2013
22
abr

Presença dos pais espantando adolescentes do Facebook?

Unlike - Imagem ilustrativaNos últimos dias, um infográfico elaborado pela empresa de marketing digital Right Mix Marketing tem chamado a atenção de profissionais e entusiastas das redes sociais por destacar um “fenômeno” peculiar: o número de adolescentes utilizando o Facebook tem caído nos últimos meses. O principal motivo? A presença cada vez maior dos país no serviço.

Um estudo recente divulgado pela empresa Piper Jaffray reflete este cenário. A companhia entrevistou 5.200 adolescentes na América do Norte, com 33% deles indicando que o Facebook ainda é a sua rede social preferida. Seria uma resultado bastante favorável se não fosse um detalhe: apesar de o serviço permanecer na liderança, uma pesquisa similar realizada no segundo semestre de 2012 dava esta proporção como sendo de 42%.

Não é possível fazer afirmações sem um estudo cuidadoso do assunto, mas é de se presumir que a maioria dos país não começa a participar do Facebook meramente para vigiar os filhos. O que acontece é que, naturalmente, os principais contatos no serviço tendem a ser seus entes mais próximos e, como não poderia deixar de ser, há uma atenção especial direcionada aos filhos.

Mas, para muitos jovens, a presença dos país em suas atividades on-line registradas por “likes”, comentários ou marcações em fotos muitas vezes é tida como invasão de privacidade ou até mesmo como situações constrangedoras, remetendo ao não raro comportamento dos adolescentes que se incomodam, por exemplo, de comparecer à escola acompanhado de sua mãe ou de seu pai.

Se por um lado o interesse pelo Facebook cai, por outro, serviços mais recentes passam a obter mais atenção deste público, o que pode indicar não apenas a busca por uma rede social alternativa, mas também – ou principalmente – a disposição dos jovens de experimentar ferramentas novas e mais alinhadas aos seus interesses. É o que vem acontecendo com serviços como Kik Messenger, WhatsApp e SnapChat, que se diferenciam enormemente do Skype ou do Google Talk, por exemplo, por se basearem desde o princípio nos dispositivos móveis (e qual é o adolescente de hoje que não tem/quer um celular?).

É claro que isso não quer dizer que os pais devem abandonar o Facebook, aderir imediatamente a qualquer novidade no que se refere às redes sociais ou mesmo deixar de acompanhar as atividades de seus filhos. Como tudo na vida, talvez o mais plausível seja o esforço de evitar excessos – muitas vezes, uma boa conversa é suficiente para detectar problemas em relação a este aspecto.

A internet parece ter uma afeição muito grande por mudanças rápidas. Lembre-se que, outrora, era o MySpace que dominava os interesses do público on-line, especialmente dos mais novos, com o orkut ocupando este posto no Brasil. Assim, talvez estejamos apenas presenciando o rumo natural das coisas. Se o Facebook está perdendo usuários, que Mark Zuckerberg e sua turma se preocupem com isso.

Referências: TechCrunch, CNET News.

Emerson Alecrim

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2013
07
mar

Facebook apresenta novo Feed de Notícias

Tal como previsto, Mark Zuckerberg comandou um evento nesta quinta-feira (07/03/2013), na sede de sua empresa (Califórnia, Estados Unidos), para apresentar a nova versão do Feed de Notícias do Facebook. Como a própria companhia fez questão de demonstrar, esta mudança tem entre suas metas ampliar o foco em imagens, vídeos e afins.

Novo Feed de Notícias do Facebook

Novo Feed de Notícias do Facebook

Isso significa que, quando o novo Feed tiver sido implementado em sua conta, o usuário poderá visualizar as imagens publicadas por amigos com maior destaque, o mesmo valendo para vídeos e demais conteúdos. Não é de se estranhar: as pessoas utilizam cada vez mais câmeras digitais e, principalmente, telefones capazes de gerar imagens de alta qualidade, e o Facebook quer aproveitar este cenário. Por este motivo, os álbuns de fotos também contarão com uma nova interface.

