Começou hoje (26/06/2013), em San Francisco, Estados Unidos, a edição 2013 da Build, conferência para desenvolvedores promovida anualmente pela Microsoft. Conforme previsto, a companhia reservou o primeiro dia do evento para revelar as novidades do Windows 8.1, uma atualização que tem a árdua missão de eliminar – ou ao menos amenizar – as características mais criticadas do Windows 8.
Botão Iniciar
E, como você deve saber – e talvez até concordar –, um dos aspectos mais negativados pelos usuários em relação a esta versão é a ausência do clássico botão Iniciar. A Microsoft confirmou que o botão estará de volta no Windows 8.1, embora não como antes: basicamente, o recurso será uma maneira de alternar entre a tela Iniciar e a Área de Trabalho.
Boot direto para a Área de Trabalho
Outra novidade que merece menção é a possibilidade de o sistema fazer boot direto para o desktop, ou seja, entrar diretamente na Área de Trabalho assim que o usuário fizer login no Windows. Atualmente, a tela Iniciar é exibida imediatamente após esta etapa, detalhe que se mostra como um verdadeiro incômodo para muitos usuários.
Tela Iniciar
A tela Iniciar também ganhará algumas funcionalidades. Para começar, haverá mais opções de tamanhos de blocos: você poderá utilizar blocos reduzidos para exibir mais aplicativos ou atalhos na tela ou utilizar um bloco “grandalhão” e, portanto, capaz de mostrar mais informações. Estas novidades não são mero capricho: a Microsoft quer que o Windows 8.1 seja utilizado também em tablets mais compactos, com telas de 7 ou 8 polegadas, daí a maior flexibilidade no que diz respeito aos blocos.
Observe os blocos menores no lado direito da tela – Imagem por Microsoft
E não termina aí: também pensando nos usuários de tablet, o Windows 8.1 fará com que os ícones de todos os aplicativos apareçam assim que o usuário fizer um gesto para rolar a tela Inicial para cima, tal como já acontece no Windows Phone. Além disso, haverá também mais opções de cores, efeitos e outros aspectos de personalização da tela. Será possível até mesmo para fazer com que o fundo desta seja o papel de parede usado na Área de Trabalho.
Snap View
A Microsoft também alterou a exibição simultânea de aplicativos na tela (Snap View). No Windows 8.1, será possível exibir até quatro programas ao mesmo tempo (se você tiver dois monitores, pode-se então aumentar este limite para 8, veja só!) e determinar o espaço que cada um ocupará.
Mais
Outras novidades incluem:
Integração ainda maior com o SkyDrive;
Aplicativo de busca do Bing mais inteligente;
Aplicativo de mapas (integrado ao Bing) capaz de exibir imagens 3D;
Apps oficiais de serviços como Facebook e Flipboard;
Aplicativo de música renovado, capaz, por exemplo, de gerar listas de faixas automaticamente;
Teclado virtual aperfeiçoado;
API nativa para impressoras 3D;
Internet Explorer 11 (ainda não apresentado).
Abaixo, um vídeo que resume as principais características da atualização:
Baixe o preview do Windows 8.1
A versão final do Windows 8.1 será lançada oficialmente no último trimestre do ano, provavelmente, mas você já pode baixar uma prévia desta atualização em windows.microsoft.com/pt-br/windows-8/preview. Como o download é feito via Windows Store, é necessário que você esteja utilizando o Windows 8. O arquivo de instalação possui em torno de 2 GB.
Como se trata de uma atualização ainda não concluída, o Windows 8.1 Preview pode não funcionar corretamente em seu dispositivo, portanto, é recomendável fazer backup dos seus arquivos ou criar um ponto de restauração no sistema.
Emerson Alecrim
Comentários desativados em Build 2013: Microsoft apresenta as novidades do Windows 8.1
Ocupar espaço em um mercado até então dominado pelas japonesas Nintendo e Sony parecia missão impossível, mas a Microsoft conseguiu. Prova disso é que, nesta terça-feira (21/05/2013), a companhia apresentou oficialmente a *terceira* geração de seu console: vem aí o Xbox One, que chega para fazer frente ao Nintendo Wii U e ao futuro PlayStation 4 (PS4).
Parece um receptor de TV, mas este é o Xbox One mesmo – Imagem original por Microsoft
Com processador de 8 núcleos, 8 GB de memória RAM, HD de 500 GB, leitor de Blu-ray, saída HDMI, Wi-Fi 802.11n e portas USB 3.0, o novo console leva bastante a sério a tendência de os consoles de games serem cada vez mais uma central de entretenimento completa e, portanto, multitarefa: para dar conta de todas as suas funcionalidades, o dispositivo rodará três sistemas simultaneamente.
Com o Xbox One, o usuário poderá inclusive utilizar comandos de voz para navegar pela internet, verificar a programação da TV (nos Estados Unidos, ao menos), assistir a filmes por streaming, conversar a partir do Skype e assim por diante. Não que não seja possível utilizar pelo menos boa parte destes recursos nas gerações atuais, mas a experiência de entretenimento em geral no novo Xbox parece ter sido sensivelmente aprimorada.
Neste sentido, o Kinect também evoluiu: a nova versão do dispositivo é capaz de capturar movimentos com muito mais precisão e velocidade, podendo inclusive calcular a intensidade de força de determinados gestos ou estimar os batimentos cardíacos do usuário (!!!). Dá até para executar determinados comandos na interface do sistema com movimentação das mãos, como ampliar o tamanho de um vídeo em segundo plano. Resta saber quais jogos serão capazes de explorar todo este potencial de maneira criativa.
Falando nos jogos, a Microsoft exibiu rápidas demonstrações de alguns títulos já confirmados para o Xbox One. Entre eles estão jogos como Forza Motorsport 5, FIFA 14, NBA Live 14, Madden NFL 25 e Call of Duty: Ghosts. De acordo com a Microsoft, 15 games serão exclusivos do console por pelo menos um ano.
