O Brasil se prepara para o open banking

Temos, no Brasil, um sistema bancário moderno e robusto. Apesar disso, não aproveitamos todo o potencial que a tecnologia proporciona para tornar os serviços financeiros ainda mais avançados e acessíveis no país. Esse cenário pode mudar, para melhor, com o open banking, cujas regras foram anunciadas pelo Banco Central em maio de 2020.

Você confere uma explicação completa sobre o open banking aqui, mas eis uma rápida introdução ao assunto: o open banking consiste na adoção de tecnologias e processos que tornam as operações bancárias, das simples às complexas, mais integradas a serviços financeiros diversos.

Com o open banking, você poderá pagar a fatura de um cartão de crédito emitido por uma fintech direto em sua conta corrente ou transferir um valor para uma corretora de ações em questão de segundos para não perder uma boa oportunidade de investimento. Esses são apenas dois exemplos. As possibilidades do open banking são numerosas.

Mas, para que tudo funcione a contento, é preciso que bancos, fintechs, corretoras e demais empresas do setor financeiro sigam regras bem definidas. Daí a importância da regulamentação para open banking anunciada pelo Banco Central do Brasil.

Notas de reais (imagem ilustrativa)

Pois bem, o Banco Central dividiu o processo de regulamentação e implementação do open banking em quatro fases:

  • Fase 1: com início para novembro de 2020, marcará o compartilhamento de dados sobre atendimento, produtos e serviços relacionados a contas de pagamento, corrente, poupança e operações de crédito;
  • Fase 2: com início em maio de 2021, permitirá o compartilhamento de informações sobre cadastros de clientes e dados de transações acerca dos serviços da Fase 1;
  • Fase 3: marcada para agosto de 2021, corresponde à etapa de iniciação de transações de pagamento e encaminhamento de propostas de operação de crédito;
  • Fase 4: prevista para outubro de 2021, é a etapa que acrescentará ao sistema de open banking serviços como operações de câmbio, investimentos e seguros.

Se essas quatro fases lhe pareceram confusas, não se preocupe. O importante é saber que tais etapas correspondem a todos os processos necessários para que os mais diversos tipos de serviços bancários e financeiros possam “conversar entre si” e permitir que o open banking funcione de maneira segura, eficiente e confiável no Brasil.

Isso permitirá que você tenha mais controle sobre seus dados financeiros e poderá até permitir que milhões de brasileiros classificados como desbancarizados tenham, finalmente, mais facilidade para acessar serviços bancários. Se bem implementado, certamente o open banking corresponderá às expectativas.


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Emerson Alecrim Autor: Emerson Alecrim
Graduado em ciência da computação, tem experiência profissional em TI e produz conteúdo sobre tecnologia desde 2001. É especializado em temas como hardware, sistema operacionais, dispositivos móveis, internet e negócios.
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