O que é fintech? (conceito, tipos e exemplos)

Introdução

Você certamente já recorreu a bancos para pagar contas, transferir dinheiro ou pedir empréstimos. Mas um tipo de empresa que une tecnologia com serviços financeiros mudou essa dinâmica: as fintechs. O Brasil é muito bem representado nesse segmento por nomes como Nubank, Méliuz e Guiabolso.

Mas o que é uma fintech, exatamente? Como serviços do ramo funcionam? Por que esse tipo de empresa está mudando a forma como as pessoas administram o dinheiro? É o que você descobrirá nos próximos parágrafos.

Se quiser, você pode ir direto a qualquer um dos tópicos abordados aqui:

- O que são fintechs?
- Quais as serviços fintechs oferecem?
- Como as fintechs funcionam?
- Um estudo de caso: Nubank
- Fintechs versus bancos
- Mais exemplos de fintechs
- PayPal
- Superdigital
- Conta Azul
- Guiabolso
- Geru
- Méliuz
- Flash Benefícios
- Youse
- Regulamentação de fintechs
- Fintechs são confiáveis?
- As fintechs vieram para ficar?

O que são fintechs?

O termo fintech surgiu da combinação das palavras em inglês financial (finanças) e technology (tecnologia). Esse nome, por si só, resume bem a ideia: fintech é toda empresa que oferece serviços financeiros que se diferenciam pelas facilidades proporcionadas pela tecnologia e, com efeito, pela internet.

Sob esse ponto de vista, talvez você não veja muita diferença em relação aos serviços oferecidos pelos bancos. Instituições bancárias tradicionais trabalham com tecnologias sofisticadas para atribuir segurança e dar acesso a transações financeiras dos mais diversos tipos. Isso vale para contas correntes, empréstimos, cartões de crédito, investimentos, entre outros.

Mas, em uma fintech, a tecnologia é aplicada, essencialmente, para trazer conveniência por meio da inovação: empresas do ramo utilizam recursos tecnológicos amplamente disseminados para criar metodologias, processos e ferramentas que facilitam o acesso a serviços financeiros.

O resultado desses esforços aparece para o cliente na forma de praticidade, burocracia reduzida, custos baixos, maior controle sobre a vida financeira e por aí vai.

Fintech — imagem ilustrativa
Fintech — imagem ilustrativa

Quais as serviços fintechs oferecem?

Fintechs podem oferecer uma ampla variedade de serviços, tanto para usuários domésticos (pessoas físicas) quanto para empresas e demais instituições (pessoas jurídicas).

Alguns desses serviços não são muito diferentes daquilo que encontramos em bancos e afins: contas digitais, cartão de crédito (inclusive pré-pago), sistemas de pagamentos, financiamentos, seguros, entre outros.

Outros serviços se diferem bastante, como os que disponibilizam plataformas para que o cliente possa gerenciar as suas finanças com mais clareza ou que permitem que outros usuários — e não bancos — ofereceram pequenos empréstimos (nos países em que esse tipo de atividade é permitido).

Em todos os casos, o principal diferencial está no foco que é dado à experiência do usuário: como já dito, os recursos tecnológicos oferecidos pelas fintechs podem proporcionar praticidade, facilidade de uso, redução de burocracia, entre outros atrativos.

Como as fintechs funcionam?

Cada fintech segue um modelo de negócio específico, razão pela qual é díficil esmiuçar cada um deles. Mas, via de regra, as empresas do setor direcionam seus esforços ao desenvolvimento de soluções que atenuam deficiências ou limitações nos serviços financeiros tradicionais.

Em outras palavras, as fintechs utilizam tecnologia — sobretudo no âmbito da internet — para dar aos usuários recursos que bancos e afins não disponibilizam ou que até são oferecidos por essas instituições, mas de modo mais restrito, por assim dizer.

Esse diferencial todo é possível porque, na maioria dos casos, as fintechs são formadas por startups. Esse é o nome dado a um tipo de empresa, frequentemente com pouco tempo de existência, que cria e explora ideias criativas para oferecer serviços e produtos inovadores.

