O que é TV de Plasma e por que elas sumiram?
Na década de 2000, TVs de Plasma se tornaram bastante populares, a ponto de rivalizarem com televisores baseados em LCD, outra tecnologia popular. Mas, painéis LCD existem até hoje, enquanto equipamentos baseados em Plasma sumiram do mercado. Por que isso aconteceu?
É o que você vai descobrir nas próximas linhas.
O que é Plasma?
Plasma é um tipo de tecnologia para telas cujas primeiras versões surgiram — acredite se quiser — na década de 1960, mas o padrão só foi aperfeiçoado a partir dos ano 1990.
Talvez você saiba que o componente principal do LCD é o cristal líquido presente entre duas lâminas. No Plasma, a abordagem é parecida, com a diferença primária de que o material que permanece entra as camadas é um tipo de gás que fica armazenado em um conjunto de milhões de células.
Quando estimulado eletricamente, esse gás libera luz ultravioleta. Esta, por sua vez, causa reação nos átomos de fósforo que revestem cada célula do painel — o fósforo é um elemento que gera iluminação quando submetido a outra luz.
Nos painéis de Plasma, cada pixel é formado por três células, sendo que cada uma responde por uma cor diferente: vermelho (red), verde (green) e azul (blue). A combinação delas é que gera as cores que enxergamos na tela.
TV de Plasma E8000, da Samsung, lançada em 2012
Para tanto, o fósforo presente em cada célula recebe uma intensidade de luz ultravioleta diferente, possibilitando a existência de milhões de combinações que resultam na gama de cores suportadas pela TV.
Graças a isso, painéis de Plasma podem ter seus pixels iluminados de maneira individual. O resultado é uma tela com excelentes níveis de brilho e nitidez, mesmo quando visualizada a partir de ângulos diferentes.
Por que TVs de Plasma não são mais fabricadas?
TVs de Plasma não eram perfeitas. Elas podiam apresentar um problema chamado burn-in, por exemplo, que consiste em marcas “fantasmas” que surgem no painel quando determinadas imagens são exibidas por muito tempo na mesma área, como o logotipo de uma emissora de TV no canto da tela.
Mas, tirando uma ou outra inconveniência, painéis de Plasma sempre foram considerados superiores em qualidade de imagem na comparação com o LCD. Se é assim, por que os fabricantes desistiram de produzir TVs de Plasma?
Porque, a partir de 2010, o interesse por aparelhos do tipo caiu gradativamente, não só no Brasil, mas em praticamente todas as partes do mundo, devido a um conjunto de fatores.
Um deles é o já mencionado efeito de burn-in, embora TVs de Plasma mais avançadas contassem com mecanismos que preveniam o problema.
Outro era o fato de muitas TVs de Plasma consumirem mais energia do que televisores LCD. Elas também costumavam ter painéis de vidro que ocasionavam reflexos em demasia.
A dificuldade de fabricação de TVs de Plasma com resolução 4K também pesou contra a tecnologia.
As expectativas em torno da popularização de TVs com tela OLED, consideradas mais sofisticadas, também contribuíram para a demanda pelo Plasma declinar.
Não poderia ter havido outra consequência: aos poucos, os fabricantes foram abandonando a produção de TVs de Plasma. A última companhia a tomar essa decisão foi a sul-coreana LG, que anunciou o fim de suas linhas de televisores de Plasma no final de 2014.
Autor: Emerson Alecrim
Graduado em ciência da computação, tem experiência profissional em TI e produz conteúdo sobre tecnologia desde 2001.
É especializado em temas como hardware, sistema operacionais, dispositivos móveis, internet e negócios.
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