Notebooks: o dilema da Asus
Embora não sejam muito conhecidos no Brasil, os notebooks da Asus são bem vistos lá fora e, por isso, vendem bem, tão bem que Asustek (empresa que controla a marca Asus) decidiu dar uma “esfriada” na produção desses equipamentos. Se as vendas estão satisfatórias, isso pode parecer um ato de loucura, não? No caso da Asus, se trata mais de um dilema.
Pouca gente sabe, mas a Asustek é uma das principais fabricantes de notebooks para marcas como Sony, Toshiba, Dell e até Apple. Essas empresas costumam terceirizar a produção desses equipamentos, e a Asustek é uma das companhias mais cotadas para isso. Ou era. Acontece que muitas das mencionadas firmas passaram a ver a Asus como rival devido ao sucesso de sua linha de laptops. Como conseqüência, a Asustek perdeu alguns desses clientes, dando espaço para a Foxconn, empresa que já trabalha com a Sony e a Apple, por exemplo.
A Asustek entende que vender sua produção para outras marcas é mais rentável do que trabalhar diretamente com o consumidor, apesar desse segmento ter lhe dado resultados favoráveis. Na expectativa de não perder mais clientes e de continuar firme na fabricação de placas-mãe e componentes para consoles de games, a Asustek decidiu repassar sua produção de notebooks com a marca Asus para uma filial chamada Asusalpha, que deverá se focar em produtos que não concorrem diretamente com as grandes marcas.
É uma decisão sábia? Provavelmente, sim. Diante desse dilema, a Asus decidiu perder uma batalha do que perder a guerra toda. Todavia, deve tomar cuidado com a concorrência, em especial, a Foxconn e a Quanta Computer, pois essas empresas não parecem dispostas a atuar como meras coadjuvantes nessa história toda…
Referências: DigiTimes e Chile Hardware.
Emerson Alecrim
Autor: Emerson Alecrim
Graduado em ciência da computação, tem experiência profissional em TI e produz conteúdo sobre tecnologia desde 2001.
É especializado em temas como hardware, sistema operacionais, dispositivos móveis, internet e negócios.
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