A rede Xbox LIVE será mantida, é claro. Por outro lado, não haverá compatibilidade com jogos do Xbox 360 por causa das diferenças de arquitetura. Quem sabe alguma solução posterior de emulação consiga superar esta limitação, mas acho muito pouco provável.
O joystick do Xbox One, por sua vez, é parecido com o controle do Xbox 360, mas conta com cerca de 40 mudanças em relação a este último, segundo a Microsoft. O reconhecimento dos comandos estão mais precisos, inclusive pela melhor medição da pressão nos botões. Além disso, será possível utilizar um smartphone ou tablet (nas plataformas da Microsoft, presumo) como controles.
O joystick do Xbox One. Bonitão, né? – Imagem original por Microsoft
A apresentação do Xbox One durou cerca de uma hora e deixou algumas perguntas no ar, como: o console deverá ser lançado no final de 2013, mas com que preço e em quais países? Os comandos de voz funcionarão em algum idioma diferente do inglês?
Teremos que esperar um pouco para esclarecer estas e todas as demais dúvidas, mas uma coisa é certa: apesar de não muito detalhada, a apresentação do Xbox One foi muito mais reveladora e cativante que o anúncio do PlayStation 4. No final das contas, teremos uma briga e tanto. Bom para os gamers de plantão 😉
Não se trata, necessariamente, de um fracasso, mas não há como negar que o mercado esperava muito mais do Windows 8. A tentativa de criar uma plataforma capaz de atender tanto PCs quanto tablets parece, no final das contas, ter tido o efeito contrário: a proposta não fez diferença para nenhum dos lados. Sabendo que o estrago se torna maior à medida que o tempo passa, a Microsoft decidiu agir e trabalhar em uma atualização: vem aí o Windows Blue, um pacote de “reformas” do Windows 8.
O Windows 8 funciona como se tivesse dois ambientes distintos: o clássico, com Área de Trabalho, e o novo, com um design baseado em linhas e quadrados que se mostra bastante apropriado para dispositivos móveis. Para muitos usuários, o problema está justamente neste ponto: esteja o usuário utilizando um PC ou um tablet, invariavelmente será necessário alternar entre os dois modos, o que equivale a ter uma experiência de tablet no PC e uma experiência de PC no tablet.
O primeiro alerta de que o Windows 8 não convenceria a contento veio da hesitação dos fabricantes de PCs. Muitos inclusive culpam o sistema pela queda na venda de seus equipamentos. Mas o problema ficou evidente mesmo no que diz respeito à adoção em massa da plataforma: muitos usuários do Windows 7 não se sentiram suficientes motivados a mudar para o Windows 8.
Os números deixam este cenário claro: desde outubro de 2012, quando o Windows 8 chegou ao mercado, pouco mais de 100 milhões de licenças do sistema foram vendidas. Pode parecer muito, mas é necessário levar em conta que, em janeiro de 2013, esta quantidade era de 60 milhões de licenças, ou seja, desta época para cá, o número de cópias aumentou apenas em 40 milhões.
O Windows Blue – ou Windows 8.1 – deverá ser disponibilizado no final de 2013, mas ainda não se sabe quais serão as suas mudanças. Uma das apostas está no retorno do “Menu Iniciar” – a sua ausência é uma das características mais criticadas no Windows 8. De acordo com a Microsoft, detalhes serão mostrados na conferência para desenvolvedores BUILD, que acontecerá entre os dias 26 e 28 deste mês de junho, em San Francisco, Estados Unidos.
O que é praticamente certo é que a Microsoft manterá o foco em dispositivos com tela sensível ao toque. De fato, neste segmento, a experiência de uso do Windows 8 se mostrou melhor. O problema é que o volume de vendas de equipamentos do tipo é baixo, principalmente por causa do preço.
Se a oferta de laptops com tela sensível ao toque fosse maior e com valores convidativos, o Windows 8 poderia até mesmo ter sido o símbolo de uma nova tendência no mercado. Mas, neste ponto, a Microsoft depende também do interesse dos fabricantes. Quem sabe, o Windows Blue consiga facilitar um acordo entre ambos os lados.
No final de janeiro deste ano, a Microsoft lançou o Office 365 e o Office 2013 no Brasil. Agora, a companhia está realizando mais um lançamento relacionado ao produto: a nova geração do Office 365 para o segmento corporativo começou a ser comercializada oficialmente nesta quarta-feira (17/04/2013) no país.
Para entender melhor as dimensões desde lançamento, eu conversei com Eduardo Campos, gerente geral de Office da Microsoft Brasil. Neste bate-papo, uma coisa ficou clara desde o início: nesta nova fase, o Office evoluiu definitivamente de um renomado pacote de escritório para um conjunto bastante abrangente de serviços.
Softwares como Word, Excel e PowerPoint continuam lá, é claro, só que acompanhados de uma série de ferramentas voltadas não só para geração e controle de documentos, como também para comunicação, produtividade e colaboração. Os destaques ficam por conta dos seguintes recursos:
Exchange: reúne serviço de e-mail, calendários compartilhados, lista de contatos, controle de tarefas, etc;
SharePoint: oferece gerenciamento e compartilhamento de documentos, possibilita a criação de sites internos, entre outros;
Lync: disponibiliza ferramentas para comunicação, como mensagens instantâneas internas e videoconferência.
No que diz respeito ao Office em si, estão presentes todas as ferramentas que já conhecemos, como Word, Excel, PowerPoint, Outlook e Access, além do Web Office Apps, que concentra versões totalmente on-line (desenvolvidas em HTML5) de alguns destes softwares.
Como tudo é baseado nas nuvens e segue um modelo de assinatura mensal ou anual, a complexidade de implementação do Office 365 é bastante reduzida, assim como o tempo necessário para esta tarefa. Eduardo Campos me disse que este é um dos fatores pelos quais o pacote é bastante utilizado por pequenas empresas. Muitas delas inclusive usam espaços de coworking (em poucas palavras, escritórios compartilhados) e, portanto, precisam da flexibilidade que apenas ambientes virtuais podem oferecer.
