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2006
27
abr

Executivo do Google vem ao Brasil para tratar dos problemas do Orkut

David C. Drummond, vice-presidente de Desenvolvimento Corporativo e Conselheiro Jurídico do Google, esteve em Brasília nesta quarta-feira (26/04/2006) para comparecer à audiência pública que trata de denúncias de crimes realizados no Orkut. O procurador Sérgio Gardenghi Suiama acusou o Google de ser a única empresa que não colabora com as autoridades brasileiras na investigação de crimes realizados na internet. De acordo com Drummond, todas as informações referentes ao Orkut ficam armazenadas na Califórnia, EUA, e a filial brasileira da empresa não controla esse serviço. Isso significa que o Google responde às leis americanas e que o fornecimento de dados de maneira imediata pode ser considerada ilegal nos Estados Unidos – daí a não colaboração à maneira que a Justiça brasileira requisita.

O Google divulgou uma nota na tarde desta quarta-feira em que confirma a existência de falhas no gerenciamento de usuários no Orkut e promete medidas para colaborar com a investigação de crimes cometidos através do site. Veja algumas:

– A empresa fornecerá às autoridades brasileiras dados de usuários que cometeram infrações, desde que as solicitações sejam razoáveis e feitas de maneira legal;
– O Google poderá manter dados de acesso de usuários por 90 dias (prorrogáveis por mais 90 dias) caso o Ministério Público solicite;
– A empresa também fornecerá dados como endereço IP e informações cadastrais do usuário mediante solicitação do Ministério Público;
– A companhia também poderá fazer denúncias de pedofilia ao Centro Nacional de Crianças Desaparecidas e Exploradas, quando identificar a existência desse problema.

Cerca de 8 milhões de brasileiros usam o Orkut e as denúncias de crimes cometidos neste site – principalmente racismo e pedofilia – aumentaram consideravelmente. No entanto, não há, até o momento, uma solução que consiga acabar de vez com esses problemas, o que indica que essa novela está longe de ter fim.

Referências:

Estadão
IDG Now

Emerson Alecrim

Comentários desativados em Executivo do Google vem ao Brasil para tratar dos problemas do Orkut


2006
25
abr

Orkut: a solução é seu fim?

De maneira geral, os internautas brasileiros adoram o Orkut. Seja para reencontrar e manter contato com conhecidos, seja pela facilidade com a qual é possível encontrar pessoas com gostos semelhantes, o Orkut só não caiu no esquecimento – como o Google Base – pela utilização em massa dos brasileiros.

No entanto, desde a explosão de sua popularidade, o Orkut se mostra como uma “dor de cabeça” ao Google: lentidão, bugs, suporte precário e, mais recentemente, a onda de atos considerados criminosos, especialmente pedofilia e racismo.

Aos poucos o Orkut vai sofrendo melhorias, mas os problemas continuam – se sai um, entra outro. Mesmo assim, o Google insiste em mantê-lo. Para quê? Certamente há alguma forma de explorar o serviço para obter algum retorno financeiro, mas como? O Orkut certamente nunca vai fazer tanto sucesso em outro países, então qual as razões para mantê-lo?

Não sei, só sei que o Google tem seus motivos. A solução mais fácil para se livrar das dores de cabeça que o Orkut causa é acabando com o serviço, mas a empresa tem gente contratada para agir justamente ao contrário. Se é assim, é bom o Google se apressar. Do jeito que a coisa anda, se alguém ameaçar outra pessoa nesse site, é o Orkut que levará a culpa e, diante de tantos escândalos, usuários com bom senso usarão menos o site, não por um determinado problema em si, mas pela soma de fatores, tais como as questões ligadas à privacidade, o risco de alguém sofrer ataques através de comunidades ou scraps, a idéia de “território sem lei”, enfim.

O que o Google precisa fazer não é só criar ferramentas que permitam identificar os problemas, mas passar a “falar” mais com os usuários, para que estes saibam que tem alguém olhando suas atividades e que o Orkut não é uma “terra sem leis”. Se o Google começar a agir nesse sentido, muita coisa vai mudar e o Orkut talvez ainda se salve de um fim trágico. Os problemas se destacam mais que as virtudes. Por isso é bom evitá-los.

Emerson Alecrim

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2006
12
abr

Orkut começa a apagar perfis ilegais

Após ser notificado por autoridades brasileiras, o Google começou a monitorar com mais rigor os usuários e as comunidades criadas no Orkut. Muitas páginas de usuários (perfis) que continham imagens inapropriadas – especialmente pornográficas – estão sendo apagadas, assim como comunidades ilegais.

