Três exemplos de mulheres que arrasam no mundo dos computadores
Havia pouco mais de 60 alunos na sala quando comecei a cursar ciência da computação, mas a quantidade de mulheres podia ser contada nos dedos. De uma mão. Foi um choque para quem passou os ensinos fundamental e médio em classes onde o número de meninas sempre foi superior. É fato: qualquer área da computação sempre atraiu muito mais homens do que mulheres.
Mas isso não quer dizer que elas nunca fizeram grandes feitos nesses ambientes predominantemente masculinos. É por isso que achei conveniente aproveitar que hoje, 08 de março, é o Dia Internacional da Mulher para citar três personalidades femininas que arrasam em funções ligadas à tecnologia e que normalmente são executadas por homens. Vamos lá?
Caterina Fake
Junto com Stewart Butterfield, seu marido, Caterina Fake, 36 anos, se tornou responsável por um dos maiores sucessos da chamada Web 2.0: a rede social de álbuns de fotos on-line Flickr, hoje pertencente ao Yahoo!. Em 2002, o casal e mais um amigo de Stewart chamado Jason Classon criaram o Neverending, um jogo on-line para múltiplos jogadores. Caterina ficou responsável pelo design do jogo, enquanto seu marido cuidava dos aspectos de interação e Jason da programação. O Flickr surgiu como um recurso adicional para esse game, pois consistia, no início, em um sistema de mensagens instantâneas onde também era possível trocar fotos.
Caterina Fake – Imagem por Flickr pessoal
Em 2004, o Flickr se tornou independente e o sucesso veio tão rápido que o serviço foi comprado pelo Yahoo! em 2005 por, estima-se, 35 milhões de dólares (talvez eles achem pouco, acredite). Caterina e Stewart também passaram a ocupar posições dentro da empresa, sendo que ela se tornou integrante do Technology Development Group do Yahoo!. Depois de sair da companhia, em 2008, passou a se dedicar à rede social Hunch, projeto em que se encontra até hoje.
Ao longo de sua carreira, recebeu reconhecimentos de várias publicações de negócios, sendo considerada pela revista Time uma das 100 personalidades mais influentes do mundo em 2006. Saiba mais sobre Caterina em seu blog pessoal: www.caterina.net.
Jade Raymond
Jade Raymond, 34 anos, se formou em ciência da computação pela McGill University. Tão logo concluiu a faculdade passou a trabalhar como programadora na Sony. Suas atividades por lá fizeram com que ela fosse contratada pela Electronic Arts para trabalhar no desenvolvimento do jogo The Sims Online. Depois disso, trabalhou em uma rede social em 3D chamada There (deve ser um tipo de Second Life) e posteriormente ingressou na Ubisoft, na função de produtora dos jogos Assassin’s Creed e Assassin’s Creed II.
Jade Raymond – Imagem por Wikipedia
Por mais clichê que isso soe, Jade Raymond é aquele tipo de pessoa que corre atrás dos seus sonhos. Fã de jogos desde criança, sempre quis trabalhar nessa área. Não só conseguiu como hoje é nada menos que a presidente da Ubisoft de Toronto.
Ela também trabalha no Electric Playground, um programa de TV sobre games da TV americana G4. Neste vídeo é possível ver uma entrevista de Jade Raymond ao UOL.
Marissa Mayer
Marissa Mayer, 34 anos, entrou para o Google meses depois de sua fundação e de lá não saiu mais. É uma das pessoas mais influentes dentro da empresa e hoje ocupa o cargo de Vice-presidente de Pesquisa de Produtos e Desempenho dos Usuários (amém). Em outras palavras, cabe a ela decidir os rumos de serviços como Google Earth, Google Desktop, Google Search e tantos outros.
Marissa Mayer – Imagem por Wikipedia
Hoje o Google conta com centenas de engenheiros dentro do seu quadro de funcionários, mas Marissa foi a primeira pessoa a ocupar um cargo do tipo na companhia. Formada com menção honrosa em sistemas simbólicos e mestre em ciência da computação, ela se especializou em inteligência artificial. Não por menos, várias patentes registradas pelo Google nessa área são oriundas de seu trabalho.
Sendo tão influente, também já recebeu reconhecimento de várias publicações de negócios, com destaque para a lista das mulheres mais poderosas da revista Fortune, em 2008. Embora relativamente antiga, é possível conferir uma entrevista bacana da Marissa Mayer ao jornal O Globo aqui.
* * *
Interessante, não? Resolvi citar esses três exemplos aqui para mostrar que, sim, as mulheres podem mandar muito bem em áreas tipicamente masculinas. Talvez isso até sirva de incentivo para aquelas que estão em dúvida quanto a seguir carreira em alguma área ligada à computação.
Mas, independente da área de atuação, o que importa é que hoje é o dia delas. Parabéns, mulheres! Quem tem mãe, irmã, esposa ou filha sabe que vocês merecem 🙂
Referências: Livro Startup, de Jessica Livingston; Wikipedia; Google.
Emerson Alecrim
8 de março de 2010 às 14:18
Muito massa! Eu só queria que minha namorada gostasse de games, nem precisava trabalhar com informática. Comprei um PSP pra ela mas ela nem usa… Alguem tem alguma idéia? 🙁
8 de março de 2010 às 18:44
Felipe, faz o seguinte: fica com o PSP e dá a namorada pra mim, hehehe… 😀
Brincadeiras à parte, se isso é tão importante para você, veja se ela não se interessa por jogos “casuais”. Estes costumam oferecer diversão mais rapidamente e geralmente não têm toda aquela coisa de “ter que apertar vários botões” que assusta muita gente.
8 de março de 2010 às 22:50
Rsrsr muito bom o post! Eu estudo Análise de Sistemas tenho notado que a cada nova turma o número de mulheres aumenta…Homens se cuidem!!! 😉
9 de março de 2010 às 9:53
Vou formar o fã clube da Marissa \o/
Muito legal o post Emerson, só vi hoje de manhã do twitter e achei muito inspirador =)
9 de março de 2010 às 21:15
Jah sei Felipe… Dah o PSP pra mim… 😛
Muito legal esse post…
Como sempre fui acostumada a estudar com muitos homens, nem ligo pra diferença…
Alem da melhor profissão q eu conheço, encontrei meu amor no trabalho… E eu amo meu Nerd!!!
10 de março de 2010 às 10:29
Eu estudo sistemas de informação, e como emerson falou fiquei surpreso ao ver 4 mulheres na turma (fiquei triste…) mas essas 4 garotas são inteligentissímas, amam computação e isso é bom.
espero casar com uma garota dessas…