Mas o objetivo da Microsoft é o de atender companhias de todos os tamanhos, inclusive as gigantes. Para isso, a empresa criou três planos corporativos para o Office 365. São eles:
Office 365 Small Business Premium: este é, por assim dizer, o plano de entrada, já que é destinado a empresas com até 10 usuários. Este pacote oferece todos os recursos mencionados anteriormente, não exigindo um administrador de TI para a sua implementação ou mesmo uma infraestrutura própria (servidores, roteadores, etc) por parte do cliente. Seu preço padrão é de 15 dólares mensais ou 149 dólares anuais por usuário, sem considerar impostos;
Office 365 Midsize Business: esta é a opção intermediária e que, segundo Eduardo Campos, deverá ser o carro-chefe do Office 365, pois é direcionado a empresas com 11 a 250 usuários, o que é o caso da maioria dos potenciais clientes. Aqui estão presentes todos os recursos do plano anterior mais diferenciais importantes, como suporte técnico avançado, console administrativo (via navegador) abrangente e Active Directory. Seu preço é de 180 dólares anuais (sem considerar impostos) por usuário, não havendo opção de assinatura mensal;
Office 365 Enterprise: este é o plano mais completo e que suporta mais de 250 usuários, sendo, como é de se presumir, destinado a grandes empresas. Esta opção engloba todos os recursos do plano Midsize Business, mas é complementada como recursos ainda mais avançados, como voicemail, Data Loss Prevention (sistema de proteção de dados), suporte técnico completo, gestão de direitos digitais, entre outros. O valor básico de sua assinatura, sem os impostos, é de 240 dólares anuais por usuário, mas há a possibilidade de o valor cair, dependendo do número de contas.
É válido frisar que, em todos os planos, cada usuário pode utilizar o Office 365 em até cinco computadores (PCs ou Macs) diferentes, além de ter a opção de acessar a versão Web das ferramentas a partir de outros dispositivos.
Para as empresas que assim desejarem, também é possível contar com o tradicional esquema de adquirir uma licença permanente e instalar o software no computador – no caso, o Office 2013. Mas o modelo de assinatura tende a se mostrar mais vantajoso para boa parte dos casos, graças ao pacote de serviços atrelados ao Office 365 e à flexibilidade que um ambiente nas nuvens oferece (acesso de qualquer lugar, colaboração com equipes remotas, backup automático e assim por diante).
Porém, enquanto acompanhava as demonstrações dos recursos do Office 365, pensei em um detalhe importante, mas que muitas vezes não recebe a devida atenção: por ser tratar de um serviço baseado nas nuvens, é necessário haver uma relação de confiança muito forte entre cliente e Microsoft, o que me fez questionar sobre como a companhia trata os dados dos usuários, que não raramente são confidenciais.
Eduardo Campos foi enfático: os dados pertencem ao cliente. O Executivo explicou que há um rigoroso controle de acesso para que somente o usuário possa acessar suas informações e complementou dizendo que nenhum funcionário da Microsoft pode obter esses dados inadvertidamente – os servidores da empresa nem mesmo analisam os arquivos para fins estatísticos, por exemplo. Além disso, Campos frisou que a disponibilidade dos serviços é garantida, havendo, por exemplo, compensações caso algum recurso fique fora do ar por um tempo acima do tolerado.
Ainda é cedo para sabermos se este modelo de assinatura do Office 365 terá a aceitação esperada no Brasil, mas o fato é que software como serviço é uma tendência cada vez mais forte – eu diria até que natural – e focar em fatores como experiência do usuário, desempenho, acessibilidade e disponibilidade é essencial. Neste sentido, a Microsoft vem fazendo um trabalho deveras interessante.
A Microsoft escolheu a última terça-feira (29/01/2013) para fazer o lançamento oficial do novo Office 365 e do Office 2013. No Brasil, o anúncio foi feito em um espaço montado no Shopping Eldorado, em São Paulo – SP, já sendo possível encontrar ambos os produtos em varejistas de todo o país. Durante o evento, a Microsoft confirmou aquilo que ela já vinha demostrando: o Office nunca esteve tão íntimo das nuvens quanto agora.
Gabriel o Pensador, Gabriela Zaninetti (gerente de produtos da Microsoft) e Roberto Prado (diretor de competitividade da Microsoft) no lançamento do novo Office
Office 365
A ideia do Office 365 não é novidade. Nele, estão presentes os aplicativos que tradicionalmente acompanham o Office, como Word, Excel, PowerPoint e Outlook. A diferença é que este pacote explora o modelo SaaS (Software as a Service – Software como Serviço), modalidade onde o software roda mediante um pagamento periódico (mensal ou anual, por exemplo), tendo como base recursos nas nuvens.
Até então, o Office 365 tinha como foco o público corporativo. Mas, agora, há duas versões voltadas ao consumidor final: Office 365 Home Premium e Office 365 University.
Office 365 Home Premium
Esta versão inclui os aplicativos Word 2013, Excel 2013, PowerPoint 2013, OneNote 2013, Outlook 2013, Publisher 2013 e Access 2013. Além disso, oferece espaço adicional de 20 GB no SkyDrive – 27 GB no total, se somada a capacidade padrão do serviço – e 60 minutos de ligações por mês para linhas fixas ou celulares a partir do Skype. A assinatura do Office 365 Home Premium permite seu uso em até cinco equipamentos, incluindo PCs, tablets ou smartphones com Windows e Macs, com algumas diferenças de recursos e versões neste último.
Seu preço, no Brasil, é de 199 reais por ano (179 reais para assinaturas feitas até 31 de março de 2013) ou 18 reais por mês.
