barra permanece no topo da página e exibe a foto do usuário – agora, dentro de um círculo – e botões para o seu conteúdo (imagens, vídeos e outros):

A barra escura no topo da página é fixa, ou seja, permanece visível mesmo com rolagem de tela

A barra escura no topo da página é fixa, ou seja, permanece visível mesmo com rolagem de tela

Outra alteração que merece destaque está na funcionalidade “hovercard”: quando o usuário passa o cursor do mouse por cima da miniatura de um perfil, o Google+ exibe um “cartão de apresentação” desta conta; este recurso já existia, é bom frisar, mas agora está muito mais apresentável:

Hovercard no perfil da ilustra Ila Fox

Hovercard no perfil da ilustradora Ila Fox

Repare nos botões na parte inferior do hovecard: com eles, você pode iniciar um hangout com a pessoa, enviar um e-mail a ela ou conversar via chat.

É válido frisar que estas mesmas mudanças se aplicam também às páginas do Google+ que são utilizadas por sites, empresas e outras instituições. Você pode conferir, como exemplo, a página do InfoWester – aproveite para nos acompanhar por lá 😉

Outras novidades incluem uma nova organização na aba “Sobre” do perfil e o recurso “Comentários”, onde o usuário pode fazer resenhas de lugares visitados.

A opção para aceitar a alteração aparece assim que a pessoa entra no Google+. Mas, caso você o faça e não perceba mudança alguma, basta esperar: de acordo com o Google, a novidade está sendo implementada de maneira gradativa e logo deverá contemplar todas as contas.

Emerson Alecrim

Comentários desativados em Google+ ganha uma leve reformulação em sua interface

2012
29
out

Google Nexus agora em três tamanhos: 4, 7 e 10 polegadas

É claro que o Google não poderia ficar parado diante das recentes investidas da Apple e da Microsoft (leia-se iPad mini e Windows 8): a empresa anunciou nesta segunda-feira (29/10/2012) o smartphone Nexus 4 e os tablets Nexus 7 e Nexus 10, todos rodando uma nova versão do Android, a 4.2. O anúncio deveria ter sido feito em grande estilo, em um evento em Nova Iorque (Estados Unidos), mas o Google se viu obrigado a cancelar a apresentação por causa do furação/tempestade Sandy.

Nexus 4

Feito em parceria com a LG, o Nexus 4 é um smartphone com uma generosa tela de 4,7 polegadas com resolução de 1.280 x 768 pixels, processador quad core Qualcomm Snapdragon S4 Pro de 1,5 GHz, 2 GB de memória RAM, câmera traseira de 8 megapixels, câmera frontal capaz de gerar imagens em 1080p e bateria de 2.100 mAh. No aspecto da conectividade, o dispositivo conta com Wi-Fi 802.11n, Bluetooth 4.0, NFC, HSPA+ e 3G. Nada ruim, né? Só que não tem 4G LTE…

Smartphone Nexus 4 – Imagem por Google

Smartphone Nexus 4 – Imagem por Google

Também merece menção o carregador de energia do Nexus 4. Chamado de Wireless Charging Orb, o item funciona com indução, sem necessidade de conexão por fios. Trata-se de uma tecnologia que, aos poucos, começa a aparecer no mundo dos dispositivos móveis – o Nokia Lumia 920, por exemplo, também conta com este recurso.

Nexus 7

O tablet Nexus 7 não é novidade: fruto de uma parceria com a Asus, o dispositivo foi apresentado oficialmente no meio do ano durante o evento Google I/O 2012. O que a turma de Mountain View apresentou hoje foi um Nexus 7 levemente melhorado com mais conectividade (inclusão de suporte a HSPA+), Android 4.2 no lugar da versão 4.1 e mais espaço para armazenamento de dados: sai a versão de 8 GB, fica a de 16 GB e entram os modelos com 32 GB.

