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2009
16
ago

Resumo da semana: SEO, Dell, Video Games Live, Facebook, Google Caffeine e outros

Notícias da semana 1 - InfoWesterApós uma versão piloto que vocês não tiveram acesso ( 😀 ), estreia hoje no InfoWester o Resumo da semana. Como o nome indica, trata-se de um texto contendo links para o conteúdo publicado no site no decorrer da semana e que será publicado, sempre quando isso for possível, aos sábados ou domingos.

Indo direto ao assunto, começamos a semana com a notícia de que a Toshiba aderiu ao Blu-ray. A surpresa vem do fato de que a empresa foi a que mais defendeu o derrotado padrão concorrente HD-DVD. Também veio a surpreendente notícia de que o Facebook adquiriu o FriendFeed. Em Portugal, inveja: o país poderá contar com conexão à internet de 1 Gbps! Novidades bacanas por aqui também: a Dell abriu um escritório em São Paulo e quer maior presença no Brasil.

A Microsoft, como sempre, também foi notícia: primeiro porque se pronunciou sobre “a morte do IE6”. Segundo porque fechou uma parceria com a Nokia para lançar o Office no Symbian. É claro que o Google também deu as caras por aqui, com destaque para a nova versão de seu mecanismo de busca, o Caffeine. Mas também lançou um concurso no orkut e abriu inscrições para o Google Code Jam 2009. Vai encarar algum? 🙂

Se estiver afim de uma leitura interessante, saiba que a revista Espírito Livre chegou à 5ª edição. Quer melhorar a posição do seu site/blog nas buscas? A Erika Sarti dá orientações iniciais sobre SEO aqui. Ah, e você curte videogame, né? E músicas de videogame? Que tal uma orquestra executando as canções dos jogos mais famosos? Sim, estou falando do espetáculo Video Games Live, cuja edição 2009 vai acontecer em algumas cidades do Brasil.

Terminamos a semana sabendo que a Serena Software vai promover um evento em São Paulo e que o site da Rede Record foi atacado, exibindo por alguns minutos mensagens de apoio à rival Rede Globo. Coisa feia, não?

É isso. Espero que você goste do Resumo da semana do InfoWester. Até a próxima edição 🙂

Emerson Alecrim

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2009
25
jun

InfoWester no Twitter, resumo semanal, entre outras novidades

InfoWester no TwitterSim, agora o InfoWester tem perfil no Twitter: @InfoWester. Eu sei, deveria ter feito isso antes, mas como diz aquele velho ditado: antes tarde do que mais tarde ainda nunca. Na verdade, um grande amigo, o Claudio Feitas, havia criado o perfil há tempos na expectativa de que eu, com isso, passasse a divulgar as novidades do site diretamente no Twitter.

Confesso que achei que não valeria à pena, mas nos últimos dias comecei a reparar que o InfoWester estava recebendo visitas significativas oriundas do Twitter, o que me fez mudar de ideia. O objetivo desse perfil é o de publicar links para as principais novidades do InfoWester, tal como já fazem os blogs Meio Bit e WinAjuda, por exemplo. Portanto, se você é usuário do Twitter e quer acompanhar as novidades do site por este meio, fique à vontade para seguir o @infoWester.

Mas essa não é a única novidade: a partir de julho (2009), eu deixarei meu emprego atual para me dedicar integralmente ao InfoWester. Com isso, o site terá mais conteúdo e muitos dos artigos já publicados serão atualizados. Junto com isso, haverá maior atenção da minha parte à Newsletter InfoWester, à comunidade do site no Orkut e ao fórum. E não para por aí: o feed principal do site e este blog terão um post semanal (ou quase) contendo um resumo com as últimas novidades do InfoWester.

Espero que essas notícias sejam do seu agrado e lembre-se: caso queira enviar sugestões, opiniões, críticas, reclamações, um recado para a sogra, etc, sou todo ouvidos: você pode fazê-lo pela página de contato do site ou através do espaço de comentários deste post 😉

Emerson Alecrim

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2009
15
jan

Não poupa ninguém: crise faz Google cortar serviços e anunciar demissões

É, a crise financeira que devasta o mundo atingiu até quem parecia imune. Até pouco tempo atrás, o Google abria portas para projetos novos sem nem ao menos se preocupar com as possibilidades de lucro. Mas, agora o cenário é outro. A crise veio e não poupou nem a galera de Mountain View, e o Google agora está tendo que fazer o que para ela, até por uma questão de cultura, é mais difícil do que para outras empresas: cortar gastos.

Para começar, o Google anunciou que o Google Video não permitirá mais uploads, ou seja, está praticamente com os pés na cova. Mas, até aí, nada de anormal, já que a empresa tem um serviço de vídeos melhor: o YouTube. O Jaiku é outro que “vai morrer, mas vai continuar vivo”, já que o Google deixará de dedicar esforços em seu desenvolvimento, mas o manterá como uma ferramenta de código aberto no Google Code.

Mas, não para por aí: o Google Catalog Search vai ser descontinuado. Ao menos sua tecnologia contribuiu para tornar o Google Book Search disponível. Ah, os serviços Dodgeball e Mashup vão seguir pelo mesmo caminho.

Ainda não terminou: o Google Notebook, um serviço que eu adoro, vai ter o seu desenvolvimento descontinuado. O Google Notebook não será mais oferecido a novos usuários, mas permanecerá disponível a quem o utiliza atualmente. Até quando eu não sei…

Que coisa chata, não? Mas, essas medidas por si só não são suficientes para sinalizar crise, já que a maioria desses serviços tem realmente pouca relevância. O que demonstrou que a fortaleza de Mountain View não é tão inabalável assim são os recentes anúncios de demissão. Para começar, cerca de 10 mil funcionários indiretos foram dispensados no final de 2008. Em seguida, veio o anúncio de desligamento de 100 pessoas ligadas à seleção de pessoal (afinal, o Google está contratando menos…). Agora, cerca de 70 engenheiros do Google deixarão os seus cargos, em parte pelo fechamento dos escritórios da empresa em Austin (EUA), Lulea (Suécia) e Trondheim (Noruega).

É claro que ninguém precisa entrar em pânico e gritar “o sonho acabou!” ou “fechem tudo, menos o Orkut!”. O que o Google está fazendo é apertar o cinto, coisa que qualquer empresa ou indivíduo faz quando a situação complica (ou quando o avião está caindo). Note que apenas os serviços menos importantes foram “sacrificados” e que as dispensas de pessoal indicam que o Google está buscando formas mais eficientes de organização.

Preocupado mesmo o mercado deveria estar se o Google continuasse como antes, fingindo que a crise não existe, pois isso indicaria falta de uma coisa que minha mãe sempre pediu para eu ter: juízo…

Referências: Google Video Blog, Google Notebook Blog, The Official Google Blog, The Official Google Blog [2], Jaikido Blog.