As novidades não terminam aí. Com o novo Feed, o usuário também poderá definir melhor que tipo de informação gostaria de visualizar. Assim, será possível, por exemplo, optar por acessar apenas conteúdo novo de páginas de músicas, de amigos mais próximos, de determinados sites e assim por diante.

O Facebook também quer dar mais destaque aos compartilhamentos. Uma das maneiras encontradas para isso é exibir na lateral esquerda de uma foto, por exemplo, miniaturas dos perfis dos contatos que compartilharam aquela imagem.

Miniaturas dos perfis dos amigos que compartilham aparecem ao lado do conteúdo

Miniaturas dos perfis dos amigos que compartilham aparecem ao lado do conteúdo

Outra novidade digna de nota diz respeito ao comportamento da interface em dispositivos variados. O Facebook trabalhou para fazer com que o conteúdo do Feed de Notícias seja visualizado e acessado da mesma maneira (ou quase) em PCs, tablets e smartphones, guardadas as proporções das telas destes dispositivos, obviamente.

As mudanças no Facebook começam a ser implementadas hoje, com a adaptação para dispositivos móveis devendo ocorrer em uma etapa posterior. Mas, tal como de costume, este processo todo está acontecendo de maneira gradativa, ou seja, não vale para todas as contas de uma só vez. Quem estiver com pressa, pode entrar para a lista de espera do novo Feed de Notícias. Para tanto, basta acessar o endereço www.facebook.com/about/newsfeed e, no final da página, clicar no botão correspondente para se inscrever. Neste mesmo link, é possível obter mais detalhes sobre o assunto.

O vídeo abaixo mostra o novo Feed de Notícias em ação:

Emerson Alecrim

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2013
15
jan

A nova ferramenta de busca do Facebook

Em um evento realizado nos Estados Unidos nesta terça-feira (15/01/2013), Mark Zuckerberg anunciou a novidade que o Facebook prometera dias atrás. Ao contrário do que muita gente supôs, a companhia não apresentou uma nova interface, mas sim um novo sistema de busca interno fortemente focado nos aspectos sociais da rede: o Facebook Graph Search.

Facebook Graph Search

Inicialmente, é importante entender o que o Facebook quer dizer com “graph” ou “grafo”: de certo modo, trata-se de uma referência às informações geradas e mantidas dentro do serviço, como comentários, “curtidas”, mensagens trocadas, amizades criadas, fotos publicadas, etc. Logo, fica claro que esta ferramenta de busca é direcionada ao conteúdo oriundo das ações dos usuários. É uma busca social, como a própria empresa diz.

O interessante desta tal busca social é que os resultados podem responder a critérios bem definidos pelo usuário e, ao mesmo tempo, coerentes com o seu perfil. Por exemplo, você pode fazer uma busca por pessoas que tenham passado o réveillon na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro; se o Facebook constatar que algum contato seu se enquadra neste critério, o perfil desta pessoa estará nas primeiras posições por causa de sua proximidade.

Eis um vídeo (em inglês) que o Facebook preparou para o anúncio:

Perceba: a ideia é fazer com que você possa encontrar pessoas, fotos e outros tipos de conteúdo dentro do Facebook com base em uma variedade de critérios, como filmes, lugares visitados, crenças, profissões, cursos universitários e assim por diante. De repente, este tipo de pesquisa pode acabar oferecendo resultados mais úteis que a busca tradicional do Google, por exemplo.

Mas não precisa entrar em pânico: os resultados exibidos no Graph Search são baseados nas informações criadas e mantidas pelos usuários, logo, as restrições de cada conteúdo é respeitada. Isso significa que se você publicou uma foto e deu permissão para apenas amigos a visualizarem, esta limitação será mantida, ou seja, pessoas que não estão em sua lista de amizades continuarão não tendo acesso.

É claro que nem tudo são flores. Com a nova busca, as informações de quem não se preocupa muito com o seu conteúdo poderão ser acessadas mais facilmente, logo, é recomendável a cada usuário analisar suas configurações de privacidade, o “teor” de suas fotos e assim por diante. Você pode compreender melhor este aspecto nestas orientações sobre privacidade on-line.

