O Facebook finalmente estreia na NASDAQ
Hoje, 18 de maio de 2012, é um dia histórico para Mark Zuckerberg e companhia. O Facebook fez a sua tão esperada IPO (Initial Public Offering), ou seja, suas ações começaram a ser negociadas pela NASDAQ, bolsa de valores dos Estados Unidos que reúne as maiores empresas de tecnologia.
As ações começaram a ser negociadas pelo valor de 38 dólares cada, fazendo com que a oferta inicial do Facebook alcançasse a casa dos 16 bilhões de dólares e o valor da empresa ultrapassasse os 100 bilhões de dólares. Para você ter uma ideia, a IPO do Google, que aconteceu em agosto de 2004 e até então era a maior para uma empresa de tecnologia, alcançou 1,9 bilhão de dólares.
Em tese, isso nada significa para os mais de 900 milhões de usuários do Facebook. Mas, como ninguém compra ações para ganhar pouco dinheiro, muito menos para perder, o serviço necessita continuar atraente, ou seja, precisa inovar de maneira contínua, o que deve atingir diretamente o interesse desta quantidade enorme de pessoas.
Depois de as ações terem estreado na bolsa, a cotação de cada uma chegou a 43 dólares. No entanto, os papéis fecharam o dia valendo 38,23 dólares, uma valorização de apenas 0,6%. É claro que este cenário estragou as expectativas de quem esperava uma dia “emocionante” na NASDAQ, mas não chega a ser um resultado ruim.
Devemos levar em conta que, quando o Facebook apresentou a documentação necessária para a IPO, esperava-se que cada ação custasse entre 28 e 35 dólares, mas como vimos começou com preço de 38 dólares. O fato de não ter ocorrido maior valorização sugere que os investidores consideram esta faixa de preço adequada para o momento, ou seja, condizente com o máximo que estão dispostos a pagar. Problema mesmo haveria se tivesse acontecido uma desvalorização.
No vídeo, a estreia do Facebook na NASDAQ
É claro que alguma oscilação pode acontecer nos próximos dias, mas o fato é que o Facebook está com a faca e o queijo nas mãos. Com uma base de usuários que certamente superará a casa do 1 bilhão em um futuro próximo, a companhia tem uma valiosa fonte de dados que, se bem analisada e utilizada, pode tornar o negócio ainda mais rentável.
Por ora, o momento é de comemoração, pelo menos para os principais acionistas do Facebook. Entre eles estão o próprio Zuckerberg; Sheryl Sandberg, que largou o Google em 2008 para se tornar diretora de operações no Facebook; os gêmeos Winkelevoss, que apesar de “inimigos mortais” de Zuckerberg possuem ações da empresa devido a um acordo realizado em 2008; o brasileiro Eduardo Saverin, que teve participação na criação da companhia; e até mesmo Bono, o vocalista da banda U2.
Nada muito surpreendente para uma empresa que, apesar de jovem, já teve a sua história relatada em um livro e, consequentemente, interpretada nos cinemas.
Referências: USATODAY.com, CNNMoney, IBTimes TV.
Emerson Alecrim
Autor: Emerson Alecrim
Graduado em ciência da computação, tem experiência profissional em TI e produz conteúdo sobre tecnologia desde 2001.
É especializado em temas como hardware, sistema operacionais, dispositivos móveis, internet e negócios.
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