Office 365 University
Trata-se de uma versão que oferece os mesmos recursos do Office 365 Home Premium, a diferença é que a sua assinatura só pode ser feita por alunos, professores e funcionários de universidades (é necessário comprovação). O seu preço é de 179 reais, mas este valor é válido para quatro anos e não para um. Por outro lado, cada assinatura só permite a sua utilização em até dois dispositivos.
Em ambas as opções, é possível usufruir também do Office sob Demanda (Office on Demand): se o usuário estiver usando um computador que não tenha o Office, pode fazer uso do Office 365 nesta máquina a partir deste recurso. Para isso, a pessoa deve fazer login no site do serviço e, a partir dali, executar uma espécie de instalação temporária – “é como se Office rodasse de maneira virtualizada”, explicou Roberto Prado, diretor de competitividade da Microsoft.
O vídeo abaixo mostra ninguém menos que Steve Ballmer apresentando o Office 365:
Segundo a Microsoft, caso a assinatura do usuário expire e não seja renovada, ainda será possível utilizar os recursos do Office 365, mas de maneira bastante limitada, de forma que a pessoa só consiga ler ou imprimir documentos, mas não alterá-los ou criar novos.
Office 2013
As famílias Windows e Office são as mais rentáveis para a Microsoft, razão pela qual não foi desta vez que a empresa abriu mão do tradicional esquema de “compre uma licença, instale o software em seu computador e o use até quando quiser”. O Office 2013 é voltado para quem não quer saber de assinatura mensal ou não conta com uma conexão regular à internet: o pacote é instalado normalmente no computador e não depende das nuvens para rodar. Há três versões:
Office Home and Student 2013: o pacote mais básico, possui Word, Excel, PowerPoint e OneNote. Seu preço no Brasil é de 239 reais;
Office Home and Business 2013: a versão intermediária, conta com Word, Excel, PowerPoint, OneNote e Outlook. Sua licença custa 589 reais;
Office Professional 2013: pacote completo, que oferece Word, Excel, PowerPoint, OneNote, Outlook, Publisher e Access por 1.079 reais.
Aqui é válido fazer uma observação: quem possui uma versão do Office 2010 adquirida entre 19 de outubro de 2012 e 30 de abril de 2013 pode solicitar a atualização para um pacote equivalente do Office 2013 gratuitamente. Para isso, basta seguir as orientações existentes no link www.office.com/offer.
Todas as versões do Office
* * *
Em relação ao seu antecessor, o Office 2010, o Office 3013 não oferece muitos diferenciais, ou seja, o usuário não terá que “reaprender” a usar a suíte. Mas há várias novidades interessantes, por exemplo: o visual está mais limpo e se adequa melhor ao uso em telas sensíveis ao toque, o Word agora conta com um modo de leitura que elimina botões e ajusta as páginas à tela, o Excel está mais “inteligente” no preenchimento automático de dados, o Outlook está mais integrado às redes sociais; os programas do pacotes podem ser incrementados a partir de uma loja de aplicativos, entre outros.
Para quem só usa recursos básicos, apelar para uma das várias soluções on-line gratuitas ou continuar com uma versão anterior do Office provavelmente valha mais a pena. Agora, para quem deseja se beneficiar dos novos recursos on-line, usufruir de sua boa convivência com tablets com Windows 8 ou precisa de uma suíte de escritório avançada, mas não conta com nenhuma, certamente o novo Office é uma boa pedida.
O Office 365 e o Office 2013 podem ser adquiridos tanto no varejo quanto via download, com o usuário podendo testá-los gratuitamente por um mês. De acordo com a Microsoft, é necessário ter o Windows 7 ou superior para rodá-los. Mais informações no site office.microsoft.com/pt-br.
Abaixo, mais fotos do evento de lançamento:
Emerson Alecrim
Comentários desativados em O novo Microsoft Office já está entre nós
Eu já tive a oportunidade de participar de uma conferência da Microsoft Research e, desde então, tenho grande admiração por esta divisão. Há projetos realmente incríveis por lá. Um dos mais recentes foi apresentado na CES 2013, feira que acontece até amanhã (11/01/2013) em Las Vegas, Estados Unidos: trata-se do IllumiRoom, uma tecnologia que faz com que as imagens de um game sejam exibidas não só na TV, como também na parede ao fundo desta.
O IllumiRoom em ação
Não se trata apenas da ampliação do campo de visão, mas também de fazer com que a parede e parte do chão exibam imagens que complementem o ambiente do jogo. Toda a ação continua acontecendo dentro dos limites da tela. Em uma explosão, por exemplo, uma continuação dos fogos aparece ali; em um jogo no espaço, imagens de estrelas aos lados complementam o cenário. Não entendeu? Então veja o vídeo de demonstração:
Fantástico, não? O interessante é que o IllumiRoom é um projetor que funciona de maneira integrada ao Kinect. Assim, é possível calcular as dimensões do ambiente para adequar as imagens a este e identificar com precisão a posição do jogador, fazendo com que, por exemplo, imagens de água se espalhando ao seu redor apareçam em um jogo que explore um cenário com este elemento.
O problema é que o IllumiRoom, por ora, é apenas um protótipo. Não se sabe nem se a Microsoft pretende mesmo lançá-lo ou se o limitará ao seus laboratórios, como acontece com muitos projetos criados em centros de pesquisa. Na minha opinião, é pouco provável que a tecnologia chegue ao Xbox 360, já que este console se encaminha para o seu “ciclo final de vida”, mas quem sabe no futuro “Xbox 720” (ou qualquer que venha a ser o seu nome)?
Todo mundo sabe que a Microsoft renovou a maior parte de seus produtos e serviços em 2012. Mas é um engano pensar que esta estratégia gira em torno apenas dos produtos mais conhecidos, como o Windows 8, o Windows Phone 8 ou o Outlook.com: recentemente, a companhia anunciou o Microsoft Dynamics ERP AX 2012 R2, a sua mais recente aposta para o tão disputado mercado de ERP, isto é, de softwares para gestão empresarial.