Os problemas que o Orkut está enfrentando devido a falta de um controle mais rígido ganharam mais importância após denúncias feitas contra comunidades que tratam de pedofilia e racismo. O assunto chegou a ganhar destaque em uma matéria feita pelo jornal americano The New York Times, conforme mostra este link.

Embora essas ações estejam sendo feitas, acredito que o Google precisa desenvolver uma solução melhor do que ficar deletando perfis e comunidades, do contrário a empresa terá que fazer isso sempre, dada a facilidade com que os usuários podem criar novas contas. Ainda, há de se considerar que o esforço não é suficiente: mesmo com toda essa monitoração não é difícil encontrar perfis e comunidades inapropriadas.

Emerson Alecrim

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2006
21
mar

Google lança “Orkut sobre futebol”

Por essa ninguém esperava. Em parceria com a Nike, o Google acaba de lançar um site de comunidades nos moldes do Orkut, mas direcionado ao futebol: o Joga.com ou “Joga Bonito”. A idéia é permitir que torcedores ganhem um novo canal de comunicação sobre o esporte e acessem fotos, vídeos e outros recursos relacionados.

Algo que chama a atenção é que o site recebe o nome “Joga Bonito” mesmo na descrição em inglês, o que evidencia a influência do Brasil. Não é para menos. No Orkut, mais de 70% dos usuários são brasileiros e o futebol sempre lembra o Brasil por causa das Copas do Mundo.

Assim como ocorre no Orkut, é necessário receber um convite para participar do Joga.com (DEIXO CLARO, DESDE JÁ, QUE O INFOWESTER AINDA NÃO POSSUI ACESSO AO SERVIÇO E NÃO FORNECERÁ CONVITES QUANDO TIVER). No entanto, na página principal do site, é possível deixar nome e e-mail para receber um convite do Google nos próximos dias.

Para acessar o Joga.com, clique aqui.

Emerson Alecrim

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2006
09
mar

Falso e-mail promete acabar com lentidão no Orkut

Um serviço que funcione sem lentidão e sem mensagens de erro, é tudo o que os usuários do Orkut querem. Tirando proveito desse fato, criminosos que atuam na internet estão enviando e-mails falsos (scams) prometendo acabar com os problemas: a mensagem, cujo remetente aponta para [email protected] e cujo layout lembra muito o visual do site do serviço, afirma que o Orkut está disponibilizando uma atualização para o Windows que faz com que seus problemas sejam eliminados, como mostra o trecho a seguir:

O patch corrige os cookies de sessão, fazendo com que estes não expirem, ou seja: será estabelecida uma conexão permanente com o servidor, deixando de lado o timeout que causa as telas de Bad Server.

Para instalar a suposta atualização, o e-mail informa que basta ao usuário clicar em um link em destaque na mensagem. Se fizer isso, na verdade, um programa-espião será instalado na máquina, fazendo com que o internauta corra o risco de ter arquivos ou senhas capturadas.

É importante frisar que os problemas do Orkut são causados por fatores ligados ao desempenho dos servidores do serviço, portanto, não há como uma atualização no Windows de seu computador ser uma solução, uma vez que o problema não é nele.

E já que o assunto é o Orkut, tenho notado em algumas comunidades que muitos tópicos estão com várias respostas repetidas. O motivo é o que mais impressiona: alguém cria um tópico ou uma resposta com frases do tipo “se você não repetir essa mensagem X vezes uma coisa terrível vai lhe acontecer”. Muita gente replica a mensagem com medo da tal “maldição”. Fala sério, né? Se eu disser que você ganhará 50 mil reais se colocar uma mesma resposta em 100 tópicos, alguém acreditará?

Emerson Alecrim

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2006
05
fev

Racismo e preconceito no Orkut

O Brasil carrega a triste marca da injustiça, nos seus mais diversos aspectos. Se a perspectiva de impunidade é capaz de levar indivíduos a cometerem crimes em ambientes de convívio social, o que eles não serão capazes de fazer na internet? Com freqüência leio relatos ou reportagens sobre crimes cometidos ou planejados no Orkut. Muitos tratam do assunto como se o fechamento desse site fosse suficiente para barrar essas ações, mas cabe lembrar que o Orkut tem uma participação muita ativa de brasileiros e a quantidade de usuários é tão grande que praticamente qualquer assunto pode ser debatido lá, seja ele negativo ou positivo.