Emerson Alecrim

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2008
19
dez

ResultsON Day: empreender sim, mesmo em tempos de crise

Eu tive que escrever sobre

Não fui lá para cobrir o evento e relatar aqui. Fui para observar e analisar a experiência de quem já tem ou lida com negócios. Mesmo assim, tomei nota e tirei fotos desde o início, afinal, eu podia mudar de idéia… E mudei. O ResultsON Day é um evento promovido pela ResultsON com o apoio de entidades como o Sebrae-SP. A edição deste ano aconteceu no dia 17 de dezembro (2008), no Espaço Gafanhoto, em São Paulo.

ResultsON Day 2008
ResultsON Day 2008: start!

No evento, houve a apresentação de várias palestras e workshops realizados por empreendedores e especialistas no assunto, como Daniel Heise (Customer First), Aleksandar Mandic (Mandic) e Edney Souza (Polvora!). Os relatos de cada pessoa foram tão interessantes que eu decidi descrever a seguir os pontos mais relevantes, na minha opinião. É claro que esse relato não é o mesmo que estar ali, “ao vivo”, mas pode ajudá-lo, se você tem a intenção de abrir um negócio. O texto é grandinho, mas vale a leitura. Vamos lá? Comecemos, é claro, com a primeira palestra:

Fiori Mangone – Nokia: Inovação e (r)evolução

Mangone começou explicando a história da finlandesa Nokia. A empresa tem mais de um século de existência – surgiu em 1865 – e começou no ramo de papel e celulose. Ao longo dos anos, a companhia foi entrando em vários outros mercados, como fabricação de bicicletas, cabos, televisores, entre outros, até chegar no ramo de telefonia celular. Tamanha variedade de segmentos se deve, essencialmente, à capacidade da direção da Nokia de identificar novas oportunidades.

A Nokia também está atenta ao que acontece nos mercados que domina. Numa pesquisa feita por ela, descobriu-se que 88% dos usuários de telefone celular não o usam apenas para falar. Se antes tínhamos, na ordem, o cinema, a TV e o PC, em um futuro extremamente próximo teremos o celular como a principal “tela” para as pessoas. A Nokia está se preparando para isso não só oferecendo funcionalidades variadas em seus aparelhos, mas também trabalhando em serviços, como o Ovi, portal “móvel” que oferece vários recursos aos usuários.

O mercado móvel é, sem dúvida, um ninho de oportunidades para quem quer empreender 🙂

Alexandre Thomé – Endeavor: Por que empreender nesse momento?

Quem falou em seguida foi Alexandre Thomé, da Endeavor, e o seu recado foi claro: momentos de crise são oportunidades para empreender e crescer. Essencialmente, o que acontece é o seguinte: em tempos de recessão, as empresas cortam gastos, as pessoas deixam de comprar e investimentos deixam de ser feitos. Uma das conseqüências disso é o surgimento de necessidades à sociedade. Se alguém identificar alguma dessas necessidades, pode colocar uma solução no mercado que a atenda e, portanto, terá um negócio em andamento.

Mesmo em época de crise, as pessoas precisam de produtos e serviços, portanto, não desanime. Na pior das hipóteses, os seus erros com os negócios se transformam em experiência. Alexandre frisou que muitas das pessoas que estavam por trás de negócios que sucumbiram à “bolha da internet” hoje cuidam de outros empreendimentos ou trabalham em empresas importantes, como Google, eBay e Yahoo!.

Em resumo, no mundo dos negócios, crise é oportunidade.

Luis Colombo – Motiv: Digital signage

Quem é que nunca viu cartazes publicitários expostos em lugares públicos, outdoors nas ruas e afins? A Motiv identificou justamente uma oportunidade nesse segmento: por que não fazer cartazes cujo conteúdo se “movimenta”? Assim, a Motiv passou a colocar telões e TVs de LCD ou Plasma em locais públicos para empresas interessadas.

Luis Colombo falando sobre a Motiv
Luis Colombo falando sobre a Motiv

Colombo, no entanto, deixou claro que a sacada é não se limitar ao tradicional formato 4:3, isto é, o formato das telas de TV. Uma das idéias da Motiv, por exemplo, é a de colocar telas dispostas na horizontal e fazer com que uma “transfira” seu conteúdo para outra. O intuito aqui é explorar várias combinações de forma que as pessoas vejam e entendam o recado. A criatividade é a melhor forma de se fazer isso. Simplesmente encher um ambiente de telas ou cartazes faz com que as pessoas, naturalmente, deixem de prestar atenção naquilo.

A atuação da Motiv é um bom exemplo de como identificar oportunidades.

Emerson Calegaretti – MySpace: Negócios Web

Emerson Calegaretti é simplesmente o nome por trás do MySpace no Brasil. A sua missão no ResultsON Day foi a de mostrar exemplos de idéias que deram certo graças à internet. O exemplo que ele mais detalhou foi o caso da cantora Mallu Magalhães. Um dos primeiros passos da garota rumo ao sucesso foi colocar suas gravações no MySpace e divulgar a amigos. A partir daí a coisa foi se espalhando…

A apresentação de Calegaretti foi bem divertida e ele citou outros exemplos de sucesso, como a banda NX Zero. Eles também começaram divulgando seu trabalho na Web, usando Fotolog, Orkut, etc, e até hoje dedicam algum tempo a esses canais. E isso é extremamente importante!

Emerson Calegaretti
Emerson Calegaretti: cara de bravo, mas com bastante bom humor

Com base em sua experiência, Calegaretti tratou de dizer o seguinte: se você quer iniciar um negócio na internet (ou utilizando a internet), use mídias sociais (Orkut, MySpace, Facebook, etc); crie um street team, ou seja, faça com que pessoas se interessem pelo seu produto ou serviço de forma que passem a divulgá-lo; aposte no merchandising, “crie uma paixão”; nunca despreze seu cliente, ouça-o sempre que ele falar; distribua seu produto ou serviço de graça, quando cabível, pois isso pode fazer a diferença para torná-lo um sucesso e você poderá encontrar uma forma de rentabilizá-lo de outras maneiras. Vide o Google, que não cobra nada pela maioria de seus serviços.

Edney Souza – Polvora!: Mídias sociais

O famoso Edney – mais conhecido como “Interney” – apareceu por lá para explicar a experiência da Polvora! em mídias sociais. Ele mostrou como é possível utilizar blogs, redes sociais (Orkut, Facebook, etc), fóruns e afins para monitorar marcas, assuntos, produtos, etc. E isso é importante por um simples motivo: esses canais são pontos de encontro, locais onde discussões acontecem de forma organizada. Basta observar, por exemplo, que o Orkut tem comunidades para tudo, inclusive para falar (bem ou mal) de produtos e serviços.

