O que é DisplayPort? Versões, conectores e mais

Introdução

Ao buscar por uma placa de vídeo avançada ou um monitor sofisticado, é possível que você encontre uma conexão DisplayPort (DP) nas especificações do dispositivo. Mas, para que serve esse conector? Qual a diferença entre DisplayPort e HDMI? E qual a relação entre DisplayPort e USB-C?

Você encontrará as respostas para essas e outras dúvidas nas próximas linhas. De quebra, você também conhecerá os conectores e as versões da tecnologia — do DisplayPort 1.0 ao DisplayPort 2.0.

- O que é DisplayPort, exatamente?
- Conector e cabo DisplayPort
- Mini DisplayPort
- Qual a diferença entre DisplayPort e HDMI?
- Versões do DisplayPort
- DisplayPort 1.0, 1.1 e 1.1a
- DisplayPort 1.2 e 1.2a
- DisplayPort 1.3
- DisplayPort 1.4 e 1.4a
- DisplayPort 2.0 (com Thunderbolt)
- DisplayPort Alt Mode 2.0: suporte ao USB4
- MST (Multi-Stream Transport)
- HDCP e DPCP

O que é DisplayPort, exatamente?

O DisplayPort é um padrão de interface para vídeo digital que conecta dispositivos que exibem imagens (como monitores e TVs) a computadores e, eventualmente, outros equipamentos.

A tecnologia foi apresentada oficialmente em 2006 pela Video Electronics Standards Association (VESA). A entidade é responsável, até hoje, pelas definições, padronização e promoção do DisplayPort.

Esse trabalho é importante porque é preciso garantir que a tecnologia atenda a parâmetros como desempenho (incluindo aqui qualidade da transmissão), robustez e interoperabilidade entre dispositivos diferentes, do contrário, a existência do padrão não faria sentido.

Além de imagens — em alta resolução, diga-se —, uma conexão DisplayPort pode transmitir áudio, simultaneamente. Não é necessário existir um fio ou um conector para cada coisa, portanto.

Conector DisplayPort
Conector DisplayPort (imagem: VESA)

Estamos falando de um padrão que, pelo menos até certo ponto, surgiu para substituir tecnologias de conexão de vídeo antigas, como o VGA, o DVI e o S-Video. Para tanto, a tecnologia foi desenvolvida para ser royalty free, o que significa que fabricantes não precisam pagar nenhum tipo de licença para implementá-la em seus dispositivos.

Como se não bastasse, o DisplayPort também se destaca por sua integração com outras tecnologias ou especificações. O padrão suporta, por exemplo, o HDCP para proteger o conteúdo transmitido contra a pirataria (você vai saber mais sobre isso adiante). Também é possível associar uma conexão do tipo aos padrões USB e Thunderbolt.

Conector e cabo DisplayPort

De longe, o conector DisplayPort pode até se passar pelo conector USB-A (tradicional) ou pelo conector HDMI, mas eles são bem diferentes entre si. Para começar, o encaixe do DisplayPort tem um pequeno "corte" em uma lateral para evitar conexão incorreta.

Internamente, o conector é formato por 20 pinos (ou contatos). Juntos, eles respondem pela transmissão de áudio, vídeo e dados auxiliares — com efeito, não é preciso ter um cabo separado para cada coisa.

Por padrão, encontramos no conector quatro conjuntos de pistas (ou, no inglês, lanes) que respondem pela transmissões dos dados de áudio e vídeo, além de canais auxiliares que trafegam informações complementares à transmissão:

  • Pino 1: pista 0 (positivo)
  • Pino 2: terra
  • Pino 3: pista 0 (negativo)
  • Pino 4: pista 1 (positivo)
  • Pino 5: terra
  • Pino 6: pista 1 (negativo)
  • Pino 7: pista 2 (positivo)
  • Pino 8: terra
  • Pino 9: pista 2 (negativo)
  • Pino 10: pista 3 (positivo)
  • Pino 11: terra
  • Pino 12: pista 3 (negativo)
  • Pino 13: config1 (ligado ao terra)
  • Pino 14: config2 (ligado ao terra)
  • Pino 15: auxiliar (positivo)
  • Pino 16: terra
  • Pino 17: auxiliar (negativo)
  • Pino 18: detecção hot plug
  • Pino 19: retorno energia
  • Pino 20: energia (3,3 V, 500 mA)

Pinagem do conector DisplayPort
Pinagem do conector DisplayPort (imagem: Wikipedia)

Via de regra, todo cabo DisplayPort deve funcionar com dispositivos compatíveis com a tecnologia, independentemente da versão. Porém, o desempenho da transmissão pode ser limitado de acordo com a certificação que o cabo recebe.