A partir de 1º de dezembro (2012), o produto estará disponível oficialmente em 36 países, incluindo o Brasil. E este é um feito considerável se levarmos em conta que soluções de ERP precisam estar plenamente adequadas às particularidades de cada mercado, afinal, não se trata apenas de traduzir o produto: é necessário principalmente torná-lo compatível com a legislação local.
Neste sentido, não é novidade para ninguém que o sistema tributário brasileiro é extremamente complexo e burocrático, razão pela qual disponibilizar soluções de ERP no país não é uma das tarefas mais fáceis. Por causa disso, fiz uma pergunta provocativa aos executivos da empresa na apresentação do Microsoft Dynamics ERP AX 2012 R2, que aconteceu na última quinta-feira (22/11/2012): o cenário tributário brasileiro é visto como um obstáculo ou como uma oportunidade para a companhia?
Christian Pedersen, gerente geral da divisão Microsoft Dynamics, na apresentação da nova versão
A resposta que eu obtive foi: oportunidade. A Microsoft mantém uma equipe de quase 50 profissionais dedicada ao trabalho de adequar totalmente a linha Dynamics às necessidades do mercado brasileiro, mantendo, ao mesmo tempo, as características que tornam o produto compatível com o cenário global. A capacidade de trabalhar este aspecto de maneira eficiente é uma das apostas da empresa para se destacar e fazer frente a concorrentes tão fortes em terras tupiniquins, como TOTVS e SAP.
Outra aposta é o foco. A empresa manteve os pés no chão e se preparou para atuar onde tem mais potencial, razão pela qual o Microsoft Dynamics ERP AX 2012 foi desenvolvido para trabalhar principalmente com os setores de manufatura, varejo, distribuição e serviços, além do setor público, independente do porte do cliente.
A Microsoft também jogou suas fichas na integração: o novo Dynamics ERP é compatível com vários sistemas da empresa, incluindo softwares de banco de dados, virtualização e computação nas nuvens, além de poder ser acessado a partir de plataformas rivais. Adicionalmente, outra companhias de software podem integrar seus sistemas ao Dynamics conforme as necessidades de seus clientes. Como se vê, aquela fase imatura de se concentrar tão e somente em seu próprio ecossistema já passou para a Microsoft.
A companhia afirma ter mais de 350 mil clientes na linha Dynamics globalmente, sendo 33 mil destes centrados no Microsoft Dynamics CRM, que também foi atualizado. Apesar de não revelar números locais, a Microsoft dá pistas sobre o porquê de se focar tanto no Brasil: de acordo com seus cálculos, há no país cerca de 400 mil empresas sem ERP ou que estão dispostas a utilizar soluções mais modernas. Trata-se mesmo de um mercado com grande potencial.
Cerca de duas semanas após o lançamento oficial do Windows 8, a Microsoft perde um dos principais nomes por trás do projeto: Steven Sinofsky, até então presidente da divisão Windows, anunciou sua saída da empresa nesta terça-feira (13/11/2012). A notícia pegou o mercado de surpresa, afinal, o executivo realizou feitos tão importantes que chegou inclusive a ser apontado como um potencial substituto de Ballmer no comando da companhia.
Sinofsky iniciou sua carreira na Microsoft em 1989, passando por vários cargos até assumir a divisão Windows, em 2009. A sua missão não foi nada fácil: coube a ele o trabalho de liderar os esforços para apagar o incêndio causado pelo fiasco do Windows Vista. Deu certo: o Windows 7 foi muito bem recebido pelo mercado.
Steven Sinofsky – Imagem por Microsoft
Mas o seu trabalho mais importante talvez tenha sido o universo do Windows 8. Muito mais que apenas uma atualização na família Windows, este sistema marca o início de mudanças substanciais na Microsoft, que tenta passar de uma empresa de software para uma companhia de serviços e dispositivos. Não por menos, Steven Sinofsky também teve importante envolvimento com a linha de tablets Surface.
Mas, sendo tão gabaritado assim, por que Sinofsky abandonou o barco tão de repente? Bom, de repente talvez não: o fato de sua saída acontecer pouco tempo depois da chegada do Windows 8, em um momento em que ainda não é possível avaliar o impacto da plataforma no mercado, indica que a sua retirada já estava negociada. Se o executivo tivesse saído antes, poderia surgir a desconfiança de algum problema sério em relação ao Windows 8.
Segundo fontes ouvidas pelo AllThingsD, Steven Sinofsky saiu por causa de conflitos com outros executivos da empresa. O The Verge foi ainda mais longe e menciona que seu estilo agressivo de liderança fazia inclusive com que Sinofsky colocasse obstáculos a qualquer produto que de alguma maneira pudesse ofuscar o Windows.
Em um momento em que a Microsoft busca ser muito mais que uma empresa de software, qualquer comportamento que dificulte a integração de suas divisões é ameaçador, logo, foi melhor que Sinofsky saísse antes de passar de herói para um possível vilão em Redmond.
Talvez para evitar uma desvalorização de suas ações, a Microsoft tratou de informar no mesmo comunicado da saída de Steven o seu substituto, ou melhor, as suas substitutas: as executivas Julie Larson-Green e Tami Reller. A primeira está na Microsoft desde 1993 e cuidará da gestão de software e engenharia de hardware da divisão Windows. A segunda ingressou na companhia em 2001 e ficará responsável pela área de negócios e estratégias de marketing para dispositivos Windows.
Julie Larson-Green (esquerda) e Tami Reller – Fotos por Microsoft
Larson-Green trabalhou na gestão de programas, interface e pesquisa para os Windows 7 e 8, enquanto que Reller sempre teve envolvimento com atividades financeiras. São duas executivas experientes, mas que provavelmente se concentração apenas em administrar o ecossistema criado por Sinofsky.
Se é assim, quem então será cogitado como o nome mais forte para assumir a liderança da Microsoft no futuro? Por ora, é difícil dizer, mas em uma coisa podemos apostar: Ballmer não dá qualquer sinal de aposentadoria no curto ou médio prazo, logo, não deve ter nenhuma pressa em relação à escolha de seu sucessor.