Uma startup tecnológica, basicamente, identifica uma oportunidade — um produto ou serviço que supre uma demanda não atendida ou que pode fazer algo melhor do que aquilo que já é oferecido pelo mercado — e utiliza a tecnologia para criar meios de explorá-la. É o que acontece com as fintechs.

Note, porém, que é importante que a startup adote, desde o início de suas operações, medidas para aperfeiçoar os serviços e produtos oferecidos, suportar aumentos expressivos da demanda e transmitir ao usuário percepção de valor.

Normalmente, o melhor jeito de se fazer isso é focando em qualidade, não em quantidade: convém disponibilizar poucos, mas excelentes serviços ou produtos do que oferecer vários, mas correr o risco de perder o controle sobre eles.

Um estudo de caso: Nubank

Até aqui, a abordagem acerca do universo das fintechs tem sido teórica. Para facilitar a compreensão, é melhor estudarmos um caso real de sucesso. Para esse fim, vejamos o caso do Nubank, empresa que, provavelmente, ocupa o posto de fintech mais popular do Brasil.

O Nubank surgiu em 2013, mas começou a operar em 2014 disponibilizando apenas um produto: um cartão de crédito internacional com bandeira Mastercard. Até aí, nada demais. Tudo o que é banco oferece cartão de crédito. Então, o que há de inovador nessa fintech? A forma como o Nubank disponibiliza esse produto.

Começou com a não cobrança de anuidade ou outras tarifas. Sim, na época, alguns bancos e operadoras também não cobravam anuidade do cartão. Por outro lado, não era incomum essas instituições terem condições associadas: o cliente deveria realizar pelo menos um gasto por mês com o cartão ou ter um longo tempo de relacionamento com a empresa, por exemplo.

Mas a parte mais interessante — a que tornou a empresa inovadora, de fato — apareceu no smartphone do usuário: o Nubank criou um aplicativo para Android e iOS (iPhone) que dá ao cliente amplo controle sobre o uso do cartão, algo que, até então, era pouco comum no Brasil.

Crescendo de modo consistente em número de usuários — eram mais de 40 milhões de clientes no Brasil na época do fechamento deste texto —, o Nubank passou a oferecer outros produtos, como conta digital (inicialmente chamada de NuConta), empréstimo pessoal, seguro de vida e investimentos (por conta da aquisição da correta Easynvest, em 2020).

Serviços para empresas (pessoas jurídicas) também passaram a ser oferecidos. Além disso, houve expansão internacional: o Nubank passou a disponibilizar seus serviços em países como Argentina, Colômbia e México.

Almejando crescer mais, o Nubank fez, em dezembro de 2021, a sua estreia na Bolsa de valores de nova York (NYSE, na sigla em inglês) e na bolsa brasileira (B3).

Que fique claro que toda essa expansão sempre teve a tecnologia como alicerce.

Cartão Nubank
Cartão Nubank

Fintechs versus bancos

Há uma pergunta que é frequente no universo das fintechs: essas empresas podem rivalizar diretamente com bancos tradicionais? A resposta curta é "sim, mas não é sempre".

O Nubank é, novamente, um exemplo. A companhia oferece produtos que existem em praticamente qualquer banco de varejo — cartão de crédito ou débito, conta e seguros, por exemplo —, mas aposta na experiência do usuário para concorrer com essas instituições.

Como? Atacando problemas que clientes frequentemente encontram nessas instituições, como tarifas altas, dificuldade de abertura de conta por falta de comprovação de renda ou atendimento precário ao usuário.

Fintechs que trabalham com cartão de crédito pré-pago também são bons exemplos. Com elas, o cliente que tiver dívidas ou não puder comprovar renda não terá o serviço negado, pois o cartão só permitirá que ele gaste o valor que tiver sido "carregado" como crédito. Logo, não há risco de ele ficar devendo para a instituição. Bancos tradicionais não gostam muito dessa modalidade de serviço.

Outro exemplo vem das empresas que disponibilizam plataformas para que o usuário faça controle financeiro. Essas ferramentas permitem que o cliente administre despesas e contas bancárias com mais facilidade, outro tipo de recurso que nem sempre é oferecido pelos bancos.

