Para associação, celulares podem mesmo interferir em aviões
Qualquer um que já tenha viajado de avião conhece a regra: durante as fases de decolagem, voo e aterrissagem, telefones celulares e outros dispositivos móveis devem ficar desligados. Para muita gente, é uma condição inconveniente, tanto que não é difícil encontrar passageiros descumprindo a norma, mas, de acordo com a International Air Transport Association (IATA), trata-se de um procedimento realmente necessário.
Segundo a rede de TV americana ABC News, a IATA realizou um levantamento com cerca de 230 companhias aéreas de todo o mundo que documenta 75 incidentes de significativa importância em aeronaves nos últimos seis anos que podem ter tido influência de interferências geradas por dispositivos móveis. Entre os acontecimentos registrados estão falhas no piloto automático e nos trens de pouso.
Apesar disso, a própria IATA reconhece que esses registros consistem em suspeitas, não em constatações. Em um dos casos relatados pela ABC News, o piloto automático da aeronave desligou sozinho e, por conta disso, o comandante instruiu os comissários de bordo a procurarem passageiros com aparelhos ligados. A tripulação encontrou quatro clientes utilizando três iPods e um smartphone. O problema é que, sem testes específicos, não há como comprovar que a falha tenha sido causada por interferência desses dispositivos.
Mesmo assim, Dave Carson, especialista em segurança da Boeing, ressalta que celulares e afins podem irradiar sinais que alteram o funcionamento de sensores existentes na aeronave, comprometendo a segurança do voo. Um estudo da companhia aponta inclusive que iPads, iPhones e aparelhos BlackBerry são os que mais representam risco por possuírem maiores níveis de sinal.
Referência: ABC News.