Nesta quinta-feira (25/10/2012), a Microsoft realizou eventos de lançamento do Windows 8 em vários países. No caso do Brasil, a apresentação aconteceu em São Paulo (SP) e contou com a presença de clientes, parceiros, imprensa e até celebridades. Logo no início, Michel Levy, presidente da subsidiária brasileira da empresa, tratou de deixar claro o quanto este lançamento é importante: “o Windows 8 é o início de uma nova era para a Microsoft”.
Michel Levy, presidente da Microsoft Brasil
Os apresentadores Digi Wagner e Felipe Andreoli no evento de lançamento
Se esta é mesmo uma nova era para a Microsoft, ainda é cedo para sabermos, mas o fato é que o Windows 8 já está aí – seu lançamento oficial se dá a partir de hoje (26/10/2012) – e talvez você queira saber mais detalhes sobre este sistema. É por isso que eu preparei este texto. Simbora conferir?
Tela inicial
A tela de início é uma das características mais marcantes do Windows 8. Trata-se de um espaço que reúne em um único lugar blocos retangulares ou quadrados que dão acesso a aplicativos, à lista de contatos, a informações sobre o clima, aos próximos compromissos da agenda, entre outros. Na prática, este é o recurso que substitui o tradicional menu Iniciar do Windows, que por padrão não está disponível na versão 8. É por este motivo que é possível alternar entre a tela inicial e a área de de trabalho (bastante semelhante ao desktop do Windows 7, por sinal) utilizando os botões Windows do teclado.
Tela inicial do Windows 8
Esta tela não foi criada por mero capricho (pelo menos não totalmente). Como o Windows 8 tem a proposta de cobrir tanto PCs convencionais quanto dispositivos com tela sensível ao toque, a Microsoft entendeu que o formato aplicado à tela de início é uma maneira eficiente de atender aos dois mundos: o antigo menu Iniciar talvez não se mostre necessariamente agradável para uso em tablets; já este esquema com botões largos, provavelmente sim.
É claro que esta tela pode ser personalizada. Além de cores e temas, o usuário pode também organizar os aplicativos em grupos de forma a facilitar a localização de um item específico. Por exemplo, um grupo pode reunir jogos, outro aplicativos para redes sociais e assim por diante.
Os botões de acesso da lateral direita
Outra característica marcante do Windows 8 é a barra com botões de acesso rápido que a Microsoft chamada de Charms Bar. Eles ficam ocultos, na verdade, mas é possível visualizá-los facilmente. Se estiver usando um mouse, basta mover o cursor até o canto direito superior ou inferior. Em um tablet ou outro dispositivo com tela sensível ao toque, basta mover o dedo à mesma região. Com o teclado, pressione Windows + C simultaneamente. Em todas as formas, você verá uma barra surgir à direita com cinco botões:
– Busca: nesta opção, você pode localizar facilmente aplicativos ou arquivos presentes em seu computador, assim como conteúdo armazenado nas nuvens, como fotos, notícias, etc. Para isso, basta escolher uma das opções mostradas abaixo do campo de busca para filtrar a sua pesquisa;
– Compartilhar: neste botão, é possível compartilhar informações em redes sociais, transferir arquivos para outros computadores, entre outros;
– Iniciar: outra forma de acessar a tela inicial. Pode parecer irrelevante se você estiver usando um teclado que tenha botões Windows, mas em tablets é uma importante forma de acesso;
– Dispositivos: com este botão, você pode configurar ou ter acesso rápido aos dispositivos conectados, como HDs externos, impressoras e outros;
– Configuração: é por aqui que você pode personalizar o sistema, gerenciar usuários, mudar a sua senha, verificar atualizações, ajustar conexões Wi-Fi, entrar no Painel de Controle e até mesmo acessar opções de configuração de outros programas.
Observe a barra na lateral direita
Login com Microsoft Account
O Windows 8 é a versão da família Windows que mais se integra às nuvens, razão pela qual agora o usuário precisa informar sua Microsoft Account (ou Windows Live ID) para se logar no sistema. Com isso, a pessoa conseguirá acessar facilmente seus arquivos no SkyDrive e compartilhar dados com seus contatos, por exemplo. É claro que esta característica não é uma exigência: o usuário que preferir poderá utilizar o esquema tradicional de login, onde seu nome e senha existem só no computador, não havendo integração com as nuvens. Também é importante frisar que, quem preferir o login com Microsoft Account, poderá acessar o computador mesmo quando não houver acesso à internet.
Senha com imagem
Outra novidade do Windows 8 em relação à autenticação de usuários é a funcionalidade de senha com imagem. A ideia é simples: em vez de digitar uma combinação de caracteres, o usuário deve escolher uma imagem – uma foto, por exemplo – e fazer um desenho com três gestos em uma parte dela. A partir daí, toda vez que for necessário realizar login, a imagem em questão será exibida e o usuário terá que repetir o movimento que criou.
É possível utilizar esta opção com mouse, mas ela é particularmente interessante para login rápido em tablets, por causa da ausência de teclado para digitação de senha.
Windows Store (Loja)
Seguindo o exemplo de plataformas como Android e iOS, o Windows 8 passou a contar com uma loja oficial de aplicativos. A maioria dos programas existentes ali são gratuitos, mas o usuário também poderá adquirir softwares pagos, sendo que estes poderão ser instalados em até 5 dispositivos que também rodem o novo sistema operacional.
Como estamos falando de uma plataforma nova, ainda não há muitas opções de aplicativos, mas a Microsoft espera mudar este cenário em breve. Neste ponto, aparece uma oportunidade possivelmente interessante aos desenvolvedores de plantão: assim como acontece com outras lojas de aplicativos, o responsável pelo programa fica com 70% do valor de cada licença vendida e a Microsoft com o restante. Os softwares mais populares podem ter esta proporção alterada para 80% / 20%.
