China rebate críticas dos EUA contra a sua política de controle da internet
O governo chinês iniciou a semana reforçando ainda mais sua posição contra as críticas dos Estados Unidos em relação à sua política de controle da internet, que limita o acesso da população chinesa a determinados tipos de informações, especialmente de cunho político.
A “briga estourou” quando a Google anunciou que havia sofrido um sofisticado ataque na China e que, por conta disso, iria tirar os filtros de censura do Google.cn, mesmo que isso resultasse no encerramento de suas operações no país. Horas depois dessa declaração, o governo norte-americano, por meio de Hillary Clinton, Secretária de Estado do país, não só declarou apoio à empresa, como exigiu explicações da China sobre o ocorrido e criticou o controle da internet existente no local.
O assunto gerou grande repercussão no mundo, o que poderia fazer com que o governo chinês se sentisse intimidado, mas isso não aconteceu. Primeiramente, o governo da China negou envolvimento nos ataques e, logo em seguida, rebateu as críticas do governo americano, acusando, por exemplo, a Google de ser uma peça na “guerra ideológica” dos Estados Unidos.
Além disso, o governo chinês também acusou os Estados Unidos de utilizar o episódio dos ataques como desculpa para incentivar forças contrárias à China, de desrespeitar assuntos internos de outros países e de tentar iludir a população chinesa.
Analistas políticos afirmam que a China não vai recuar diante de um assunto que considera tão importante, indicando, portanto, que quanto mais o governo chinês for pressionado, mais vai revidar.
* * *
David Drummond, principal executivo da área jurídica da Google, declarou que a empresa já mantém conversações com o governo chinês para resolver o problema e afirmou que a questão deverá ser resolvida em algumas semanas, embora reconheça que o impasse pode durar meses. O executivo também afirmou que a Google quer permanecer na China e que espera que o governo do país ao menos “alivie” seu controle local sobre a internet.
Referências: redOrbit, WSJ.com, ABC News. Imagem por www.freeimages.co.uk.