A certificação indica o bit rate máximo suportado, isto é, o fluxo de bits que pode ser alcançado na transmissão durante determinado período. Os certificados mais comuns são estes (repare que a medição do bit rate é feita em gigabits por segundo):

  • RBR DisplayPort:

    • RBR (Reduced Bit Rate): 6,48 Gb/s
  • Standard DisplayPort:

    • HBR (High Bit Rate): 10,8 Gb/s
    • HBR2: 21,60 Gb/s
  • DP8K DisplayPort:

    • HBR3: 32,4 Gb/s
    • UHBR 10 (Ultra High Bit Rate 10): 40 Gb/s

Você vai entender mais sobre taxas de transmissão nos tópicos sobre as versões da tecnologia.

Vale destacar que, atualmente, a VESA não faz nenhuma recomendação específica sobre o tamanho que um cabo DisplayPort pode ter, mas destaca que as dimensões mais comuns variam entre 1 m e 3 m.

Porta DisplayPort em um PC Asus Chromebox
Porta DisplayPort em um PC Chromebox (imagem: Asus)

Mini DisplayPort

O conector DisplayPort (convencional) é prático e funcional, mas suas dimensões podem não ser adequadas para dispositivos compactos, como notebooks. Foi por isso que, em 2008, a Apple apresentou um conector que recebeu o nome de Mini DisplayPort, por motivos óbvios: trata-se de um encaixe com tamanho reduzido.

O Mini DisplayPort — às vezes chamado apenas de mDP — tem somente 7,5 mm de largura por 4,6 mm de altura. Apesar disso, esse padrão preserva o esquema de pinagem com 20 contatos. É por isso que ele foi levado a linhas de laptops como MacBook Pro e MacBook Air.

Em 2009, a VESA reconheceu o Mini DisplayPort como padrão, o que possibilitou o seu uso por outros fabricantes além da Apple.

Em 2010, junto com o anúncio do DisplayPort 1.2, o mDP passou a ser efetivamente reconhecido como um padrão de conexão.

A Placa de vídeo Radeon Pro VII tem 6 portas Mini DisplayPort
A Placa de vídeo Radeon Pro VII tem 6 portas Mini DisplayPort (imagem: AMD)

Qual a diferença entre DisplayPort e HDMI?

Há quem confunda HDMI com DisplayPort, afinal, ambos os padrões têm a finalidade de permitir transmissão de vídeo e áudio de um dispositivo para outro, podendo fazê-lo em alta definição. Mas, as duas tecnologias são diferentes entre si.

Começa pelo conector, que tem formato físico e estrutura diferentes no HDMI. Além disso, o HDMI conta com conectores menores, como o Mini-HDMI, embora este não seja comum no mercado.

Levemos em conta também que as especificações técnicas de cada padrão fazem ambos terem focos diferentes. Essencialmente, o HDMI é direcionado a dispositivos para uso doméstico, enquanto o DisplayPort é, frequentemente, destinado a aplicações de vídeo e áudio focados em alto desempenho.

É por isso que o HDMI se tornou um conector comum em TVs e notebooks. O DisplayPort também pode ser encontrado nesses equipamentos, mas naqueles que são mais sofisticados ou direcionados a atividades profissionais.

Dispositivos de realidade aumentada, workstations, placas de vídeo para edição gráfica (como a já mencionada AMD Radeon Pro VII) e monitores profissionais são exemplos de equipamentos que costumam ter portas DisplayPort.

Conectores DisplayPort e HDMI
Conectores DisplayPort (à esquerda) e HDMI (imagem: Ugreen)

Versões do DisplayPort

Se uma tecnologia não é atualizada, deixa de atender a requisitos e necessidades que surgem com o passar do tempo. É por isso que encontramos várias versões do DisplayPort. Via de regra, cada nova versão é compatível com todas as anteriores, mas traz recursos adicionais ou melhorados.