Loja do Windows 8
É válido destacar que o Windows 8 é compatível com programas feitos para os Windows XP, Vista e 7 – pelo menos a maioria deles. Além disso, o usuário não é obrigado a utilizar a loja para obter softwares, já que o velho esquema de instalar programas distribuídos diretamente pelo desenvolvedor ou por sites de download, por exemplo, continua valendo.
Notificações
A Microsoft também deu especial atenção às notificações no Windows 8. E não só notificações do sistema, que avisam, por exemplo, quando há atualizações disponíveis: também há notificações de aplicativos, de forma que você possa saber da chegada de e-mails ou de um compromisso em sua agenda por meio de uma pequena nota que aparece mesmo quando outro programa estiver ocupando toda a tela.
As notificações podem ser uma mão na roda, assim como também podem aborrecer, por isso, o usuário tem a opção de configurar este recurso, podendo inclusive definir o que deve ou não gerar estes avisos. Para isso, basta seguir este caminho: Configurações / Mudar configurações do computador / Notificações.
Gestos e atalhos
Apesar de diferente, o Windows 8 não é um sistema operacional de difícil utilização. Você pode levar algum tempo para se acostumar a ele, mas muito provavelmente chegará lá. Um jeito de acelerar este processo e ao mesmo tempo aproveitar melhor o sistema é aprendendo a utilizar gestos (para telas sensíveis ao toque), movimentos para o mouse ou mesmo atalhos para teclado. Eis alguns:
– Para voltar à janela anterior: leve o cursor do mouse até o canto superior esquerdo (bem no canto mesmo). Uma miniatura da janela será exibida. Clique nela. No caso de toques, arraste o seu dedo do canto esquerdo superior até o centro da janela;
– Para fechar um aplicativo sem o botão de encerramento: com mouse ou com toque, clique na barra superior do programa e a arraste até a parte inferior da tela;
– Para desinstalar um aplicativo: na tela inicial, clique com o botão direito do mouse no bloco de um aplicativo. Aparecerão ali várias opções, sendo uma delas a que permite desinstalar o software. No caso de telas sensíveis ao toque, posicione o dedo bloco e o mova para cima;
– Para alternar entre as janelas abertas usando teclado: a velha e boa combinação – pressione as teclas Alt e Tab ao mesmo tempo;
O bom e velho Alt + Tab
– Para ativar a pesquisa automaticamente na tela inicial: se você estiver na tela inicial e quiser iniciar um aplicativo ou abrir um arquivo, por exemplo, basta simplesmente começar a digitar o seu nome. Ao fazer isso, o sistema operacional automaticamente iniciará a busca para localizá-lo.
Versões do Windows 8
As últimas versões do Windows podem deixar até o usuário mais atento perdidinho com tantas variações. “Professional” daqui,”Home Basic” dali e assim por diante. Felizmente, a Microsoft tratou de simplificar as coisas em relação ao Windows 8. Há, basicamente, três versões deste sistema:
– Windows RT: versão para dispositivos baseados na arquitetura ARM. Pode ocorrer incompatibilidade com determinados aplicativos criados para a plataforma x86. Somente será possível encontrar esta versão de maneira pré-instalada em tablets e afins;
– Windows 8: trata-se da versão mais comum, direcionada aos usuários domésticos, a ambientes de escritório e assim por diante. Pode ser encontrada tanto em 32-bit quanto em 64-bit;
– Windows 8 Pro: é a versão mais completa, consistindo, essencialmente, no Windows 8 acrescido de determinados recursos, especialmente para o segmento corporativo, como virtualização e gerenciamento de domínios. Também permite a instalação gratuita do Windows Media Center.
A Microsoft promete ainda o Windows 8 Enterprise, que possui praticamente os mesmos recursos do Windows 8 Pro, mas adiciona funcionalidades voltadas a ambientes de TI mais avançados. Esta versão somente poderá ser adquirida por empresas a partir de contratos de licenciamento mais amplos.
Para desktops e laptops, só é necessário ficar atento aos requisitos mínimos para rodar o sistema:
Processador com pelo menos 1 GHz;
1 GB de memória RAM para 32-bit ou 2 GB para 64-bit;
16 GB de espaço em disco ou 20 GB para a versão de 64-bit;
Placa de vídeo compatível com DirectX 9;
Tela com resolução de pelo menos 1024×768 pixels.
Disponibilidade
Você já sabe que o Windows 8 foi lançado oficialmente nesta sexta-feira (26/10/2012). O problema é que há uma certa confusão em relação aos preços e versões, então vamos tratar de esclarecê-las.
– Windows 8 por 29 reais: se você comprou um computador com Windows 7 entre 02 de junho de 2012 e 31 de janeiro de 2013, pode atualizar para a nova versão pagando apenas 29 reais. Saiba mais em windowsupgradeoffer.com/pt-BR;
– Windows 8 por 69 reais: se você tiver qualquer versão original dos Windows XP, Vista ou 7 pode adquirir um upgrade via download para o Windows 8 Pro por 69 reais até o final de janeiro de 2013. Para isso, visite windows.microsoft.com/pt-BR/windows/buy;
– Windows 8 por 269 reais: também é uma versão de atualização a partir dos Windows XP, Vista ou 7, com a diferença de o software ser fornecido em DVD, numa caixinha que você pode comprar no varejo.
Priscyla Alves, gerente geral de Windows, falando dos preços
Perceba, todas são opções de atualização, ou seja, você precisa ter alguma das mencionadas versões anteriores do Windows instalada em seu computador para somente depois conseguir instalar o Windows 8. E a versão completa, que pode ser instalada do "zero"? De acordo a Microsoft, esta opção não deverá aparecer antes do primeiro trimestre de 2013 e ainda não há informação de preço para o mercado brasileiro.