Tablet Nexus 7 – Imagem por Google

Tablet Nexus 7 – Imagem por Google

No mais, o Nexus 7 continua com tela IPS de 7 polegadas e resolução de 1.280 x 800 pixels, processador quad core Tegra 3 de 1,3 GHz, 1 GB de memória RAM, bateria com autonomia estimada em até 9 horas, Wi-Fi, NFC, Bluetooth, câmera frontal de 1,3 megapixel (sem câmera traseira), entre outros.

Nexus 10

Oriundo de uma parceria com a Samsung (sim, o Google alterna entre os fabricantes), o Nexus 10 é o grandalhão da turma. Você já deve ter percebido pelo nome que se trata de um tablet com tela de 10 polegadas (na verdade, 10,1). O destaque fica por conta de sua resolução: são 2.560 x 1.600 pixels, quase 300 pixels por polegada, o que o faz, pelo menos teoricamente, ter uma definição mais interessante que o iPad com Retina Display.

Tablet Nexus 10 – Imagem por Google

Tablet Nexus 7 – Imagem por Google

Uma tela assim sem um bom conjunto de hardware não faz sentido e, felizmente, o Nexus 10 não faz feio neste aspecto: o aparelho conta com processador dual core Exynos 5250 com núcleo Cortex A15 de 1,7 GHz integrada a uma GPU Mali T604, 2 GB de memória RAM, câmera traseira de 5 megapixels, câmera frontal de 1,9 megapixel, bateria de 9 mAh e 16 GB ou 32 GB para armazenamento de dados (sem expansão via cartão SD). No que se refere à conectividade, o tablet oferece conexão microHDMI, Bluetooth, Wi-Fi e NFC.

Android 4.2

Bom, você já sabe: todos estes novos sabores da linha Nexus contam com uma nova versão do Android, a 4.2, cujo codinome continua sendo Jelly Bean. Esta atualização chega com várias novidades interessantes. Eis algumas delas:

  • Suporte a múltiplos usuários: os tablets (e apenas tablets) com Android 4.2 poderão ter mais de um perfil de usuário. Assim, uma pessoa pode ter uma conta para o seu cotidiano e outra para que seu filho pequeno possa brincar no dispositivo, por exemplo;
  • Gesture Typing: trata-se de um tipo de teclado virtual ágil, onde o usuário insere as informações deslizando os dedos sobre os caracteres. Lembra bastante a ferramenta Swype, que tem a mesma finalidade;
  • Suporte para Miracast: o Android 4.2 passa a suportar um padrão que permite transmitir conteúdo de áudio e vídeo para uma TV via conexão sem fio;
  • Nova versão do Google Now: funcionalidade que disponibiliza uma série de informações possivelmente úteis ao usuário de maneira automática, isto é, sem que este solicite, como situação do trânsito, condições climáticas, etc. Agora, há também informações sobre voos, transporte públicos e outros;
  • Daydream: recurso que exibe informações quando o aparelho está com tela bloqueada, como notícias recentes, fotos, informações do Google Now e assim por diante;
  • Photo Sphere: talvez o recurso mais inusitado, pois permite ao usuário criar fotos panorâmicas obtendo não apenas imagens pelas laterais como também capturas do que está acima ou abaixo do dispositivo, lembrando bastante o Google Street View.

Disponibilidade e preços

O Google não repetiu o erro da Microsoft, que anunciou a linha Surface sem definir preços e datas de lançamento. Eis o que a empresa informou:

  • Nexus 4 de 8 GB: 299 dólares;
  • Nexus 4 de 16 GB: 349 dólares;
  • Nexus 7 de 16 GB: 199 dólares;
  • Nexus 7 de 32 GB: 249 dólares ou 299 dólares com HSPA+;
  • Nexus 10 de 16 GB: 399 dólares;
  • Nexus 10 de 32 GB: 499 dólares.
Vídeo promocional dos novos Nexus

 

Estes valores correspondem aos preços praticados nos Estados Unidos, mas todos estes aparelhos também estarão disponíveis a partir do dia 13 de novembro (2012) nos seguintes países: Alemanha, Austrália, Canadá, Espanha, França, Reino Unido e Japão. O Brasil seguiu com a tradição de não ser incluído na rota de lançamentos do tipo.