Pode não parecer, mas este novo mecanismo de busca tem potencial para representar um avanço importante para o Facebook. Primeiro porque, se a ideia der certo, a empresa passará a aproveitar todas as valiosas informações existentes em sua rede para manter o interesse dos usuários no serviço. Segundo porque, de certa forma, é uma maneira diferente de “roubar” um pouco o espaço do Google. Até a Microsoft agradece: se a busca do usuário não trouxer informações relevantes, o mecanismo passa a exibir resultados do Bing, que já funciona de maneira integrada ao Facebook.

É bom que se saiba que o Graph Search será implementado ao longo do tempo. Não se trata de uma ferramenta pronta, mesmo porque, com o volume de dados que circula no Facebook, não é tarefa fácil criar algo tão abrangente. É por isso que, inicialmente, a novidade está disponível apenas para um grupo limitado de pessoas que utilizam o serviço no idioma inglês.

No link www.facebook.com/about/graphsearch você pode conhecer mais detalhes e clicar no botão no final da página para entrar na, a essa altura, longa fila de espera de interessados.

Emerson Alecrim

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2012
04
out

Um bilhão de usuários: o Facebook conseguiu!

Criado em 2004, o Facebook passou cerca de dois anos como um serviço restrito a universitários. Uma rede social só para estudantes, mas que não foi criada para estudar, veja só. É que, de uma forma ou de outra, o objetivo ali sempre foi o de explorar as relações humanas. Foi por isso que, em setembro de 2006, Mark Zuckerberg e seus poucos funcionários resolveram abrir o Facebook para toda e qualquer pessoa. Seis anos depois, o resultado é este: mais de um bilhão de pessoas curtiram a ideia.

Facebook

Sim, na manhã desta quinta-feira (04/10/2012), Mark Zuckerberg publicou uma curta nota para dizer que o Facebook alcançou em 14 de setembro (2012) a marca de um bilhão de usuários ativos mensais. Isso significa que um bilhão de pessoas acessam o Facebook pelo menos uma vez por mês. “Só” isso.

Há vários fatores que ajudaram o Facebook a chegar neste patamar, como disponibilidade em vários idiomas, acesso a partir de várias plataformas (até mesmo em celulares mais simples) e facilidade de uso (sim, os recursos mais importantes do Facebook são fáceis de usar). Mas o ingrediente principal é aquele que faz com que os usuários entrem para o Facebook e fiquem: as outras pessoas.

O feed de notícias é uma jogada e tanto! Ora, você não precisa entrar no perfil de cada um de seus amigos para saber de suas novidades. Qualquer atualização deles irá aparecer ali, bem na sua frente, sem contar a coluna no lado direito que mostra tudo o que eles estão fazendo agora: comentando fotos, adicionando novas pessoas, compartilhando links, etc.

Aliás, o truque está aí, na interação: quando você compartilha uma notícia no Facebook, publica uma foto ou simplesmente faz um comentário, espera a reação das outras pessoas, mesmo que seja daquelas que lhe são pouco conhecidas. Vai me dizer que você se não frustra, mesmo que levemente, quando ninguém curte, comenta ou compartilha uma atualização sua?

E não para por aí: o Facebook cruza várias informações para sugerir pessoas que você provavelmente conhece, mas que não sabia que estavam lá, assim como analisa com quais perfis você mais se relaciona para priorizar as novidades destes. Assim, como eu disse anteriormente, o usuário encontra motivos não só para entrar no Facebook, como também para ficar lá.

Vídeo comemorativo da marca de 1 bilhão de pessoas

Por explorar tão bem os relacionamentos humanos, o Facebook “conquistou o mundo”. Os números nos ajudam a ter uma pequena noção deste alcance todo. Até 14 de setembro de 2012:

  • 129 bilhões de fotos haviam sido publicadas no Facebook, sem considerar as que foram excluídas;
  • 140,3 bilhões de amizades haviam sido registradas;
  • O botão Curtir (Like) havia sido utilizado 1,13 trilhão de vezes;
  • 62,6 milhões de músicas foram escutadas 22 bilhões de vezes;
  • Pelo menos 600 milhões de pessoas acessaram a rede social a partir de dispositivos móveis.

