Intel decide sair do mercado de placas-mãe
Além de produzir processadores, a Intel se dedica há anos ao desenvolvimento de placas-mãe para desktops. Estes produtos, na verdade, nunca fizeram a empresa ser referência neste mercado, mas vendiam relativamente bem. Mesmo assim, a companhia emitiu um comunicado nesta semana em que informa a decisão de abandonar a produção de suas placas em até três anos.
A Intel deverá centrar seus esforços no desenvolvimento e produção de processadores, placas-mãe para servidores, ultrabooks e outras soluções para mobilidade. Sabe-se que a empresa precisa mesmo se preocupar com este último segmento: com a popularização crescente de dispositivos móveis mais sofisticados, companhias como Qualcomm e Samsung estão levando a melhor no fornecimento de processadores para estes aparelhos.
Placa-mãe Intel
A questão é que a Intel não deixou claro quais os motivos que a levaram a tomar esta decisão. O declínio do mercado de desktops pode ser uma justificativa, o que explicaria também o prazo longo: com um limite de até três anos, pode-se dar conta de possíveis pedidos pendentes e realizar o encerramento da produção de maneira gradativa, sem causar alarde no mercado.
Mas há também a suspeita de que esta é uma manobra para tentar evitar conflitos com outros fabricantes de placas-mãe em relação aos processadores de codinome Broadwell, que deverão chegar ao mercado em 2014. Isso porque, de acordo com alguns rumores, estes chips utilizarão o formato SoC (System on Chip), ou seja, virão de fábrica integrados às placas-mãe, de forma que uma boa relação com fabricantes destas se mostra essencial para atender à toda demanda do mercado.
Referência: The Register.