Emerson Alecrim

1
comentário

2012
17
out

Google abre as portas de seus data centers – Pelo menos virtualmente

Olha só que interessante: nesta quarta-feira (17/10/2012), o Google resolveu liberar imagens e alguns detalhes sobre o funcionamento de seus data centers, além de permitir um passeio virtual na unidade de Lenoir, nos Estados Unidos, por meio do Google Street View. É uma maneira interessante de conhecer um pouco dos bastidores de um dos maiores nomes da internet.

Imagens dos data centers do Google

É claro que as informações liberadas não são críticas, ou seja, não revelam nenhum segredo importante sobre as operações do Google. Todo mundo sabe que a empresa se preocupa bastante em preservar a sua tecnologia e isso não mudou nada nos dias de hoje. Aparentemente, a iniciativa é uma forma que a empresa encontrou de mostrar ao mundo como ela lida com questões como segurança dos dados, eficiência energética e impacto ambiental.

A empresa mostra, por exemplo, fotos de seus centros acompanhadas de rápidas explicações. Em uma delas, um funcionário aparece trocando uma placa-mãe. O rodapé da imagem esclarece que, quando componentes estragam, a empresa tenta repará-los em vez de simplesmente descartá-los. Quando o conserto não é possível, o material é então separado para reciclagem.

As fotos são interessantes, mas o passeio pelo data center de Lenoir é, de longe, a parte mais divertida. Ali, é possível ver imagens não só do data center em si, como também dos corredores administrativos da unidade. Como é típico da cultura do Google, algumas “brincadeiras” também aparecem pelo caminho, como um Stormtrooper guardando um acesso ao lado de um discreto R2-D2 e um funcionário assistindo ao vídeo do meme Rick Roll.

Em seu post sobre o assunto, o Google mencionou o convite feito ao jornalista Steven Levy para conhecer a sua infraestrutura que resultou nesta interessantíssima matéria sobre os data centers (em inglês). A empresa também prometeu disponibilizar mais imagens nos próximos dias no Google Green Blog (também em inglês, é a vida).

Emerson Alecrim

Comentários desativados em Google abre as portas de seus data centers – Pelo menos virtualmente

2012
27
jul

Google Fiber: o acesso à internet que todos nós queremos

Pois é, o símbolo do Google Fiber é um coelhoSe os imóveis de Kansas City – tanto em Missouri, quanto em Kansas, nos Estados Unidos – sofrerem uma valorização súbita, não será de se estranhar: a cidade foi a escolhida entre mais de mil candidatas para receber o Google Fiber, serviço de acesso à internet via fibra óptica com velocidade de até 1 Gb/s oferecido pelo Google. Sim, um gigabit por segundo, sem necessidade de pagar valores exorbitantes.

Free Internet

O Google Fiber conta com três planos. O primeiro deles é o Free Internet. Nesta opção, o usuário tem direito a uma conexão de 5 Mb/s para download e 1 Mb/s para upload. O preço? De graça! O assinante só precisa pagar a taxa de instalação de 300 dólares, que pode ser parcelada em 12 vezes de 25 dólares. Inclui roteador Wi-Fi e suporte pelos próximos sete anos.

E em pensar que eu gasto cerca de 65 reais mensais por uma conexão de 4 Mb/s do Vivo Speedy, sem contar o provedor para autenticação…

Gigabit Internet

Este é o pacote que oferece conexão de 1 Gb/s (ou 1.000 Mb/s), tanto para download quanto para upload. Seu preço é de 70 dólares por mês. Pode parecer um valor alto, mas estamos falando de uma conexão de 1 giga, oras! Inclui roteador Wi-Fi e 1 terabyte de espaço no Google Drive.

Pelo menos por enquanto, não há taxa de instalação para o Gigabit Internet, no entanto, o contrato exige permanência mínima de doze meses.