Sim, isso significa que se você montar um computador novo antes disso, só poderá instalar o Windows 8 nesta máquina caso instale antes o Windows XP, Vista ou 7…
E para quem só tem cópia não original de qualquer uma destas edições do Windows? Neste caso, será necessário adquirir uma chave de ativação que legaliza esta cópia, obviamente que pagando um pouco mais.
Em geral, tudo muito bonito, mas não livre de problemas: para quem tentou obter a versão de download no Brasil na data de hoje, um erro fez o site da Microsoft exibir o valor de 83,98 reais em vez de 69 reais, obrigando inclusive a empresa a tirar a página do ar temporariamente.
Enfim, o Windows 8 vale a pena?
Eu passei este mês (outubro de 2012) utilizando a versão de testes do Windows 8 em meu computador principal. O que eu pude notar é que o sistema está claramente otimizado para uso em dispositivos com tela sensível ao toque, especialmente tablets. Há vários sinais que evidenciam isso. A interface, como você já sabe, é uma delas. A forma como os comandos são dados é outra. O fato de o botão de Desligar/Reiniciar não estar acessível facilmente (você o encontra dentro de Configurações) também contribui para esta percepção, afinal, as pessoas tendem a deixar seus tablets ligados por mais tempo que os PCs.
Mesmo assim, eu não posso dizer que a experiência do Windows 8 no desktop é ruim. É uma proposta diferente, que precisa ser avaliada por mais tempo. Eu demorei alguns dias para me acostumar e confesso que vez ou outra ainda me perco em determinadas tarefas, mas no geral, a transição do Windows 7 para o Windows 8 foi bem mais tranquila do que eu pensei que seria.
Por outro lado, eu não encontrei nada de realmente incrível para justificar uma corrida ensandecida em direção ao novo sistema. Assim, me sinto seguro para dizer que, se você gosta de tecnologia, sentiu interesse por algum novo recurso, gosta de experimentar coisas novas ou simplesmente quer ver de perto o que a Microsoft chama de “nova era”, vá em frente e experimente o Windows 8 desde já. Agora, se você é um pouco mais conservador ou tem a impressão de que vai ter problemas com a migração, esperar um pouco mais ou optar por aderir à novidade quando adquirir um computador novo pode ser uma boa ideia.
Só não posso opinar em relação aos tablets: apesar de o Windows 8 ser bastante otimizado para telas sensíveis ao toque, ainda não testei nenhum dispositivo do tipo para dizer se a experiência móvel é boa ou ruim.
Abaixo, as fotos do lançamento do Windows 8 no Brasil:
Nesta terça-feira (09/10/2012), Steve Ballmer enviou uma carta aberta aos acionistas, funcionários e parceiros da Microsoft que trata principalmente do futuro da empresa. O documento é relativamente extenso e cheio de jargões corporativos, mas basicamente diz o seguinte: “estamos entrando em uma nova fase e precisamos da confiança de vocês”.
O lançamento do Windows 8, que irá acontecer oficialmente no próximo dia 26, representa muito mais que a chegada de um novo software ao mercado – marca também uma mudança de paradigma na Microsoft. Não que a partir de agora tudo necessariamente irá girar em torno deste sistema operacional. O que acontece é que a novidade corresponde, até agora, à mudança mais brusca que a família Windows já teve e a Microsoft quer aproveitar esta ousadia para deixar claro que está mudando por completo.
Ok, talvez não por completo, mas está mudando. Para aplicações corporativas, por exemplo, vemos o novíssimo Windows Server 2012 bastante alinhado às necessidades atuais de virtualização e computação nas nuvens, por exemplo. Na internet, serviços com Outlook.com e SkyDrive estão surpreendentemente bons. Aguardamos, para o próximo ano, a chegada de um Office que nunca foi tão on-line.
O Windows 8 é impactante não só porque tem um conceito totalmente novo de interface e usabilidade, mas também porque contempla um mercado que, até então, a Microsoft nunca passou da porta: o de tablets. E aqui chegamos em um ponto destacado na carta de Ballmer: não basta mais desenvolver um sistema operacional para ser utilizado em equipamentos de terceiros; agora a empresa quer se focar em seus próprios dispositivos. O Xbox 360 deixa claro que a companhia pode ter sucesso com esta abordagem, mas a prova de fogo caberá mesmo aos tablets Surface.
Surface e sua “capa-teclado” – Imagem por Microsoft
O fato é que a Microsoft precisa mesmo adotar uma nova postura porque os desafios que a empresa tem pela frente nunca foram tão grandes: o Windows Phone, por exemplo, até agora não conseguiu quebrar a hegemonia das plataformas Android e iOS; além disso, o Windows 8, com a sua proposta ousada, pode ter que percorrer um longo caminho para conquistar ampla aceitação no mercado, especialmente para fazer com que o nome ‘Microsoft’, finalmente, tenha significado no mundo dos tablets.
De maneira geral, a empresa tem tomado decisões acertadas para preparar o terreno desta nova fase, por exemplo, com a padronização de seus sites, serviços on-line e softwares com a interface desenvolvida para o Windows 8. A disponibilização de versões de teste do sistema para que o mercado vá se acostumando e a melhor integração de alguns de seus produtos com plataformas concorrentes também evidenciam isso.
Tudo muito desafiador, tudo muito promissor, mas a Microsoft ainda precisa se atentar aos “velhos hábitos”. Por exemplo, os tablets Surface foram anunciados sem definição de data de lançamento e preços sugeridos, uma excelente maneira de jogar um balde de água fria na decisão de compra de quem se interessou pelo produto. O Bing, por sua vez, só funciona em sua totalidade em poucos países – por que tanta resistência em regionalizar produtos com grande potencial fora dos Estados Unidos?
De qualquer forma, os próximos capítulos serão interessantes. Se Ballmer & cia conseguirem fazer os planos da Microsoft vingarem, veremos a empresa impressionantemente forte diante da Apple e do Google. Eu torço para que isso aconteça, afinal, não há nada que faça tão bem ao mercado quanto concorrência acirrada.
Emerson Alecrim
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