Edney tratou de deixar claro que, quando falamos de mídias sociais, estamos falando de gente, por isso, não adianta chegar em uma rede social, por exemplo, e querer de imediato ser o centro das atenções. É preciso saber chegar e também entender a linguagem usada nesses meios.

Como já dito, as mídias sociais são, essencialmente, pessoas. Logo, desprezá-las em seu negócio pode ser um equívoco dos grandes 🙂

Franco Lazzuri – CIETEC: Vamos investir

Sobre a apresentação de Franco eu não tenho muito o que falar. O que ele fez foi apresentar as opções que as pessoas que estão se aventurando numa startup de tecnologia tem para conseguir incubadoras, com destaque à CIETEC, centro incubador ligado à Universidade de São Paulo. Se você está com um projeto de tecnologia engatilhado, dê uma olhada no site da entidade. De repente, você consegue um apoio bacana para o seu trabalho 🙂

Franco falando da CIETEC
Franco falando da CIETEC

Ariel e Mackeenzy – Videolog: Criando novas empresas

Ariel e Mackeenzy são os dois principais nomes por trás do Videolog, para quem não conhece, um serviço de vídeos on-line totalmente brazuca! Eles contaram a experiência deles, frisaram que mantém o projeto sem grandes investimentos e que, apesar de todas as dificuldades, conseguem colocar um serviço de qualidade na internet. Confira você mesmo!

Eles também falaram sobre o Tivi.tv, um serviço novo onde o usuário pode agregar vídeos de várias fontes (Videolog, YouTube, Vimeo, etc) e montar a sua própria programação. Um negócio deveras interessante e que tem tudo para emplacar.

Mackeenzy e Ariel
Mackeenzy à esquerda e Ariel à outra esquerda direita (borrado, sorry…)

Mas, o principal recado de Ariel e Mackeenzy foi perceptível apenas pelo jeito com que eles falavam: demonstrando verdadeira paixão pelo o que fazem. Esse é, sem dúvida, um dos principais ingredientes de um negócio de sucesso 🙂

Daniel Heise – Customer First: Inovando

Daniel Heise é um empreendedor experiente e está por trás de vários projetos bacanas, como a DirectTalk e, mais recentemente, o Beezzer. Ele deu alguns conselhos importantes para quem quer entrar no mundo dos negócios, entre eles, que empreender no meio de uma crise vale à pena, tal como citei no início do texto, mas que requer certos cuidados.

Um deles é sobre a escolha de um sócio. Heise disse que prefere iniciar empreendimentos com sócios porque as experiências e os recursos de duas ou mais pessoas podem aumentar as chances de sucesso. Mas, em época de crise, é importante ter cuidado redobrado ao escolher um sócio, pois passado a época de turbulência, ele pode, por exemplo, receber um convite para trabalhar em uma empresa e te deixar “na mão”…

Daniel também deu algumas orientações a quem procura investidores e deixou outro recado que considerei importante: não tenha medo de errar. Se o negócio não der certo, a experiência adquirida será importante para novos empreendimentos. Nos EUA, por exemplo, falência não é sinônimo de vergonha, mas de aprendizado 🙂

Manoel Fernandes – Bites: Encontro de 2 mundos: blogs e empresas

Manoel Fernandes é um dos nomes por trás da revista Bites e também é responsável por várias ações envolvendo empresas e blogs, sendo a mais recente o encontro de blogueiros com a Rede Globo. Por conta disso, ele conhece bem o que entendemos como “blogosfera” e falou um pouco sobre essa experiência.

Manoel Fernandes
Manoel Fernandes: parece que ele está liderando um culto religioso, não?

O ponto que mais me chamou a atenção, no entanto, foi o seu recado de que, a partir de agora, as empresas exigirão resultados das ações que promoverem junto aos blogs. Sendo mais claro, “acabou a festa”. Se alguém quer viver de blogs ou, ao menos, levar o seu blog como coisa profissional, precisa responder à altura. Ter media kit, por exemplo, é obrigação. Isso me lembrou que eu tenho que providenciar um urgente para o InfoWester…

Alexandre Fugita – Techbits: Startupi – a arte de começar um negócio

Alexandre Fugita se tornou conhecido graças ao seu blog, o Techbits. Passou pela Polvora! e agora está por trás do startupi, um canal que trata de startups de tecnologia, com foco no Brasil, e que recentemente foi tema de post aqui no Blog InfoWester.

No ResultsON Day, Fugita apresentou a proposta da startupi, cujo objetivo principal é o de ajudar empreendedores a encontrar investidores e vice-versa, além de, eventualmente, auxiliar quem deseja abrir o próprio negócio.

Para saber mais, visite a startupi.

Johny Carvalho – PontoMobi: Abrindo mercados novos

Johny Carvalho apareceu para provar que Fiori Mangone, da Nokia, estava certo: a telefonia celular é um verdadeiro mundo de oportunidades! Carvalho falou da experiência da PontoMobi, empresa especializada em mobile marketing. Você sabia que, no Brasil, há 140 milhões de celulares em uso?

O celular já faz parte da vida das pessoas e, segundo Carvalho, é extremamente relevante. Basta notar que na maioria das situações as pessoas param o que estão fazendo para atender uma ligação ou ver uma mensagem em SMS.

Johny e seu aviso totalmente excelente no telão
Johny e seu aviso totalmente excelente no telão

É claro que isso é uma oportunidade para fazer bons negócios, não só para operadoras e fabricantes de aparelhos. A PontoMobi é exemplo disso. A empresa faz campanhas – não invasivas – utilizando SMS, Bluetooth, entre outros. Um dos exemplos dado por Johny Carvalho foi uma campanha realizada para o lançamento do Fiat Punto.

Johny Carvalho ainda deixou algumas dicas no ar:  a TV móvel – TV com conteúdo feito exclusivamente para dispositivos móveis – já é comum em alguns lugares (como o Japão, conforme expliquei aqui). Essa é uma idéia que também pode emplacar no Brasil… 😉

Aleksandar Mandic – Mandic: Empreendedor: um ovelha negra?

Uma coisa é certa: você precisa ver uma palestra desse cara! Aleksandar Mandic é um dos nomes que ficarão gravados para sempre na história da internet brasileira e é, sem dúvida alguma, um exemplo nato de empreendedor. Ele começou a apresentação sem slides e sem texto pronto. Simplesmente pegou o microfone e começou a falar, coisa que só quem é fera mesmo é capaz de fazer.

Aleksandar Mandic
Aleksandar Mandic: “trabalhou comigo quem aguentou”,
quando perguntado sobre a escolha de sua equipe

Começou contando a incrível história da criação da Mandic e foi respondendo perguntas e rebatendo argumentações de forma incrível. Na minha opinião, a coisa mais marcante que Mandic disse foi em relação ao cliente: “eu gosto de receber reclamações. É a melhor forma de se obter consultoria grátis” (ou algo assim). E tem mais: “Confronto com cliente é derrota certa, mesmo quando há vitória“.