Gigabit + TV

Esta opção também oferece conexão de 1 Gb/s, mas é acompanhada de um serviço de TV por assinatura em alta definição com cerca de 160 canais, embora alguns nomes conhecidos, como HBO e ESPN, não estejam incluídos. Seu preço é de 120 dólares por mês, com contrato mínimo de dois anos, mas os recursos adicionais fazem valer o preço:

  • 1 TB de espaço no Google Drive;
  • Um tablet Nexus 7 para fazer as vezes de um controle remoto (acredite se quiser);
  • Receptor de TV que também é roteador Wi-Fi;
  • Storage Box, uma espécie de HD de 2 TB para que o usuário possa gravar conteúdo da TV.

Este pacote também não exige taxa de instalação.

* * *

A proposta do Google Fiber é tão incomum que assusta até mesmo os provedores tradicionais dos Estados Unidos. Sabe-se, por exemplo, que a Time Warner Cable está oferecendo recompensas para consumidores que puderem disponibilizar detalhes sobre o novo serviço.

E claro, uma velocidade tão alta por um preço tão razoável faz surgir dúvidas quanto às reais intenções do Google, por exemplo: a empresa quer simplesmente se tornar um provedor de acesso de destaque ou tenta estimular as operadoras tradicionais a oferecerem planos mais generosos?

Vídeo promocional (e provocativo) do Google Fiber

Se olharmos para o histórico do Google, veremos que este comportamento não é novidade, mesmo não sendo intencional: quando o Gmail foi lançado, em 2004, os demais serviços de e-mail ofereciam baixa capacidade armazenamento: coisa de 1 MB, 5 MB ou 10 MB; mas aí o Google apareceu com um serviço de correio eletrônico de 1 GB e mudou todo o segmento, para sempre.

Por ora, o Google Fiber está em uma espécie de “fase piloto”, o que sugere que o serviço poderá ser oferecido em outras localidades após os testes. Mesmo por lá, as conexões não serão disponibilizadas de imediato: o Google está fazendo um pré-cadastro, processo que acontecerá até 09 de setembro de 2012 e que determinará quais bairros receberão a novidade primeiro.

Emerson Alecrim

Comentários desativados em Google Fiber: o acesso à internet que todos nós queremos

2012
27
jun

Android 4.1, tablet Nexus 7 e outras novidades do Google I/O 2012

Hoje (27/06/2012) é o primeiro dia da edição 2012 do Google I/O, que acontece em San Francisco, Estados Unidos. Apesar de ser voltado para desenvolvedores, várias novidades para o público em geral costumam ser apresentadas no evento e desta vez não foi diferente: os destaques ficaram por conta da confirmação do Android 4.1, do anúncio do tablet Nexus 7 e do equipamento para streaming Nexus Q, além da apresentação do Project Glass (óculos de realidade aumentada) por Sergey Brin.

Android 4.1 (Jelly Bean)

Muita gente sequer teve seu smartphone atualizado para a versão Ice Cream Sandwich (é o caso deste que vos escreve), mas o Google já está trabalhando no Android 4.1, de codinome Jelly Bean. Esta versão, na verdade, foi descoberta dias atrás, quando o Google revelou a existência do sistema no Google Play de maneira supostamente acidental.

Entre os recursos do Android 4.1 está o Project Butter, que modifica várias características da interface para deixá-la mais rápida e intuitiva. Outro destaque é o recurso de notificações: estas agora aparecem de maneira mais organizada e, dependendo do caso, permitem que o usuário interaja mais rapidamente, respondendo ali mesmo a uma mensagem de SMS, por exemplo.

O novo sistema de notificações do Android 4.1 – Imagem por Google

O novo sistema de notificações do Android 4.1 – Imagem por Google

O Android 4.1 também conta com uma nova ferramenta para digitação na tela, maior facilidade de compartilhamento de fotos e um assistente de voz mais eficiente e que lembra o Siri, da Apple. Mas o que chama a atenção mesmo é uma ferramenta de nome Google Now, que tem a proposta de disponibilizar uma série de informações possivelmente úteis ao usuário de maneira automática, isto é, sem que este solicite, como situação do trânsito, condições climáticas, entre outros. O vídeo a seguir mostra o Google Now em ação:

Nexus 7

Se o Google já havia lançado smartphones Android, por que não um tablet? Finalmente algo do tipo apareceu e atende pelo nome de Nexus 7. Mas, não se trata necessariamente de mais um rival para a linha iPad, da Apple: por ser mais econômico, tanto em preço quanto em recursos, o dispositivo está mais para um competidor direto do Kindle Fire.