É difícil saber se e até quando esta hegemonia toda irá durar. Estando em tamanha evidência, a empresa precisa encontrar fontes eficientes de receita, reverter as consequências de sua entrada decepcionante na bolsa, eliminar os mais de 80 milhões de perfis falsos que atrapalham suas estatísticas e ficar de olhos bem abertos com o Google, que está fazendo de tudo para emplacar o Google+. Com um bilhão de usuários, parece ser fácil superar estes desafios, mas só parece.

Emerson Alecrim

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2012
11
set

O mapa da amizade entre usuários de diferentes países no Facebook

O Facebook Stories é um site criado pelo próprio Facebook para divulgar histórias e constatações interessantes sobre o uso do serviço. Recentemente, o site publicou um mapa interativo que mostra com quais países os usuários de cada nação mais se relacionam. E não é que algumas descobertas realmente surpreendem?

O mapa funciona de maneira muito simples: cada “bolinha” representa um país; basta então clicar em qualquer uma delas para descobrir, por ordem crescente, quais os cinco países que mais se relacionam com aquela nação no Facebook. Ao clicar na esfera do Brasil, por exemplo, você verá que os usuários daqui fazem mais amizades com pessoas dos seguintes países: Portugal, República Democrática do Congo, Espanha, Argentina e Japão.

Mapa global de amizades no Facebook

Mapa global da amizade no Facebook

Perceba também que o mapa exibe notas de rodapé que tentam explicar as relações que, a princípio, são inusitadas. Por exemplo, para quem é de fora, é difícil compreender a relação entre Brasil e Japão, dada a distância geográfica dos dois países. Mas então a nota explica que os brasileiros são o terceiro maior grupo de imigrantes em terras japonesas. A República do Congo é que é, de fato, uma surpresa: o Facebook relaciona a constatação aos investimentos do Brasil neste país.

De maneira geral, o mapa também consegue mostrar como países com importantes relações históricas – colonizadores e colonizados, por exemplo – mantém laços fortes até hoje. É o que acontece entre Brasil e Portugal, Argentina e Espanha, África do Sul e Reino Unido, entre outros.

São coisas que só mesmo um serviço de alcance global poderia revelar.

Emerson Alecrim

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2012
13
jul

As 20 “mentiras” mais encontradas no Facebook

Curti, só que nãoOlha só que interessante: a empresa de registros de domínios Siteopia realizou um estudo para entender o comportamento das pessoas no Facebook e, com base nisso, criou uma lista que classificou como as 20 mentiras mais encontradas na rede social.

Não estamos falando de mentiras no sentido estrito da palavra, mas de ações que servem para disfarçar uma situação indesejada, para causar impressão positiva em outras pessoas, para a obtenção de algum tipo de status, para se tornar mais atraente e assim por diante.

Não se trata necessariamente de um comportamento novo. Em nosso cotidiano, muitas vezes realizamos ações não condizentes com a realidade para os mais diversos fins, por exemplo: pedir informação a uma pessoa, sem necessidade, numa tentativa de conhecê-la; fingir estar recebendo uma ligação para fugir de uma conversa incômoda; fazer uma expressão séria para transmitir uma imagem de confiança; entre outros.

Perceba que, a princípio, não se trata de nada condenável. O problema é que, no Facebook (ou em qualquer outra rede social) este comportamento pode atingir proporções exageradas muito facilmente, já que a maioria das outras pessoas está longe o suficiente (tanto geograficamente quanto em termos de convivência) para descobrir o que realmente é verdadeiro.

Com o poder de manipular as informações a seu respeito, há pessoas que tentam mostrar: felicidade a todo momento; constantes realizações profissionais; forma física impecável; condições financeiras acima da média; posição social (aparecem em fotos com personalidades supostamente importantes de sua cidade, por exemplo), entre outros.