Palavras de quem sabe o que está falando 🙂

Renato Fonseca – Sebrae: Inovação nas pequenas empresas

Você sabe quantas das empresas que temos no Brasil são de porte pequeno? Renato Fonseca sabe e disse lá no ResultsON Day: 99%. Incrível, não? Isso significa que boa parte dos empregos e das riquezas geradas no país estão nas mãos dos pequenos empresários.

Mas Fonseca também alertou que o número de empresas que fecham logo nos primeiros anos de vida é grande, por isso, é extremamente importante procurar orientação ao abrir um negócio, não só para conseguir capital, mas também para saber planejar e direcionar recursos. A função do Sebrae é justamente essa, com direito até mesmo à consultoria tecnológica!

Portanto, se está pensando em abrir um negócio, estude bastante o assunto e procure orientação especializada. Pode parecer um recado óbvio, mas o número de empreendimentos que fecham logo depois de abrir demonstra que muita gente se arrisca sem o devido preparo…

Fonseca ainda deixou mais um conselho: inove, saia do padrão, não seja repetitivo.

Finalizando

No final do evento, houve também o lançamento da revista ResultsON edição especial Startups, com uma lista de 49 negócios inovadores e premiação para os três primeiros colocados: 3º – BlogBlogs (Manoel Lemos), 2º – Videolog (Mackeenzy), 1º – Gengibre (Cazé Peçanha). Tudo terminou com uma comemoração com direito à bebida, comida e networking, e também com uma mensagem clara: empreender sim, mesmo em tempos de crise.

Manoel Lemos (3º), Mackeenzy (2º) e Cazé Peçanha (1º)
Manoel Lemos (3º), Mackeenzy (2º) e Cazé Peçanha(1º)

No mais, parabéns ao pessoal da Sixpix pelo evento! E a quem leu isso aqui até o final, espero que o texto possa ajudá-lo de alguma forma na criação de um negócio ou, se você já tiver um, no seu crescimento 😉

Emerson Alecrim

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2008
04
out

Pagestacker: para gerenciar os seus links favoritos

Para a maioria das pessoas que não se limitam a utilizar a internet exclusivamente para a combinação Orkut + Windows Live Messenger + Fotolog, guardar e, muitas vezes, compartilhar endereços de páginas e sites importantes é uma necessidade real. É por isso que um monte de pessoas em todo o mundo utiliza o Delicious (inclusive eu). No entanto, durante o BlogCampSP, evento que aconteceu no final de agosto de 2008, conheci um serviço brasileiro que não faz feio quando o assunto é armazenamento e compartilhamento de links: o Pagestacker, que atualmente está disponível em português e inglês.

Depois de fazer seu cadastro e de se logar no Pagestacker, possivelmente você reparará na leveza do site e no seu visual sóbrio e sem poluição. Eu gosto disso, tanto é que o InfoWester também é assim. Para começar a salvar os seus links no serviço, basta ir à barra superior do site, clicar em Guardar nova página, informar o endereço correspondente e, depois, inserir uma descrição. Coisa rápida e sem complicação.

Tela do Pagestacker
Interface do Pagestacker

Ah, se você já tiver uma coleção de links no Delicious ou mesmo em seu navegador, poderá exportá-la facilmente para o Pagestacker. Para isso, clique em Configurações e vá em Importar. Depois, é só seguir as orientações que forem mostradas. Se você quiser ter uma cópia dos seus links em seu computador, o caminho é o mesmo, bastando clicar em Exportar ao invés de Importar.

Para ver os links já guardados, basta clicar em Minhas páginas. Neste ponto, gostei da possibilidade de utilizar um calendário exibido no topo da página para encontrar páginas guardadas de acordo com a data.

Por outro lado, não gostei da impossibilidade de guardar links através de tags ou categorias. Se bem que esse recurso não chega, exatamente, a ser necessário. Explico: se você utilizar o campo de busca do Pagestacker, o serviço exibirá aquelas entre as páginas cadastradas que têm a palavra chave pesquisada em algum lugar. E, se você não conseguir achar nada nos links que guardou, poderá pesquisar nas páginas que foram guardadas por outros usuários (note, no entanto, que você não saberá quem as guardou). Para isso, basta clicar na aba Pagestacker, na página de resultados da busca.

Busca de links no Pagestacker
Busca de links no Pagestacker

Aliás, se você quiser ter uma noção do que os demais usuários do Pagestacker estão guardando, basta clicar em Páginas ou Sites, na barra superior do serviço, para ver os links mais populares nas últimas 24 horas, na última semana, no último mês ou, por fim, no último ano.

E se você tem um site ou um blog, poderá inserir nele botões ou caixas de pesquisa do Pagestacker. Assim, um usuário do serviço poderá guardar facilmente o seu site/blog entre os seus links favoritos. E esse também é um ponto bacana: uma vez que alguém tenha adicionado o seu site, um canal é criado para ele (este é o canal do InfoWester). Se você tiver uma conta no Pagestacker, poderá administrar, acompanhar e personalizar esse canal, bastando para isso inserir um código em seu site para provar que ele é, de fato, seu.

Bom, e ainda há outros recursos que não citei aqui. De forma geral, gostei do Pagestacker. Lhe faltam algumas coisas – um sistema de ajuda mais detalhado e a opção de tags, por exemplo -, mas são itens que poderão ser implementados com o tempo.

Ele é melhor ou pior que o Delicious? Na minha opinião, não é uma coisa nem outra, é simplesmente um serviço diferente, com uma proposta diferente. Durante o BlogCampSP, conversei com o pessoal responsável e vi que se trata mesmo de um projeto sério e com potencial, portanto, não poderia deixar de falar sobre o Pagestacker aqui. Espero que você, assim como eu, tenha gostado da dica 🙂

Emerson Alecrim

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2008
20
set

Dica rápida: concorra a prêmios no Intel Virtual Global Race

Intel Virtual Global RaceA Intel lançou recentemente um jogo on-line chamado Virtual Global Race (VGB). Como o nome indica, é um jogo relacionado ao automobilismo, com o diferencial de que o objetivo do participante é o de completar o máximo de voltas ao redor do mundo que conseguir.

Para isso, o jogador deverá cumprir várias tarefas, como convidar amigos, exibir um widget no jogo em sites de redes sociais (como o Orkut) ou blogs, responder perguntas, entre outros.

Os prêmios para os competidores são variados. Os três primeiros colocados levam um notebook Lenovo, mas haverá também mochilas, camisetas, bonés e miniaturas de carros de Fórmula 1 da BMW Sauber (parceira da Intel).