Tablet Nexus 7 – Imagem por Google

Tablet Nexus 7 – Imagem por Google

A ser fabricado pela Asus, o Nexus 7 conta com tela IPS de 7 polegadas e resolução de 1280 x 800 pixels, processador quad core Tegra 3 de 1,3 GHz, 1 GB de memória RAM, bateria com autonomia estimada em até 9 horas, 8 GB ou 16 GB para armazenamento interno de dados (não há suporte para cartões SD), Wi-Fi, NFC, Bluetooth e câmera frontal de 1,3 megapixel. Seu sistema operacional é o Android 4.1.

A proposta deste tablet é praticamente a mesma do Kindle Fire: ser um meio para que o usuário tenha acesso fácil a livros, vídeos, imagens, conteúdo da Web e serviços do Google. O dispositivo será lançado em julho (2012) em países como Austrália, Reino Unido e Estados Unidos, neste último com preço sugerido de 199 dólares para a versão de 8 GB e 249 dólares para o modelo de 16 GB. Será que vinga?

Nexus Q

O Nexus Q não parece ser o tipo de dispositivo que vira objeto de desejo dos geeks de plantão, mas não deixa de atrair os olhares mais curiosos: o aparelho tem a proposta de permitir que o usuário exiba em sua TV conteúdo de mídia oriundo das nuvens, mais precisamente, de serviços como Google Music e YouTube. O Nexus Q também se comunica com tablets e smartphones Android par obter conteúdo destes.

Para cumprir com as suas tarefas, o Nexus Q conta com hardware semelhante ao do tablet Nexus 7, incluindo a capacidade de armazenamento de 16 GB (o que não deve ser problema, uma vez que se trata de um aparelho voltado para streaming), além de oferecer também portas HDMI e USB. Seu preço sugerido é de 299 dólares, considerando os Estados Unidos. Não sei quanto a você, mas eu passo.

Nexus Q - Imagem por Google

Nexus Q – Imagem por Google

Project Glass

Para encerrar, você se lembra do Project Glass, aqueles óculos de realidade aumentada que o Google anunciou em abril deste ano? Pois é, ninguém menos que Sergey Brin, um dos fundadores da companhia, subiu ao palco do evento para falar um pouco mais sobre o dispositivo.

Nada de realmente novo foi mostrado na apresentação, no entanto, uma informação deixou muita gente do local ansiosa: o Project Glass já pode ser reservado por cerca de 1.500 dólares, mas apenas por quem é participante do Google I/O, já que se trata de um “lançamento de testes”. Os óculos, no entanto, só serão entregues em 2013. A empresa não informou nenhuma previsão de lançamento para o restante dos mortais.

Abaixo, um vídeo do Project Glass exibido no evento:

* * *

O Google I/O acontece até o próximo dia 29, com as principais apresentações sendo transmitidas ao vivo pela internet. Você pode conferir mais detalhes em developers.google.com/events/io.

Emerson Alecrim

2
comentários

2012
13
jun

Funcionário do Google propõe código “451” para identificar sites censurados

Você certamente já se deparou com o código HTTP 404 ao tentar acessar uma página que não existe mais ou com o status 503 ao entrar em um site cujo servidor enfrenta sobrecarga. Há, na verdade, uma lista grande de códigos HTTP, para os mais diversos fins. Recentemente, surgiu uma proposta para mais um: o status 451, para sites censurados.

A ideia foi dada por Tim Bray, co-criador da linguagem XML e, atualmente, um importante desenvolvedor do Google para a plataforma Android. A sugestão é a de que, quando uma pessoa tentar acessar um endereço censurado, um aviso opcional com os dizeres “451 – Unavailable for Legal Reasons (451 – Indisponível por Motivos Legais)” seja exibido para deixar evidente o motivo do bloqueio.