Para o levantamento, 2 mil pessoas foram entrevistadas no Reino Unido. Cerca de 80% delas confessaram usar fotos antigas para se mostrar mais jovial e compartilhar determinados links como forma de mostrar inteligência, por exemplo. Enfim, eis a lista das “20” mentiras mais comuns no Facebook:

  1. Usar uma foto antiga no perfil para se parecer mais jovem;
  2. Apagar fotos “feias”;
  3. Compartilhar determinadas notícias para parecer mais culto;
  4. “Curtir” determinadas informações para parecer mais intelectual;
  5. Manipular uma foto para se mostrar mais atraente;
  6. Escrever uma mensagem a alguém que não conhece (falso interesse);
  7. Postar um status que não é verdadeiro;
  8. Utilizar a imagem de perfil de outra pessoa;
  9. Postar um status para fazer com que uma festa ou evento pareça ser mais interessante do que é;
  10. Mentir em relação ao seu status de relacionamento;
  11. Enviar uma solicitação de amizade para ter mais um rosto bonito na lista de contatos;
  12. Inventar um status apenas para chamar a atenção;
  13. “Maquiar” um trabalho para que este pareça ser importante;
  14. Exagerar nas qualificações profissionais;
  15. Fazer check-in em lugares que não foram frequentados;
  16. Mentir ou exagerar sobre títulos acadêmicos;
  17. Indicar livros, filmes ou determinadas músicas apenas para parecer mais cool;
  18. Alterar informações de seu perfil para ter coisas em comum com uma pessoa admirada;
  19. Postar uma foto em um carro, casa ou moto que não é de sua propriedade;
  20. Criar um álbum de fotos falso.

O estudo também revelou outros dados interessantes, como:

  • Cerca de 10% dos entrevistados disseram que o Facebook é importante para deixar que as pessoas saibam o quanto elas conquistaram;
  • 42% publicam determinadas fotos na esperança de se parecer mais artístico;
  • Um em cada quatro admite adicionar pessoas encontradas apenas uma vez, enquanto que um em cada dez o faz com pessoas nunca vistas;
  • Seis em cada dez entrevistados postam fotos ou vídeos na expectativa de receber uma “enxurrada” de “likes” e comentários;
  • Metade reconhece bloquear ou esconder atualizações de certos amigos por saber que estas informações são falsas ou estão muito longe do que a pessoa realmente é.

Como já informado, a pesquisa foi feita com 2 mil pessoas no Reino Unido, portanto, pode não refletir o comportamento de usuários de outros países. Ou pode. De qualquer forma, é de se fazer pensar, não é mesmo?

Emerson Alecrim

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2012
18
maio

O Facebook finalmente estreia na NASDAQ

Os números do FacebookHoje, 18 de maio de 2012, é um dia histórico para Mark Zuckerberg e companhia. O Facebook fez a sua tão esperada IPO (Initial Public Offering), ou seja, suas ações começaram a ser negociadas pela NASDAQ, bolsa de valores dos Estados Unidos que reúne as maiores empresas de tecnologia.

As ações começaram a ser negociadas pelo valor de 38 dólares cada, fazendo com que a oferta inicial do Facebook alcançasse a casa dos 16 bilhões de dólares e o valor da empresa ultrapassasse os 100 bilhões de dólares. Para você ter uma ideia, a IPO do Google, que aconteceu em agosto de 2004 e até então era a maior para uma empresa de tecnologia, alcançou 1,9 bilhão de dólares.

Em tese, isso nada significa para os mais de 900 milhões de usuários do Facebook. Mas, como ninguém compra ações para ganhar pouco dinheiro, muito menos para perder, o serviço necessita continuar atraente, ou seja, precisa inovar de maneira contínua, o que deve atingir diretamente o interesse desta quantidade enorme de pessoas.