E, não, eu não recebi nada para fazer esse texto. Simplesmente descobri o VGR no blog da Intel, achei a idéia bacana e decidi divulgá-la aqui 😉

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2008
07
set

Google completa 10 anos: veja um breve histórico da empresa

Eu ainda lembro dos mecanismos de busca que usava tão logo comecei a ser um usuário da internet. Para assuntos em português, preferia o Miner, que posteriormente foi comprado pela UOL e depois caiu no esquecimento. Para conteúdo em inglês, usava o Ask Jeeves e o AltaVista.

Quando não conseguia encontrar o que queria, utilizava outros serviços, até que, por dica de não me lembro quem, acessei um tal de Google. “Não presta”, logo pensei, ao observar as cores do logotipo e o layout exageradamente simples. Bom, já que eu estava lá, testei.

A partir desse dia, o Google passou a ser o meu sistema de busca preferido. Aos poucos, fui deixando o Miner de lado e indicando o Google a amigos e colegas que ficavam tão perdidos na internet quanto eu.

GoogleSó não fazia idéia de que, pouco tempo depois, o Google se tornaria uma das principais empresas da internet. Seu serviço de busca logo ficou popular e derrubou a preferência que a maioria das pessoas tinha pelos mecanismos concorrentes. Como se não bastasse, o Google começou a trabalhar em outros segmentos. Em meados de 2004, por exemplo, um tal de Gmail se tornou o assunto do momento, pois oferecia um e-mail com a incrível capacidade de 1 GB para armazenamento de mensagens. E de graça! Até então, para utilizar e-mails com generosas capacidades de 5, 10, 12 MB (isso mesmo, megabytes), tínhamos que pagar.

O problema do Gmail era a necessidade de ganhar um convite para utilizá-lo. Coisa rara, tanto que muita gente chegou a vender convites em sites como o eBay. Eu tive sorte. Consegui o convite graças à generosidade de um jornalista – pasme – no Orkut. Entre meu círculo de amizades na internet, fui um dos primeiros a ter acesso ao Gmail, e fiquei espantado com o que vi. Hoje, essa conta de e-mail é a mais importante que eu tenho.

E, logo em seguida, veio serviços como o fantástico Google Earth, o Google Calendar e tantos outros. Como uma empresa pode fazer coisas tão incríveis assim? Com essa pergunta na cabeça, comecei a pesquisar mais pela história do Google. Além de documentos on-line, consultei dois livros que me foram essenciais para compreender o universo desse fenômeno: A Busca, de John Battelle; e Google: A História do Negócio de Mídia e Tecnologia de Maior Sucesso dos Nossos Tempos, de David Vise e Mark Malseed. Essas obras são leituras recomendadas para quem deseja entender melhor o sucesso do Google.

Eu não vou conseguir explicar a história da empresa criada por Larry Page e Sergey Brin aqui (os livros mencionados acima o fazem muito bem, especialmente o segundo), mas mostro a seguir um resumo dos principais acontecimentos em relação ao Google até os dias de hoje:

Setembro de 1998: o Google é fundado oficialmente e tinha apenas 3 funcionários: os fundadores Larry Page e Sergey Brin, além de Craig Silverstein (hoje, a companhia tem quase 20 mil funcionários). A sede da empresa era uma garagem;

Uma das primeiras páginas do Google
Uma das primeiras páginas do Google. Você pode vê-la aqui.

Junho de 1999: o Google recebe seu primeiro grande investimento (além dos 100 mil dólares iniciais na época da abertura da empresa), um aporte de 25 milhões de dólares de investidores de risco;

Março de 2000: lançado o Google Directory, um diretório de links que é tido como um dos primeiros serviços do Google além do sistema de busca;

Junho de 2000: o Google fecha um acordo – veja só! – com o Yahoo! e este passa a indexar seus resultados de busca. Como as páginas de resultado muitas vezes exibiam um pequeno logotipo do Google, o canal de busca do Yahoo! acabou servindo de meio para tornar a empresa de Sergey Brin e Larry Page mais conhecida. Imagino eu que, depois disso, o Yahoo! tenha começado a investir seriamente em pesquisas para o desenvolvimento de uma máquina do tempo;

Outubro de 2000:
no início, o Google pretendia gerar receita licenciando sua tecnologia de busca, tal como fez com o Yahoo!, mas a idéia não se mostrou promissora. Relutando em exibir banners e outros tipos semelhantes de publicidade no Google, os fundadores da empresa acabaram buscando uma forma diferente e não invasiva de exibir anúncios. A solução encontrada é o que conhecemos hoje como Google AdWords;

Fevereiro de 2001: o Google compra uma empresa chamada Deja News, cuja tecnologia foi incorporada ao serviço que hoje nos é apresentada como Google Groups;

Junho de 2001: o Google lança um buscador de imagens, que é anexado ao seu serviço de busca contextual;

Agosto de 2001: Eric Schmidt, que até então trabalhava com CEO da Novell, assume o cargo de diretor executivo do Google. Page e Brin tiveram certa relutância em disponibilizar esse cargo, mas o “aconselhamento” de investidores serviu de base para a decisão. Hoje, Schmidt, Page e Brin são os nomes mais importantes do Google;

Setembro de 2002: surge o Google News, serviço que agrega de maneira automatizada links para notícias do mundo inteiro. Apesar de não ser muito popular, é considerado indispensável por quem o utiliza regularmente, inclusive por este que vos escreve;

Fevereiro de 2003:
o Google comprar o Blogger, até hoje, um dos serviços de blogs mais utilizados do mundo;

Junho de 2003: o Google anuncia o serviço AdSense, que exibe anúncios publicitários em sites de uma rede de parceiros. Além de elevar a receita da empresa, o Google AdSense serviu para alavancar as finanças de uma infinidade de sites no mundo inteiro;

Janeiro de 2004: o Google lança o Orkut, a rede social que virou febre no Brasil, mas que, tempos depois, se mostrou um fracasso em outras partes do mundo;

Abril de 2004: o Google lança oficialmente o Gmail, seu revolucionário serviço de e-mail como 1 GB de capacidade. No início, era necessário ter convite para criar uma conta, fato esse que atiçou a curiosidade de muitas pessoas;

Agosto de 2004: o Google – finalmente – lança ações na Bolsa. O custo inicial de seus papéis era de 85 dólares. Hoje, cada ação tem valor próximo a 450 dólares;

Fevereiro de 2005: o Google anuncia o serviço Google Maps, baseado em tecnologia da empresa Where2, comprada no ano anterior;

Maio de 2005:
nasce o programa que permite a qualquer pessoa ver o mundo na tela de seu computador: o Google Earth. Essa incrível ferramenta é, na verdade, oriunda da Keyhole, empresa comprada pelo Google em 2004;

Visão do Googleplex (sede do Google), em Mountain View, pelo Google Earth
Visão do Googleplex (sede do Google), em Mountain View, pelo Google Earth