O Google conhece bem a situação, já que, em alguns países – com destaque para a China -, se vê obrigado pelas autoridades a filtrar determinados resultados de busca devido, principalmente, a motivações políticas. Como se não bastasse, a companhia também recebe ordens judiciais de várias nações para, por exemplo, impedir a aparição em suas buscas de sites supostamente ligados à pirataria. A ideia pode ter surgido a partir daí.

Atualmente, o status 403 é o mais utilizado para indicar sites bloqueados. Foi este código que determinados provedores do Reino Unido, por exemplo, utilizaram quando receberam a ordem de impedir o acesso ao site do The Pirate Bay. O problema é que o status 403 não é necessariamente preciso para este fim, uma vez que indica que o servidor recebeu e recusou uma solicitação de acesso, mas sem explicar o motivo. Além disso, normalmente o servidor sequer recebe a ordem, já que o bloqueio é feito na tentativa de acesso.

Não há certeza sobre o porquê da escolha do número 451 para o código, mas tudo indica que se trata de uma referência ao livro Fahrenheit 451, do escritor Ray Bradbury, que faleceu na semana passada. A obra conta a história de uma sociedade que combate atividades intelectuais onde, por consequência, os livros estão proibidos, fazendo com que os bombeiros se dediquem à eliminação das publicações ainda existentes.

É válido frisar, no entanto, que não há nada indicando que a sugestão de Tim Bray será oficialmente adotada. Pelo menos por enquanto, trata-se apenas de uma ideia. Uma ideia com uma pitada de protesto, imagino.

Referência: ZDNet.

Emerson Alecrim

1
comentário

2012
24
abr

O Google Drive está entre nós, finalmente!

Este é, provavelmente, o serviço do Google que mais tempo levou para ser lançado. Há anos que os primeiros rumores sobre o suposto “disco virtual” do Google surgiram, mas os dias passaram sem nada acontecer, fazendo o assunto virar lenda. Mas, novos rumores surgiram recentemente indicando que hoje, 24 de abril de 2012, o Google lançaria seu serviço de armazenamento de arquivos nas nuvens. E isso aconteceu: o Google Drive finalmente está entre nós.

Google Drive

O Google Drive não difere muito de serviços como o popular Dropbox e o recém-atualizado SkyDrive, da Microsoft. Você pode armazenar e acessar arquivos diretamente pela interface Web ou a partir de aplicativos que fazem com que o serviço se pareça com uma pasta convencional em seu computador, smartphone ou tablet.

Para armazenar seus arquivos, o usuário conta com 5 GB “digrátis”. Se precisar de mais espaço, deve contratar um plano de armazenamento com pagamento mensal. Os valores são os seguintes:

  • 25 GB – US$ 2,49
  • 100 GB – US$ 4,99
  • 200 GB – US$ 9,99
  • 400 GB – US$ 19,99
  • 1 TB – US$ 49,99
  • 2 TB – US$ 99,99
  • 4 TB – US$ 199,99
  • 8 TB – US$ 399,99
  • 16 TB – US$ 799,99

Se você já possui um plano de armazenamento extra para ter mais espaço no Gmail ou no Picasa, poderá utilizá-lo no Google Drive pagando os valores antigos, que vão de US$ 5,00 (20 GB) até US$ 4.096,00 (16 TB) por ano. No entanto, se houver mudanças na assinatura, como alteração de dados de pagamentos ou upgrade de espaço, a conta será migrada automaticamente para um dos novos planos.

Ao ativar sua conta, o Google Drive automaticamente importa os arquivos que você possui no Google Docs e até mesmo no finado Google Notebook. Sim, há integração com o Google Docs. Se, por exemplo, você enviar um arquivo do Word para o Google Drive e acessá-lo a partir da Web, o visualizará a partir do Docs. O Word só será utilizado se você abrir o aplicativo a partir da pasta do serviço em seu computador. Vale frisar, no entanto, que os arquivos gerados a partir do Google Docs só poderão ser abertos neste serviço.