O fato de as operações das fintechs serem quase que exclusivamente online também é um diferencial importante. Os serviços dessas empresas se integram com a "rotina digital" do usuário: o alvo são clientes que já estão acostumados a utilizar smartphones ou serviços online a partir do computador.

Bancos tradicionais, apesar de estarem cada vez mais focados em atendimento eletrônico, ainda dependem de processos burocráticos que, muitas vezes, acabam sendo inconvenientes para o cliente — ele precisa ir a uma agência para resolver certos tipos de problemas, por exemplo.

Quando há serviços de fintechs que sobrepõem o que é ofertado pelas instituições bancárias, predomina aí o senso de concorrência: alguns bancos se "inspiram" nos modelos de negócio dessas empresas para oferecer recursos tecnológicos semelhantes, como aplicativos para controle do cartão de crédito.

Um exemplo vem do Itaú. No final de 2017, o banco lançou um cartão de crédito Credicard para rivalizar com o Nubank e outros cartões de fintechs. Inicialmente chamado de Credicard Zero, esse cartão não cobra anuidade, tem suporte via chat e, claro, é gerenciado via aplicativo.

Em meados de 2019, o Itaú lançou outro serviço típico de fintechs: o Iti, conta digital direcionada a pessoas que não são clientes de bancos tradicionais ou preferem plataformas totalmente digitais para lidar com o dinheiro.

Mais exemplos de fintechs

Além do caso do Nubank, convém conhecermos outras empresas que se enquadram no conceito de fintech. Note que cada companhia abordada a seguir tem um ramo de atuação diferente das demais. Em comum está o fato de todas terem presença no Brasil.

PayPal

O termo "fintech" pode até ser recente, mas o conceito, não: algumas companhias de tecnologia financeira surgiram há anos. É o caso do PayPal. A empresa foi criada em 1998 e, hoje, tem atuação global.

O PayPal é usado principalmente para transferência de dinheiro (inclusive envolvendo moedas diferentes) e pagamentos. Nesta última modalidade, o usuário pode fazer compras em lojas de comércio eletrônico, por exemplo, e usar a sua conta do PayPal para pagar. Com isso, não é necessário informar o cartão de crédito à loja. Essa informação fica restrita ao PayPal, que faz intermediação de toda a operação, protegendo o usuário de eventuais fraudes.

Aplicativo do PayPal
Aplicativo do PayPal

Superdigital

Antes chamada de ContaSuper, a Superdigital é uma empresa focada em clientes "desbancarizados" (sem conta em banco) ou que possuem conta corrente, mas estão insatisfeitos com os serviços prestados pelos bancos. Ao criar uma conta no serviço, o usuário pode fazer pagamentos ou transferências de valores, usar cartão pré-pago, obter empréstimo, entre outros.

Os serviços oferecidos são bastante semelhantes aos disponibilizados pelos bancos. A principal diferença é que tudo é feito digitalmente — não há postos de atendimento ou agências. Além de pessoas físicas, a empresa oferece serviços para Microempreendedores individuais (MEIs).

O sucesso do negócio entre os "desbancarizados" atraiu o interesse do Santander Brasil: em março de 2016, o banco, que já tinha participação na empresa, passou a deter 100% das ações da Superdigital. De certa forma, a plataforma concorre com o já mencionado Iti, do Itaú.

Conta Azul

A Conta Azul também oferece uma plataforma de gestão financeira, só que voltada a empresas de pequeno e médio portes. Mediante o pagamento de uma tarifa mensal, as empresas participantes podem utilizar o sistema para lançar nota fiscal, emitir boletos, analisar perfis de clientes, gerar relatórios financeiros, entre outros, tudo de modo online.

Os serviços da Conta Azul incluem ainda uma espécie de sistema de ERP. Com ele, pode-se controlar estoque, vendas, fluxo de caixa e assim por diante.

Guiabolso

O Guiabolso é uma plataforma de controle financeiro pessoal que vai muito além das planilhas. Ao instalar o aplicativo (disponível para Android e iOS), o usuário pode conectá-lo à sua conta bancária (praticamente todos os grandes bancos de varejo são compatíveis). A partir daí, é possível conferir histórico de transações, consultar saldo, checar faturas do cartão, entre outros.