Agosto de 2005: é disponibilizada a primeira versão do comunicador instantâneo Google Talk. O serviço não se torna muito popular, mas consegue uma boa base de utilizadores ao ser adicionado à interface do Gmail;

Setembro de 2005: Vinton G. Cert, tido como o “pai da internet”, passa a fazer parte do alto escalão do Google;

Janeiro de 2006: o Google se envolve no que se tornou uma de suas maiores polêmicas: a aceitação de condições de censura impostas pelo governo chinês em sua atuação na China;

Março de 2006: o Google compra o Writely, editor de textos on-line que, após várias mudanças, deu origem ao Google Docs;

Outubro de 2006: o Google compra o YouTube, um negócio que envolveu o incrível valor de 1,65 bilhão de dólares;

Abril de 2007: em um negócio envolvendo 3,1 bilhões de dólares, o Google anuncia a compra da DoubleClick, notícia que afetou os ânimos da Microsoft;

Novembro de 2007:
o Google anuncia oficialmente o projeto Android, uma plataforma para dispositivos portáteis que está sendo desenvolvida de forma colaborativa com outras empresas e desenvolvedores;

Maio de 2008:
o Google lança o Google Health, serviço até certo ponto polêmico e que se propõe a servir de base de informações médicas para seus usuários;

Junho de 2008: o Google fecha um surpreendente acordo com o Yahoo! para exibir publicidade contextual nas páginas de resultados de busca deste último. A iniciativa é vista como uma manobra do Google para dificultar a tentativa da Microsoft de adquirir o Yahoo!;

Julho de 2008: no que, para muitos, parece ser uma tentativa de disputar espaço com a Wikipedia, o Google abre acesso ao serviço Knol, onde o próprio usuário gera o conteúdo;

Setembro de 2008: o Google entra para a briga dos navegadores de internet ao lançar o browser de código aberto Chrome.

Certamente faltam itens nesse resumo e, se você se lembrar de algo importante que não foi citado aqui, te convido a inserir uma nota nos comentários 🙂

Essa “linha do tempo” serve para deixar claro que o Google tem motivos de sobra para comemorar os seus 10 anos de existência. A empresa foi criada oficialmente em 07/09/1998, mas costuma comemorar seu aniversário durante todo o mês de setembro e, pelo menos nos últimos anos, exibiu um logotipo comemorativo no dia 27 do referido mês. Mas, o que importa é que foram 10 anos intensos e de expressiva importância para a internet. Sim, porque embora pareça exagero, hoje já não é possível falar de internet sem falar do Google. Apesar de a empresa ser vez ou outra sondada por questões referentes à privacidade dos usuários e da dependência de seus serviços, não dá para negar que os rumos da internet seriam outros sem a sua atuação.

O que muita gente se pergunta agora é como serão os 10 próximos anos do Google. Será que a empresa sustentará a imagem que tanto causa admiração? Será que manterá o seu ritmo de crescimento? Será que continuará sendo a maior no que se refere às buscas na internet? Será que gerará receita com serviços atualmente não rentáveis, como o YouTube? Será que permanecerá atiçando a ira da Microsoft? Será que dominará o mundo? 😀

Não sei e duvido muito que alguém saiba. Como a própria história da empresa indica, em 10 anos muita coisa pode acontecer. Porém, o Google se tornou o que é hoje por não esquentar a cabeça com essa coisa de futuro e por encarar cada desafio com ares de diversão. Isso significa que a única coisa que pode frear o Google é o próprio Google.

Parabéns à empresa e que os próximos 10 anos sejam tão impressionantes quanto os 10 primeiros 🙂

Emerson Alecrim

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2008
26
ago

Um relato sobre o Planeta Datasul 2008

Aconteceu nos dias 21 e 22 de agosto, no WTC Hotel, em São Paulo, o Planeta Datasul 2008, evento que a Datasul promove anualmente para clientes e parceiros, onde são realizadas palestras e outras atividades ligadas à área de TI. Graças a um convite feito pela Polvora! Comunicação (mais precisamente pela RMA), pude cobrir parte do evento e participar de um bate-papo de blogueiros (ou bloggers, como preferir) com Jorge Steffens, CEO da Datasul.

O Planeta Datasul – pelo menos a edição de 2008 – é um evento espantosamente grande. Várias apresentações, várias exposições, vários empresas participando (IBM, Progress, Intelbras, Neogrid, entre outras). É até difícil acompanhar tudo! A seguir, faço um relato do evento, mostrando o que considerei mais relevante e esperando que, de alguma forma, isso sirva de incentivo para que você participe de eventos do tipo, se ainda não o faz 🙂

By You

Não pude participar da abertura do Planeta Datasul, mas quando cheguei ao local, decidi assistir à palestra sobre a solução Datasul By You. Fiquei impressionado. Não, não é propaganda barata, não. A Datasul desenvolveu o By You com foco no que entendemos como “Web 2.0”. Em poucas palavras, trata-se de um solução de ERP desenvolvida sob a tecnologia Adobe Flex, o que significa que é possível utilizar o software através de uma interface Web, apenas com um navegador de internet.

Solução de ERP? Quê issu?! Calma, não entre em pânico! ERP é a sigla para Enterprise Resource Planning. Trata-se de um sistema de gestão empresarial, composto por vários “sub-sistemas” que controlam os setores, departamentos e processos de uma empresa, como as áreas de finanças, gestão de pessoas, contabilidade, compras, vendas, etc.

Área de exposição
Planeta Datasul 2008 – Área de exposição

Eu estou acostumado a encontrar esse tipo de sistema instalado diretamente nos computadores dos funcionários e tendo uma interface monótona e padronizada. O By You me surpreendeu por ser justamente o contrário: o usuário pode personalizar a visualização de seus recursos (desativando funcionalidades das quais não utiliza, por exemplo), assim como pode acessar o sistema a partir de qualquer computador sem ter que instalar nada, necessitando apenas de um navegador. É possível acessar praticamente todos os recursos de gestão que a Datasul oferece, incluindo soluções de CRM e BI.

Se ficou interessado, pode obter mais informações sobre o By You aqui.

SaaS e ergonomia de software

Durante o evento, tomei conhecimento sobre dois importantes conceitos dos muitos que a Datasul utiliza: SaaS e ergonomia de software. Sobre SaaS (Software as a Service), acredito que você ainda ouvirá falar muito. Resumidamente, trata-se de uma forma de trabalho onde o software é oferecido como serviço, assim, o utilizador não precisa adquirir licenças de uso ou mesmo comprar equipamentos para executá-lo. Nesse modelo, o usuário paga uma espécie de assinatura para utilizar o sistema e o acessa, em geral, através de uma interface Web, pagando apenas pelos recursos dos quais necessita. Sim, o By You entra nessa modalidade 🙂

Quanto ao outro conceito, ergonomia de software, ele pode ser entendido como uma maneira de desenvolver o programa de forma que ele se torne o mais compatível possível com o jeito com o qual as pessoas trabalham ou se comportam. Esse é um diferencial de extrema importância, pois há vários softwares por aí com a mesma finalidade – por exemplo, fornecer soluções de ERP – no entanto, não adianta ao software oferecer tais recursos se suas funcionalidades são confusas ou fazem com que o usuário tenha que se esforçar para executar o que precisa. O software é que precisa se adaptar às atividades e às necessidades do usuário, não o contrário.

