Apple reconhece práticas ilegais em empresas que fabricam seus produtos
Trabalho infantil é um dos problemas identificados
A Apple divulgou recentemente um relatório em que reconhece práticas ilegais graves em várias das fábricas responsáveis pela produção de seus aparelhos. Os nomes dessas empresas não foram revelados, mas sabe-se que a companhia visitou fábricas em vários países, incluindo China, Coreia do Sul, Estados Unidos e Tailândia.
Entre os problemas identificados está a contratação de funcionários com menos de 15 anos de idade, prática que caracteriza trabalho infantil, uma vez que os países onde essas fábricas estão instaladas impede a contratação de menores de 16 anos. O relatório aponta que onze indivíduos foram empregados nessa condição, embora tivessem a idade mínima quando a auditoria foi realizada.
Outro problema descoberto é a discriminação de pessoas por motivo de doença. Cerca de cinquenta fábricas recusaram a contratação de candidatos a vagas portadores do vírus da hepatite B, por exemplo. Além disso, pelo menos vinte empresas submeteram mulheres a testes de verificação de gravidez.
A Apple também identificou jornadas de trabalhos muito extensas. A empresa estabelece, no máximo, 60 horas semanais de trabalho e pelo menos um dia de descanso para cada seis dias trabalhados. No entanto, em mais de sessenta unidades, esses limites não estavam sendo respeitados.
Entre os demais problemas encontrados estão remuneração inadequada a funcionários, ausência de políticas de segurança do trabalho e falta de preocupação com questões ligadas ao meio ambiente.
Após a descoberta dessas práticas, a Apple enviou notificações a cada uma das empresas envolvidas exigindo a implementação de programas de gestão que impeçam problemas como esses. Muitas das fábricas poderão ter também seus contratos de produção cancelados.
Referência: InformationWeek.