A diferença em relação ao que os bancos oferecem no internet banking costuma ser grande. Todas as informações são bem organizadas e facilmente acessíveis. As despesas, por exemplo, podem ser categorizadas (educação, saúde, transportes, etc.), gráficos de fácil compreensão ajudam o usuário a reduzir gastos e assim por diante.

Empréstimos e seguros estão entre os demais serviços oferecidos na plataforma.

Geru

Você provavelmente sabe que tomar empréstimos financeiros no Brasil requer bastante cuidado, afinal, os juros frequentemente são altíssimos. A Geru é uma plataforma online de empréstimos que ataca esse problema oferecendo juros menores e menos burocracia.

Tudo é feito a partir do site da empresa: a pessoa interessada faz uma simulação, preenche seus dados, aguarda a avaliação, recebe uma proposta informando todos os detalhes (inclusive o valor exato de cada parcela a ser paga) e espera o contrato ser analisado por uma instituição parceira que fará o financiamento. A assinatura é feita eletronicamente a partir de um certificado digital.

Méliuz

O Méliuz é uma das maiores plataformas de cupons de desconto e cashback (devolução de parte do dinheiro gasto em uma compra) do Brasil. Basta ao cliente se cadastrar no serviço e fazer compras nas lojas participantes para ter acesso a esses benefícios.

Por meio do aplicativo do Méliuz, o usuário acompanha seu saldo, faz resgate de valores e encontra lojas participantes.

A plataforma também oferece serviços como cartão de crédito, empréstimos e seguros.

Flash Benefícios

A Flash Benefícios é uma fintech que tem a proposta de flexibilizar e facilitar o acesso a benefícios corporativos, como vale-refeição, vale-alimentação, vale-transporte e afins.

Para as empresas, a plataforma dá mais autonomia na escolha dos benefícios a serem concedidos aos colaboradores. Por sua vez, os colaboradores têm acesso a um cartão que facilita o uso dos benefícios concedidos.

Por meio de um aplicativo, o colaborador pode controlar os gastos feitos com o cartão e ter acesso a descontos em empresas parceiras (lojas online, restaurantes, serviços de transportes, entre outros).

Cartão e aplicativo da Flash
Cartão e aplicativo da Flash

Youse

Se você já contratou seguro para casa ou carro, sabe que essa não costuma ser uma tarefa fácil: é necessário pesquisar bastante para encontrar os melhores preços e prestar atenção nos detalhes para evitar "pegadinhas". A Youse é uma plataforma que permite ao usuário fazer esse trabalho de modo totalmente online e com menos burocracia.

No site ou no aplicativo da Youse, pode-se realizar cotações para o tipo de seguro escolhido (automóvel, residência ou vida), bem como escolher as coberturas a serem contratadas. Também é possível acionar o seguro contratado e acompanhar o andamento de serviços relacionados.

Regulamentação de fintechs

Como os exemplos do tópico anterior deixam claro, há vários tipos de fintechs no mercado. Para garantir a competitividade entre elas e, quando necessário, proteger o cliente de risco em transações, muitos países criaram regulamentações específicas para esse tipo de empresa. O Brasil está entre eles.

Em abril de 2018, o Banco Central do Brasil oficializou as resoluções CMN nº 4.656 e nº 4.657 (links em PDF), que regulamentam a atividade das fintechs especializadas em crédito (como empréstimos e financiamentos).

Até então, uma empresa do tipo precisava seguir uma série de requisitos que dificultavam a prestação desse tipo de serviço, como estar vinculada a uma instituição financeira convencional e não aplicar recursos próprios na oferta de crédito.

Com a regulamentação, fintechs de crédito podem formar uma Sociedade de Crédito Direto (SCD) ou uma Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP). Na primeira modalidade, a fintech pode oferecer crédito com recursos próprios. Na segunda, a fintech organiza uma plataforma de crédito em que os recursos são provenientes de pessoas físicas ou empresas, como uma espécie de empréstimo coletivo ou peer-to-peer.

A regulamentação também permite que fintechs do segmento prestem serviços de análise de crédito, ofereceram seguros e assim por diante.