Vídeo sobre o Google Drive:

A pergunta que muita gente deve estar se fazendo agora é: que serviço de arquivos nas nuvens utilizar? A resposta é genérica: depende das expectativas e necessidades de cada um. O ideal é avaliar cada opção e escolher aquela que oferece a melhor experiência. De qualquer forma, a gente pode comparar as principais características dos serviços mais populares – Dropbox e SkyDrive – com as do Google Drive:

Dropbox SkyDrive Google Drive
Espaço inicial gratuito 2 GB (aumenta com indicações de novos usuários) 7 GB (25 GB para usuários antigos) 5 GB
Tamanho máximo de cada arquivo Ilimitado 2 GB Desconhecido 10 GB
Preço para 100 GB extras 19,99 dólares por mês ou 199 dólares por ano 93 reais por ano 4,99 dólares por mês
Plataformas compatíveis Windows, Mac OS, Linux, iOS, Android e BlackBerry Windows, Mac OS, iOS e Windows Phone Windows, Mac OS e  Android. iOS em breve.
Diferenciais Compartilhamento fácil de arquivos, mesmo com não usuários do serviço Integração com Office Web Apps e Hotmail Integração com Google Docs, Gmail e outros serviços do Google

 

Com a chegada do Google Drive, veremos uma grande briga neste segmento. Não vou ficar surpreso se, por exemplo, o Dropbox baixar seus preços em breve ou se a Microsoft anunciar um aplicativo do SkyDrive para a plataforma Android. O importante é que, independente do serviço escolhido, nos beneficiaremos de recursos que só a concorrência é capaz de trazer.

O Google Drive pode ser acessado a partir do link drive.google.com. Se o serviço ainda não estiver habilitado para a sua conta, não se preocupe, isso deverá acontecer em breve 😉

Emerson Alecrim

4
comentários

2012
04
abr

Project Glass: o incrível conceito de realidade aumentada do Google

Hoje (04/04/2012), o Google fez algo que há tempos não víamos: anunciou um projeto capaz de nos impressionar. Tudo bem que no estágio atual é apenas uma ideia, mas é algo muito mais próximo de chegar às nossas mãos do que imaginamos. Estou falando do Project Glass, uma aplicação que combina óculos e realidade aumentada para nos auxiliar em nossas tarefas cotidianas.

Project Glass – Imagem por Google Project Glass – Imagem por Google

Com estes óculos, o usuário passa a enxergar informações e a utilizar determinados recursos que, hoje, dependem de um smartphone ou de um tablet para serem feitas. Por exemplo: se você quer saber como chegar em um determinado lugar, pode visualizar um mapa à sua frente; se você deseja ligar para alguém, basta pronunciar uma ordem do tipo “ligue para fulano” e aguardar a chamada telefônica; se você viu alguma coisa legal e quer guardar uma imagem dela, basta olhar para ela e dar a ordem para que a foto seja tirada. O seguinte vídeo explica bem a ideia:

Pode parecer um conceito exageradamente futurista, mas tudo indica que o Google está levando a ideia muito a sério, já que o anúncio, publicado no Google+, mostra que três importantes mentes da empresa estão envolvidas com o Project Glass: Babak Parviz, Steve Lee e Sebastian Thrun. Quando e se realmente a ideia deixará de ser um projeto não se sabe, mas não há dúvidas de que veremos produtos parecidos em um futuro não tão distante.

Se o Project Glass se tornar realidade da forma como foi apresentado, vai ser estranho ver pessoas nas ruas usando estes óculos ou, mesmo que este dispositivo se torne dispensável de alguma maneira, se deparar com gente falando sozinha por aí. Mas, no final das contas, é tudo uma questão de adaptação: me lembro que, quando os telefones celulares começaram a chegar ao mercado, as poucas pessoas que os tinham eram vistas com desconfiança por quem, até então, não conhecia estes aparelhos.

Referência: CNET News.

Emerson Alecrim

2
comentários