É essa sensação de liberdade que faz com que indivíduos racistas ou preconceituosos despejem todos os seus conceitos maléficos no Orkut, afinal, lá a polícia não aparece, as vítimas não poderão encontrá-los, é possível encontrar gente de opinião igual e ninguém vai para a cadeia. Essa mesma certeza de impunidade atinge as vítimas ou outras pessoas cuja dignidade não aceitam expressões racistas ou preconceituosas. Elas não denunciam porque acreditam que as autoridades nada farão ou que poderão sofrer retaliações se suas identidades ficarem expostas após o ato da denúncia.

A questão é que o Ministério Público Federal tem trabalhado para lidar com crimes na internet e se um número massivo de pessoas fizerem denúncias, as chances das autoridades conseguirem barrar tais práticas são grandes. Em São Paulo, por exemplo, é possível fazer denúncias anônimas através do telefone 181 (Disque-Denúncia). Também tem o site da Polícia Federal do Brasil.

O importante é não ficar de braços cruzados. A intolerância racial ou qualquer crime semelhante não pode ficar impune só porque é praticada na internet. Se um grande número de pessoas reagir, essas práticas serão barradas, seja ela na internet, nas ruas, onde for.

Emerson Alecrim

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2006
27
jan

Hoax diz que Orkut vai ficar verde

Um hoax (boato) está circulando no Orkut com a seguinte mensagem:

“Passe essa mensagem pra 15 pessoas diferentes e seu orkut vai ficar com o fundo verde e passará se chamar OrCut! Isso não é uma brincadeira, todos já estão mudando e quem não mudar até o dia 30 deste mês (Janeiro) perderá o registro e todos os amigos do Orkut antigo e terá de refazer o cadastro…”

É evidente que se trata de uma grande mentira inventada por quem não tem o que fazer. Boatos como esse são uma tradição negativa na internet. Até pouco tempo existiam somente em e-mail, agora atingem o Orkut, o MSN, fóruns de discussão, entre outros. Para saber mais sobre hoax, clique aqui.

Emerson Alecrim

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2006
17
jan

Bug no Orkut permite alterar descrição de fotos

O site Cocadaboa.com divulgou no último dia 16 uma falha no Orkut que permite a qualquer usuário alterar a descrição das fotos de outros participantes. A execução do truque é tão simples, que suspeito que em poucas horas “todo mundo vai ‘zoar’ todo mundo no Orkut” fazendo piadas com as imagens de cada um. A única forma do usuário se prevenir do problema é deixando seu álbum vazio, pois até o momento não há nenhuma interferência do Google (empresa responsável pelo Orkut) para reparar a falha.

Emerson Alecrim

ps: sim, algum engraçadinho já alterou a descrição das minhas fotos…

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2005
13
dez

Orkut permite a exibição de listas de presentes

O Orkut acaba de disponibilizar um recurso que permite a exibição de links para listas de presentes dos usuários do serviço. Embora o site seja otimizado para mostrar listas criadas no Froogle ou no Amazon.com, qualquer link pode ser indexado. Para habilitar essa opção, basta ir em Perfil / Editar Perfil e no menu à direita escolher Listas de presentes (se esta opção não estiver aparecendo, basta clicar no link Foto e ela surgirá logo abaixo). Na página Listas de presentes é possível indexar até 5 listas. Quando isso for feito, a(s) lista(s) será(ão) mostrada(s) na página do perfil do usuário. Mais informações aqui.

Lista de presentes no Orkut

Emerson Alecrim

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2014
10
fev

Os dez anos do Flickr

Flickr - 10 anos

Nesta segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014, o Flickr completou dez anos de existência. É tempo pra caramba, se levarmos em conta a impressão que temos de que as coisas acontecem de maneira muito rápida na internet. A pergunta que fica no ar após os parabéns é: o Flickr tem fôlego para mais dez anos?

Para chegar aqui o Flickr percorreu um caminho árduo e cheio de reviravoltas. O serviço foi criado pelo casal Stewart Butterfield e Caterina Fake (hoje separados, aparentemente) em uma época onde as redes sociais on-line da forma como conhecemos davam seus primeiros passos.