De acordo com o Banco Central, a regulamentação foi criada para estimular a ofertas de serviços de crédito no âmbito digital e, assim, gerar competição entre fintechs e instituições financeiras tradicionais (como bancos). A concorrência nesse setor, quando mais acirrada, tende a fazer as taxas de juros existentes no Brasil para empréstimos e financiamentos caírem.

Fintechs são confiáveis?

Via de regra, sim. Mas todo negócio, independentemente do segmento de atuação, está sujeito a riscos, portanto, é necessário ter cuidado ao contratar os serviços de uma fintech — a exemplo dos cuidados necessários ao se contratar os serviços de qualquer outro tipo de empresa.

Muitas fintechs conseguem ser mais atraentes que os bancos ao, por exemplo, reduzir processos burocráticos. Isso é positivo, é claro. Mas, eventualmente, essa facilidade pode expor o cliente ou o próprio negócio a determinados problemas, como quando um procedimento que checa a legitimidade de um documento é descartado ou realizado de maneira incorreta.

Por essa razão, é importante observar quais companhias são parceiras da fintech, se a empresa cumpre normas de mercado, se ela tem queixas em órgãos de defesa do consumidor (fuja daquelas que têm muitas reclamações) e assim por diante.

Também é essencial saber se a empresa tem uma política clara de proteção à privacidade, se investe em segurança da informação, se adota medidas de combate a fraudes, se tem canais eficientes de comunicação com clientes, enfim.

É importante ainda prestar atenção na proposta do negócio. Se a fintech oferece serviços com preços muito baixos ou com isenção completa de tarifas, precisa deixar claro como obtém — ou, ao menos, planeja obter — receita. Do contrário, a empresa poderá ter problemas operacionais sérios ou, em casos extremos, sinalizar envolvimento com atividades ilegais.

As fintechs vieram para ficar?

Há alguns nichos de mercado que seguem o estilo "rojão": explodem e depois desaparecem. Um exemplo são os sites de compras coletivas: esses serviços tiveram grande popularidade por volta de 2010, mas, hoje, estão reduzidos a pouquíssimos players — os sites que não fecharam foram absorvidos por outros ou tiveram mudanças drásticas em seu modelo de negócio.

Mas esse não é o caso das fintechs. Como acontece em praticamente todo ramo de atividade, empresas do segmento podem fechar ou ser "engolidas" por companhias maiores. Porém, é pouco provável que elas enfrentem o "efeito rojão".

Isso porque, acima de tudo, essas empresas surgem como resposta a uma necessidade. O número de pessoas que utilizam smartphones e internet no mundo todo não para de crescer. Consequentemente, a demanda por serviços digitais aumenta: até indivíduos pouco familiarizados com a tecnologia percebem o que os dispositivos móveis podem fazer e, gradualmente, passam a aproveitar esse potencial.

Talvez a maior evidência de que esse é um segmento que surgiu para se consolidar vem dos bancos: muitas dessas instituições já perceberam o impacto que as fintechs causam em suas operações. A reação vem na forma de melhorias na prestação de serviços tradicionais, na aquisição de fintechs (como é caso da Superdigital que, relembrando, foi adquirida pelo Santander) ou em investimentos nessas empresas.

De fato, as parcerias parecem ser o melhor caminho para ambos os lados. Os bancos continuam mantendo uma estrutura complexa e consolidada, enquanto as fintechs cobrem lacunas ou criam espaços onde antes parecia não haver nada.

No fim das contas, é o consumidor que acaba se beneficiando, não só por ter mais opções de serviços à sua disposição, mas por conseguir exercer o poder de escolha com mais facilidade.

Assim, se as instituições financeiras tradicionais não acompanharem essa tendência, seja melhorando serviços, seja estabelecendo parcerias ou absorvendo tecnologia — apostando em blockchain, por exemplo —, correrão um grande risco de perder relevância.

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Publicado em 31_03_2016. Atualizado em 28_12_2021.

Emerson Alecrim Autor: Emerson Alecrim
Graduado em ciência da computação, tem experiência profissional em TI e produz conteúdo sobre tecnologia desde 2001. É especializado em temas como hardware, sistema operacionais, dispositivos móveis, internet e negócios.
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