Depois de as ações terem estreado na bolsa, a cotação de cada uma chegou a 43 dólares. No entanto, os papéis fecharam o dia valendo 38,23 dólares, uma valorização de apenas 0,6%. É claro que este cenário estragou as expectativas de quem esperava uma dia “emocionante” na NASDAQ, mas não chega a ser um resultado ruim.

Devemos levar em conta que, quando o Facebook apresentou a documentação necessária para a IPO, esperava-se que cada ação custasse entre 28 e 35 dólares, mas como vimos começou com preço de 38 dólares. O fato de não ter ocorrido maior valorização sugere que os investidores consideram esta faixa de preço adequada para o momento, ou seja, condizente com o máximo que estão dispostos a pagar. Problema mesmo haveria se tivesse acontecido uma desvalorização.

No vídeo, a estreia do Facebook na NASDAQ

É claro que alguma oscilação pode acontecer nos próximos dias, mas o fato é que o Facebook está com a faca e o queijo nas mãos. Com uma base de usuários que certamente superará a casa do 1 bilhão em um futuro próximo, a companhia tem uma valiosa fonte de dados que, se bem analisada e utilizada, pode tornar o negócio ainda mais rentável.

Por ora, o momento é de comemoração, pelo menos para os principais acionistas do Facebook. Entre eles estão o próprio Zuckerberg; Sheryl Sandberg, que largou o Google em 2008 para se tornar diretora de operações no Facebook; os gêmeos Winkelevoss, que apesar de “inimigos mortais” de Zuckerberg possuem ações da empresa devido a um acordo realizado em 2008; o brasileiro Eduardo Saverin, que teve participação na criação da companhia; e até mesmo Bono, o vocalista da banda U2.

Nada muito surpreendente para uma empresa que, apesar de jovem, já teve a sua história relatada em um livro e, consequentemente, interpretada nos cinemas.

Referências: USATODAY.com, CNNMoney, IBTimes TV.

Emerson Alecrim

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2011
24
jun

750 milhões de usuários: se não chegou, o Facebook vai chegar lá

FacebookÉ uma situação simplesmente invejável, tanto que, envolvendo outras empresas, talvez parecesse fora da realidade: de acordo com o TechCrunch, o Facebook pode ter atingido recentemente a incrível marca de 750 milhões de usuários no mundo todo.

Representantes do Facebook desconversam sobre o assunto, mas a informação teria saído de um fonte próxima à empresa. De qualquer forma, por mais que não haja confirmação, os rumores podem ser verdadeiros: a companhia comemorou a marca de 500 milhões de usuários em julho de 2010 e, desde então, sua participação no mercado global praticamente não parou de crescer.

A questão é que os números divulgados recentemente não são precisos, uma vez que são baseados em métricas de terceiros, conforme frisa o TechCrunch. O site Socialbakers, por exemplo, falou de 700 milhões de usuários no final de maio. O Inside Facebook, por sua vez, reportou 687 milhões no início de junho.

O fato é que, se o Facebook ainda não chegou à marca de 750 milhões de usuários, não vai demorar para chegar. E, não duvido, vai chegar também à marca de 1 bilhão de usuários. Esta última etapa pode até demorar mais, mas se levarmos em conta somente o fato de o número de internautas continuar crescendo em todo o mundo, veremos que ainda há muito mercado a ser explorado.

O interessante é que o Facebook tenta crescer de maneira consistente, isto é, sem desconsiderar sua necessidade de receita. No Brasil, por exemplo, contratou Alexandre Hohagen, ex-vice-presidente do Google para a América Latina, cuja função principal, no momento, não é a de tentar acabar com a liderança do orkut, mas sim a de montar um time para relações comerciais no país.

Agindo assim, o Facebook consegue ter segurança suficiente para avançar sem medo e, por incrível que pareça, sem pressa, afinal, de nada adianta ganhar usuários e não ter estrutura para suportar a crescente demanda, lição que, como deixa claro o livro Bilionários por acaso: A criação do Facebook (The Accidental Billionaires: The Founding of Facebook), Mark Zuckerberg aprendeu desde cedo.

Emerson Alecrim

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