O Facebook, naquela época, estava em fase embrionária. O MySpace era o serviço que se destacava, mas não tinha um apelo forte para fotos. Aqui, no Brasil, o orkut conquistava o público, mas com foco em interação: até então, o álbum do serviço só permitia a publicação de apenas 12 imagens, fazendo com que os Fotologs da vida continuassem populares.

O Flickr então não teve dificuldades para se transformar na opção preferida dos amantes da fotografia, tanto profissionais quanto amadores, este último grupo fortemente enriquecido com o advento das câmeras digitais. O motivo é claro até pelo nome: o serviço surgiu com foco em fotos, tendo sido feito para amantes ou, ao menos, simpatizantes do assunto. Ou seja, para muita gente.

O sucesso veio rápido. Percebendo que iria se tornar maior, o Yahoo! não perdeu tempo e fez uma oferta a Stewart Butterfield e Caterina Fake. O Flickr foi comprado pela empresa por 35 milhões de dólares em março de 2005.

Caterina Fake e Stewart Butterfield em 2006

Caterina Fake e Stewart Butterfield em 2006

De fato, dali em diante o sucesso do Flickr só aumentou, tanto que, anos mais tarde, Butterfield chegou a declarar que, se soubesse o que viria a seguir, teria demorado alguns meses para fechar o negócio e assim obter um valor maior.

Não obstante, nos meses seguintes era quase que uma obrigação dos adeptos da tal “Web 2.0” ter uma conta no Flickr. Como este é um serviço de fotos, a maioria dos usuários zelava para fazer imagens com o mínimo de qualidade, com um ou outro ajuste aqui e ali em editores de imagens, quando muito.

Naquela época, já era possível encontrar celulares com câmera, mas estes eram rudimentares e não apresentavam qualquer ameaça. Em 2007, no entanto, a Apple lançou o iPhone. Meses depois, o Google soltou a primeira versão usável do Android. Os smartphones começavam a se tornar sofisticados e essenciais.

Nos anos seguintes, as câmeras destes dispositivos também melhoraram substancialmente. Além disso, a combinação de celular com câmera levou a fotografia digital ao alcance de um número muito maior de pessoas. Quase que ao mesmo tempo, as câmeras digitais compactas ficaram mais baratas e, claro, dotadas de mais recursos.

O que parecia um cenário ainda mais favorável ao Flickr, na verdade, se mostrou como o prenúncio do declínio. O Facebook se tornou febre e fez com que muita preferisse os seus álbuns ao Flickr. Primeiro porque era mais fácil publicar imagens no serviço criado por Mark Zuckerberg; segundo porque o público ali é mais presente com seus comentários, curtidas e compartilhamentos.

Além disso, o aperfeiçoamento constante das câmeras dos celulares veio acompanhado de aplicativos que tornam o compartilhamento de foto mais fácil, rápido e cativante. Vide o fenômeno do Instagram.

O que veio depois você deve ter imaginado, sem esforço: perda de relevância. O estrago só não foi maior porque o Flickr ainda é a melhor opção para muitos amantes de fotografia, inclusive deste que vos escreve.

Em maio de 2013, quando o Yahoo! já estava sob o comando da ex-Google Marissa Mayer, o Flickr sofreu uma tremenda reformulação em um esforço quase desesperado para tornar o serviço atraente novamente.

A interface foi totalmente refeita para se adequar a dispositivos com telas dos mais diferentes tamanhos. Além disso, as contas gratuitas passaram a contar com 1 terabyte de espaço – melhor do que “ilimitado” ou “infinito”: soa mais impactante. Até então, usuários não pagantes podiam exibir somente suas últimas 200 fotos.

Nova interface do Flickr

Teve mais: no decorrer de 2013, os apps móveis do Flickr ganharam novos recursos, inclusive os filtros que se tornaram tão populares com o Instagram.

Se deu certo? Bom, no post sobre os dez anos, o Yahoo! revelou que o Flickr conta atualmente com dois milhões de grupos (inclusive o #Flickr10, adivinhe sobre qual assunto) que compartilham mais de um milhão de fotos por dia. É um número expressivo, mas provavelmente distante do que o serviço foi no passado.

O importante, no final das contas, é que o Flickr continua sendo um reduto de fotos incríveis, tanto que não deve ter sido nada fácil para a sua equipe escolher quais colocar no vídeo comemorativo (abaixo). Se o serviço estará vivo em 2024 é impossível dizer, mas ao menos não dá para esperar um fim próximo para um acervo tão edificante assim.

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