Você conhecerá as principais versões a seguir. Antes, é importante saber o significado dos seguintes termos:

- Largura de banda: indica a quantidade de dados que pode ser transmitida dentro de determinado período de tempo.

- Resolução: indica quantos pixels podem ser exibidos na tela. Saiba tudo sobre resolução de vídeo aqui.

- Taxa de atualização: indica quantas vezes o conteúdo é atualizado na tela. 60 Hz, por exemplo, corresponde a 60 vezes por segundo.

DisplayPort 1.0, 1.1 e 1.1a

Anunciado pela VESA em maio de 2006, o DisplayPort 1.0 é a primeira versão oficial do padrão. Suas características incluem:

  • Largura de banda máxima: 10,8 Gb/s (gigabits por segundo), equivalente a 2,7 Gb/s por pista (lane);
  • Largura de banda efetiva: 8,64 Gb/s;
  • Resolução: até 3840 x 2160 pixels em 30 Hz (taxa de atualização) ou 2560 x 1600 pixels em 60 Hz;
  • Outros: suporte ao HDCP.

O DisplayPort 1.1 foi anunciado em abril de 2007 e consiste em uma atualização que preserva as características da versão 1.0, mas adiciona alguns atributos, em especial, o DPCP, que também serve para proteção de conteúdo, e o Dual-mode DisplayPort (DP++), especificação que garante a interoperabilidade do DisplayPort com padrões como HDMI e DVI (via adaptador, por exemplo).

No início de 2008, a VESA apresentou o DisplayPort 1.1a, que traz apenas uma revisão das especificações.

DisplayPort 1.2 e 1.2a

O DisplayPort 1.2 teve suas especificações apresentadas pela VESA em dezembro de 2009 e oficializada no mês seguinte. Sua principal característica é a largura de banda, que praticamente dobrou em relação às versões 1.0 e 1.1.

Outros atributos incluem o suporte ao MST (assunto a ser abordado adiante), aumento da largura de banda do canal auxiliar (de 1 Mb/s para 720 Mb/s) e suporte a uma gama maior de cores, além do reconhecimento pela VESA do conector Mini DisplayPort.

Conectores DisplayPort e Mini DisplayPort
Conectores DisplayPort e Mini DisplayPort (imagem: Amazon Basics)

As principais características são estas:

  • Largura de banda máxima: 21,6 Gb/s, equivalente a 5,4 Gb/s por lane;
  • Largura de banda efetiva: 17,28 Gb/s;
  • Resolução: até 3840 x 2160 pixels em 60 Hz;
  • Outros: suporte ao MST, compatibilidade com formatos de áudio em alta definição como DTS HD e Dolby MAT, além do já mencionado reconhecimento do conector Mini DisplayPort.

Em janeiro de 2013, o DisplayPort 1.2a foi apresentado. Essa versão mantém as características anteriores, mas tem como grande diferencial o suporte ao VESA Adaptive Sync, padrão que ajuda a sincronizar a taxa de atualização da GPU com a do monitor para evitar falhas na exibição de imagens, especialmente durante a reprodução de jogos.

O VESA Adaptive Sync é a base da tecnologia AMD FreeSync, que tem o mesmo propósito.

DisplayPort 1.3

Setembro de 2014 foi o mês escolhido pela VESA para a apresentação do DisplayPort 1.3. Essa versão trouxe, sobretudo, uma largura de banda ainda mais generosa: 8,1 Gb/s por pista. Isso permitiu à versão transmitir conteúdo em resolução 4K com taxa de atualização de 120 Hz, 5K em 60 Hz ou, ainda, 8K em 30 Hz.

  • Largura de banda máxima: 32,4 Gb/s, equivalente a 8,1 Gb/s por lane;
  • Largura de banda efetiva: 25,92 Gb/s;
  • Resolução: até 5120 x 2880 pixels em 60 Hz ou 7680 x 4320 em 30 Hz;
  • Outros: suporte ao MST e a adaptadores para comunicação com portas DVI e HDMI 2.0.

