A versão digital da “Grande Muralha da China”

Noticiários de todo o mundo estão divulgando matérias sobre a censura da internet na China, com destaque para o recente bloqueio do endereço www.google.com.

O Google, em um polêmico atendimento às exigências do governo chinês, criou uma versão de seu buscador – www.google.cn – que oculta dos resultados páginas que tratam de assuntos que vão contra o interesse das autoridades chinesas. No entanto, o google.com estava disponível até pouco tempo atrás.

O governo chinês decidiu bloquear o google.com e outros sites, porém, isso vem causando muitos protestos. Primeiro porque, agora, os chineses se vêem obrigados a utilizar o google.cn. Segundo porque muitos serviços foram afetados, como os e-mails do Gmail e do Yahoo.

As autoridades chinesas querem evitar que a população tenha acesso a determinadas informações políticas sobre o país, em especial sobre os temas “democracia”, “independência do Tibet” e “Massacre de Tiananmen”.

Além das páginas que interferem nos interesses políticos do governos chinês, sites de proxy – que permitem acessar outros endereços por meio deles – também foram bloqueados.

Os 130 milhões de internautas chineses estão sendo cercados digitalmente. Estão presos, ironicamente, no meio de comunicação que rompeu fronteiras e que abriu um mundo de informação. E isso pode ser apenas o começo.

Referências: E-Commerce Times, Univision.

Emerson Alecrim

Emerson Alecrim Autor: Emerson Alecrim
Graduado em ciência da computação, tem experiência profissional em TI e produz conteúdo sobre tecnologia desde 2001. É especializado em temas como hardware, sistema operacionais, dispositivos móveis, internet e negócios.
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