Mídias sociais

O Impacto das mídias sociais no mundo corporativo, você está preparado? Esse foi o nome da apresentação que Mário Soma, diretor-executivo da Polvora!, fez no Planeta Datasul. Sua palestra é um recado claro de que muitas empresas – e pessoas de decisão – precisam entender “de verdade” como funciona a internet. Hoje, não basta apenas ter um site ou veicular banners. Se uma empresa quer mesmo utilizar a Web a seu favor, precisa compreender que a internet é, acima de tudo, um meio de relacionamento entre as pessoas.

Palestra de Mário Soma sobre mídias sociais
Palestra de Mário Soma (à direita) sobre mídias sociais

Blogs, Orkut, Facebook, Twitter, YouTube e várias outras ferramentas da Web deixam claro que, na internet, as pessoas não estão apenas na platéia, mas também no palco, portanto, elas interagem, elas fazem acontecer. Como disse Mário Soma, “nós somos a mídia”. As empresas que não entendem isso correm o risco de realizar campanhas na internet que são verdadeiros desastres ou, quando menos, de deixar o público-alvo indiferente.

Pelo o que pude perceber analisando a reação das pessoas que estavam à minha volta durante a apresentação, muita gente ainda não compreende essa nova e promissora realidade.

Bate-papo com Jorge Steffens, CEO da Datasul

Chegou então o momento mais esperado: o bate-papo de Jorge Steffens, CEO da Datasul, e Edimilson José Correa, Diretor Corporativo de Produto e Tecnologia da empresa, com os blogueiros. Participaram Alexandre Fugita (Techbits e Polvora!), Henrique Martin (Zumo), Jonny Ken (Infopod), Adriana Bortolotto (SixPix) e Emerson Alecrim, este que vos fala escreve.

Bate-papo de blogueiros e Jorge Steffens
Bate-papo de blogueiros e Jorge Steffens (canto direito). Foto por RMA.

A conversa foi muito produtiva e não contou com aquela monotonia típica das reuniões de negócios. O bate-papo durou mais de uma hora, mas mal vimos o tempo passar. A seguir, um resumo dos pontos mais fortes da conversa, de acordo com a minha opinião:

Software como serviço (SaaS)

Começamos falando sobre o que a internet representa para as empresas e do momento de transição que vivemos. Jorge Steffens destacou o sucesso do Google e do modelo de negócios que a empresa criou.

Esse ponto da conversa serviu como gatilho sobre um conceito já citado, o de software como serviço. Steffens citou como exemplo o So,fit 4 transport, um sistema de gerenciamento de frotas totalmente acessível pela internet que conta com vários recursos e é pago sob o modelo de assinatura, onde o cliente paga um pequeno valor mensal para cada veículo gerenciado.

O Henrique, do Zumo, aproveitou para perguntar como a Datasul está se adaptando à modalidade de software como serviço. Steffens respondeu que a estratégia da empresa é começar oferecendo SaaS para áreas que as empresas não dão grande foco, como o transporte (onde entra o So,fit 4). Aproveitei então para perguntar se as empresas esboçam algum tipo de resistência quando o assunto é SaaS. Dei como exemplo que muitas firmas podem encarar essa modalidade como uma solução insegura, mas Steffens disse que, na verdade, a resistência encontrada reside no fato de algumas empresas não entenderem exatamente como o modelo de SaaS funciona, mas com um tempo de uso elas notam as vantagens.

Bate-papo de blogueiros e Jorge Steffens
Começando da esquerda: Jair Tavares, Edimilson Correa, Jorge Steffens,
Adriana Bortolotto, Alexandre Fugita, Henrique Martin, Jonny Ken
e eu (de costas). Foto por RMA.

Datasul e Totvs

Como era de se esperar, alguém tinha que perguntar sobre a fusão da Totvs (se pronuncia “tótus”) com a Datasul, processo que aconteceu em julho de 2008 e que envolveu 700 milhões de dólares. A pergunta foi feita pelo Henrique Martin. Jorge e Edimilson responderam que esse acontecimento traz forças às duas empresas. A união torna a Datasul/Totvs a 9ª maior empresa de TI do mundo, uma das principais da América Latina e faz com que uma complemente a outra com seus pontos mais fortes.

Na questão de tornar a Datasul mais competitiva mundialmente, Steffens disse que a estratégia mais importante é “pensar globalmente, mas agir localmente”. Isso quer dizer que é importante conhecer bem cada mercado. Perguntei então se, para isso, não é necessário à Datasul ter centros de desenvolvimento distribuídos pelo mundo. Jorge Steffens disse o mercado principal da empresa é a América Latina, razão pela qual a Datasul possui unidades em outros países da região (Córdoba, na Argentina, por exemplo), mas uma atuação mais forte em outros locais (como a Europa) pode fazer com que a empresa abra centros de desenvolvimento em outros países para tornar suas operações condizentes a cada mercado.

Como explicar ERP à minha mãe?

No final da conversa, um dos pontos mais engraçados: Jonny Ken disse que nunca conseguiu explicar à sua mãe o que é ERP. “Nem eu”, respondeu Jorge Steffens, mas em seguida resumiu que ERP é a espinha dorsal de cada empresa. Edimilson também deu a sua versão, mas eu acabei não anotando, me desculpe.

Finalizando

Depois da conversa com Jorge Steffens e Edimilson José Correa, alguns blogueiros foram embora. O restante (e isso me inclui) foi ver o show da banda Blitz, que acontecia no local. Abaixo, um dos vídeos que gravei. Os demais podem ser vistos aqui.

No dia seguinte, eu não pude ir, mas acompanhei a fantástica palestra “Pensar fora da caixa”, de Luli Radfaher, pela internet. De forma geral, adorei ter participado do Planeta Datasul (tanto que acabei fazendo um texto longo a respeito 😀 ). Esse tipo de evento é importante não só por ajudar a entender melhor o mercado de TI do Brasil (e do mundo), mas também por trazer informações sobre as tendências do mercado e, claro, por permitir o bom e velho networking.

Parabéns à Datasul, não só pelo evento, mas por se mostrar antenada às mudanças e às exigências do mercado, e por tratar de seu negócio com tamanha clareza e seriedade.