Graças à tecnologia MST (assunto abordado mais abaixo), uma única porta DisplayPort 1.3 pode enviar vídeo para duas telas 4K com 60 Hz ou quatro displays WQXGA (2560 × 1600 pixels) também em 60 Hz, simultaneamente.

DisplayPort 1.4 e 1.4a

Foi em março de 2016 que a VESA apresentou o DisplayPort 1.4. Mas, desta vez, o foco da nova versão não esteve no aumento da largura de banda: esta permanece tendo taxa máxima teórica de 32,4 Gb/s. O grande diferencial dessa versão é a implementação do Display Stream Compression 1.2 (DSC).

E o que isso faz? Basicamente, o DSC aplica compressão aos dados usados na transmissão, mas de modo "visually lossless", ou seja, sem que esse procedimento cause perda da qualidade da imagem.

Estima-se que, graças ao DSC, o DisplayPort 1.4 possa suportar até três vezes mais compressão de dados que as versões anteriores do padrão. Em função disso, a transmissão do vídeo pode alcançar a resolução 8K em 60 Hz, por exemplo.

Outro destaque do DisplayPort 1.4 é o suporte ao HDR10 — o High Dynamic Video (HDR) é um padrão que melhora a qualidade da imagem otimizando o contraste e exibindo cores mais intensas.

  • Largura de banda máxima: 32,4 Gb/s;
  • Largura de banda efetiva: 25,92 Gb/s;
  • Resolução: até 3840 x 2160 pixels em 120 Hz ou 7680 x 4320 em 60 Hz;
  • Outros: DSC, HDR / HDR10 e Forward Error Correction (técnica para controle de erro de transmissão).

Em abril de 2018, a VESA apresentou o DisplayPort 1.4a, versão que, basicamente, atualiza o DSC da versão 1.2 para a ligeiramente melhorada versão 1.2a.

DisplayPort 2.0 (com Thunderbolt)

A expectativa era a de que a VESA anunciasse o DisplayPort 2.0 em algum momento de 2017, mas essa versão só acabou sendo revelada oficialmente em junho de 2019. A espera valeu a pena: o DP 2.0 pode trabalhar com a incrível largura de banda de 80 Gb/s — 77,37 Gb/s, efetivamente.

Graças à generosa largura de banda, o DisplayPort 2.0 permite transmissões simultâneas para três telas 4K com 90 Hz ou duas telas 8K em 120 Hz, por exemplo.

Teoricamente, também é possível fazer uma conexão DisplayPort 2.0 trabalhar com uma transmissão em 10K (10240 × 4320 pixels) com 60 Hz e compressão de dados ou em 16K (15360 × 8460 pixels) com 60 Hz, mas sem compressão.

Mas, qual é o truque para a largura de banda ter aumentado tanto? Pois bem, um dos atributos do DisplayPort 2.0 é o uso da avançada codificação 128b/132b, que indica que cada grupo de 128 bits é codificado em sinal de 132 bits nas transferências.

Esse aspecto nos leva ao detalhe mais importante: o DisplayPort 2.0 é baseado no Thunderbolt 3 (que usa a mesma codificação), tecnologia que pode alcançar taxas de até 40 Gb/s na transferência de dados.

Perceba que o DisplayPort 2.0 chega ao dobro disso. A explicação é simples: o Thunderbolt 3 permite transferências de 40 Gb/s em cada direção, ou seja, dados podem ser recebidos e enviados a essa taxa simultaneamente. Já o DP 2.0 usa todas as vias de transmissão em uma direção, isto é, apenas para envio de dados.

É como se o DisplayPort 2.0 transformasse uma rodovia de mão dupla em outra de mão única.

  • Largura de banda máxima: 80 Gb/s;
  • Largura de banda efetiva: 77,37 Gb/s;
  • Resolução: até três telas em 3840 x 2160 pixels com 90 Hz ou uma tela de 15360 x 8640 pixels (16K) em 60 Hz com compressão (DSC);
  • Outros: DSC, HDR / HDR10, USB4 (via conexão USB-C).

DisplayPort Alt Mode 2.0: suporte ao USB4

Não é só o DisplayPort 2.0 que tem o Thunderbolt 3 como base: o USB4 também. Isso significa que podemos combinar ambas as tecnologias, certo? Certo: estamos falando de uma solução batizada pela VESA de DisplayPort Alt Mode 2.0 e anunciada em abril de 2020.

Essencialmente, o que essa especificação faz é permitir que uma conexão USB4 seja usada em conjunto com o DisplayPort para possibilitar transmissões a partir de uma porta do tipo USB-C.

DisplayPort com USB-C
DisplayPort com USB-C (imagem: VESA)

Graças a isso, se você tiver um computador com porta USB-C baseada no USB4, poderá usá-la para conectar o equipamento a um monitor de vídeo que tem o mesmo conector. Neste caso, a comunicação é feita entre conectores USB-C, mas a tecnologia por trás da transmissão do vídeo é o DisplayPort 2.0.

Como as duas tecnologias atuam em conjunto, o DisplayPort Alt Mode 2.0 possibilita que a conexão, mesmo quando baseada em USB, alcance todo o potencial de largura de banda do DP 2.0.

MST (Multi-Stream Transport)

Tome como exemplo o DisplayPort 2.0. Reparou que a descrição dessa versão menciona o suporte a até "três telas"? Isso significa que, a partir de uma única conexão DP, é possível fornecer transmissões simultâneas para até três equipamentos. Essa funcionalidade é possível graças à especificação Multi-Stream Transport (MST).

O MST é útil, por exemplo, para que você possa conectar dois ou mais monitores de vídeo a um único computador. Como esse recurso funciona? Para começar, você precisa ter um computador (ou outro equipamento transmissor) com DisplayPort 1.2 ou superior; em seguida, é necessário se certificar de que o equipamento tem suporte ao MST.

A conexão pode ser estabelecida por meio de um hub MST ou via encadeamento. No primeiro caso, o dispositivo de origem é conectado via cabo DisplayPort ao hub que, por sua vez, distribuirá o sinal para cada tela ligada a ele.

No modo de encadeamento, um cabo DisplayPort conecta o equipamento de origem a uma tela. Na sequência, um cabo do mesmo tipo liga esta tela a outra. Para tanto, as telas intermediárias precisam ser compatíveis com o MST para que possam, além de receber sinal, transmiti-lo.

MST com encadeamento
MST com encadeamento (imagem: Dell)

Teoricamente, uma única conexão pode suportar até 63 telas, mas esse número costuma ser bem menor devido a limitações técnicas, como o fato de cada monitor conectado ter que dividir a largura de banda disponível — se houver muitos equipamentos conectados, a qualidade de imagem para cada um deles pode ser seriamente afetada.

HDCP e DPCP

O High-Bandloading="lazy" width Digital Copy Protection (HDCP) é um protocolo desenvolvido pela Digital Content Protection para impedir que o conteúdo transmitido via DisplayPort (ou outros padrões, como o HDMI) seja interceptado e utilizado para fins ilegais. Trata-se de uma proteção antipirataria para conteúdo protegido por direitos autorais, como filmes e séries.

Basicamente, o HDCP funciona assim: o dispositivo emissor do conteúdo (source) se comunica com o aparelho receptor (sink) por meio de um canal chamado Display Data Channel (DDC) para conhecer a sua configuração e obter um código de autenticação.

Se o código de ambos os aparelhos forem compatíveis, o source obtém um novo código e o envia ao sink. O envio e recebido das informações de um dispositivo para o outro é feito com base nesse código.

A partir daí, o código é checado e atualizado regularmente. Se alguma anormalidade surgir nesse processo, a transmissão é interrompida. Isso pode ocorrer se um dispositivo não autorizado interceptar os dados da conexão.

Opcionalmente, conexões DisplayPort podem contar com o DisplayPort Content Protection (DPCP), especificação desenvolvida pela Philips que usa criptografia AES de 128 bits para proteger a transmissão de interceptações.

Um esquema de códigos também é usado com o DPCP. Esse padrão conta ainda com uma técnica que analisa a proximidade entre emissor e receptor para garantir que a transmissão não esteja sendo enviada a outro local remotamente.

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Publicado em 14_06_2020. Atualizado em 14_06_2020.

Emerson Alecrim Autor: Emerson Alecrim
Graduado em ciência da computação, tem experiência profissional em TI e produz conteúdo sobre a área desde 2001. É especializado em temas como hardware, sistema operacionais, dispositivos móveis, internet e negócios.
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