Agradecimentos ao Alexandre Fugita, ao Mário Soma, à Talita Mariano e ao Jair Tavares pelo convite ao Planeta Datasul e pela oportunidade de conhecer um pouco mais do trabalho da RMA/Polvora! Comunicação.

O meu relato aqui não expressa o quão grandioso foi o Planeta Datasul, tampouco o quão proveitosa foi a conversa com Jorge Steffens e com os demais blogueiros, mas serve, imagino eu, para mostrar como é importante aos profissionais de TI e às empresas dos mais variados portes participar de eventos do tipo 🙂

Mais fotos do Planeta Datasul 2008 aqui e aqui.

Emerson Alecrim

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2008
09
ago

Video Games Live Brasil 2008: uma notícia boa e outra ruim

Video Games Live

O Video Games Live (VGL) é um espetáculo realizado pelo maestro Jack Wall e pelo compositor Tommy Tallarico que executa canções dos jogos de videogames mais conhecidos através de uma orquestra e de um coral. O show já passou duas vezes pelo Brasil, em 2006 e 2007 (clique aqui para ver um resumo desse ano). E quanto a 2008?

Você quer ouvir ler a notícia boa ou a ruim primeiro? Vamos com a Juliana Paes boa: em 2008, teremos VGL em Brasília, no dia 28 de setembro, e no Rio de Janeiro, no dia 5 de outubro, que já está com ingressos à venda. O site oficial do evento ainda informa que é possível que também aconteça apresentações em Curitiba e em Porto Alegre, mas ainda não há nada confirmado.

Agora, a notícia ruim: São Paulo está fora da agenda! Por algum motivo que aparentemente envolve (falta de) patrocinadores, a maior cidade do Brasil e palco para grandiosos espetáculos não está mais listada na agenda do site do VGL. No Orkut, na comunidade Video Games Live no Brasil, já há paulistas organizando uma caravana para a apresentação do Rio, pois embora ainda haja alguma chance do VGL acontecer em São Paulo, a essa altura do campeonato, é pouco provável que isso aconteça…

E o que eu tenho a dizer sobre isso? <momento mimimi>Que eu estou p. da vida, achei essa uma “mancada master”, não vou ao show do Rio (muito menos ao de Brasília), não irei ao VGL 2009 (se tiver) e não quero nunca mais saber de videogame na minha vida!</momento mimimi> Pronto, passou, passou…

Emerson Alecrim

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2008
09
jul

Mini-review: Nimbuzz – comunicação integrada via PC, celular e redes sociais

No final de junho (2008), tive a oportunidade de conhecer mais detalhes das atividades da Nimbuzz, graças a um convite enviado pela própria empresa. Para quem não sabe, os serviços da Nimbuzz são gratuitos e permitem ao usuário acessar sistemas de mensagens instantâneas (Windows Live Messenger, Google Talk, Yahoo! Messenger, AOL Instant Messenger, entre outros), compartilhar arquivos, realizar conferências e utilizar recursos de voz, tudo de maneira integrada entre o computador, o celular e rede sociais.

Para utilizar esses recursos, é necessário ir ao site do Nimbuzz e baixar um software para PC. Depois de instalado, o usuário visualizará uma janela por onde pode-se fazer login no serviço ou criar uma conta. Neste último caso, uma mensagem contendo um link de validação será enviado ao e-mail cadastrado. Feito isso, basta se logar no programa e configurar os seus dados para participar da rede do Nimbuzz e/ou inserir suas informações de login dos programas de mensagens instantâneas que você utiliza. Logo em seguida, será possível interagir com os seus contatos em uma única interface, independente do serviço de comunicação.

Comunicação instantânea via Nimbuzz

Nimbuzz via celularNote que todas essas e outras funcionalidades podem ser utilizadas através de um telefone celular. Para isso, o usuário deve entrar no site da Nimbuzz (ou acessar o endereço http://get.nimbuzz.com de seu telefone) e clicar no link de download para celular, onde pode-se escolher o arquivo apropriado ao seu aparelho. Com essa possibilidade, o Nimbuzz se mostra como uma opção interessante para quem deseja uma maneira simplificada de utilizar recursos de mensagens instantâneas e serviços relacionados em seu celular. É possível fazê-lo tanto por WiFi, caso o aparelho seja compatível, quanto pela rede de telefonia celular, neste último caso, sujeito à tarifação convencional da operadora.

O terceiro foco dos serviços da Nimbuzz são as redes sociais, e esse é um ponto que eu achei muito interessante. É possível inserir widgets (pequenos aplicativos) em páginas do Orkut (que vai permitir isso muito em breve através do OpenSocial), Facebook, MySpace, Flickr, Friendster, LinkedIn, etc, em seu blog e até no rodapé de seus e-mails. As pessoas que visualizarem esses widgets em sua página poderão te enviar uma mensagem, começar um bate-papo, iniciar conversa por voz, entre outros. Para utilizar essa funcionalidade, basta acessar o site da Nimbuzz, clicar em “Postar um widget” e, na página correspondente, personalizar seu widget escolhendo os serviços desejados e cores. O widget abaixo (talvez não visível para quem acessa esse post via RSS) é um exemplo e você pode testá-lo enviando mensagens a mim.

download Nimbuzz Mobile

É claro que nem tudo é perfeito. Para um serviço que já está funcionamento oficialmente no Brasil, é conveniente oferecer aos usuários interfaces em português, inclusive no contrato, durante o processo de instalação. Por enquanto, a única opção de idioma é o inglês. Além disso, ainda não há opção de instalação do programa em Mac OS X e em Linux. Para esses casos, por enquanto a Nimbuzz oferece uma interface Web. Ainda, o suporte ao usuário não é lá essas coisas e precisa melhorar muito. Os widgets nem sempre carregam na velocidade esperada e, por fim, há muitos aparelhos celulares que ainda não são compatíveis – o iPhone é um deles.

É importante ressaltar, no entanto, que a Nimbuzz promete solucionar esses detalhes, assim como pretende lançar novos recursos em breve. A empresa, de origem holandesa, acabou de chegar ao Brasil (começou a operar por aqui no final de maio de 2008) e oferece um serviço que tem (quase) tudo para agradar aqueles que, até por uma questão de organização, precisam de ferramentas que integram e permitam acesso fácil aos seus serviços mais utilizados na Web, especialmente via telefone celular.

Se este é o seu caso, está dada a dica!

PS: antes que alguém diga alguma coisa indevida – porque isso meio que está virando moda por aqui – não, a Nimbuzz não me pagou para falar sobre os seus serviços, tampouco me pediu para escrever sobre isso na apresentação que fez. Resolvi publicar esse post porque fui convidado a conhecer os serviços da empresa, testei, gostei do que vi e achei que poderia ser interessante aos leitores do site. Simples assim.

Emerson Alecrim

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