Foco nas nuvens e em virtualização: Microsoft lança o Windows Server 2012

Windows Server 2012O mercado está se preparando para a chegada do Windows 8 – seu lançamento acontecerá em 26 de outubro –, mas é claro que a Microsoft não está trabalhando somente nesta plataforma. Prova disso é que, nesta terça-feira (04 de setembro de 2012), a empresa lançou oficialmente a nova versão de seu sistema operacional para servidores: o Windows Server 2012.

Interface

Eu estive no Microsoft Technology Center, em São Paulo – SP, para conhecer mais detalhes do novo sistema. Vi muitas novidades interessantes. A primeira coisa que chama a atenção é a interface, que lembra o padrão visual do Windows 8 ao igualmente dividir as informações em blocos organizados por linhas retas e cores sólidas. Não é por menos: a padronização de interfaces cria uma identidade visual marcante para a atual geração de sistemas e serviços da Microsoft, além de facilitar o trabalho do administrador, na visão da empresa.

Interface do Windows Server 2012 – Imagem por Wikipedia

Interface do Windows Server 2012 – Imagem por Wikipedia

Nuvem e virtualização

Obviamente, o que se destaca mesmo em um novo sistema operacional são os recursos oferecidos como diferenciais. De acordo com a Microsoft, o Windows Server 2012, cujo desenvolvimento levou cerca de dois anos, foi pensado desde o início para oferecer recursos variados a aplicações de computação nas nuvens, por exemplo. Ainda segundo a companhia, as experiências obtidas com a plataforma Windows Azure foram um dos pilares que ajudaram o novo sistema a ser abrangente em relação a este aspecto.

De maneira geral, percebe-se também que o Windows Server 2012 é bastante forte quando o assunto é virtualização – trata-se de uma clara tentativa da Microsoft de fazer frente aos grandes nomes do segmento, especialmente a MVware. Para quem não sabe, os sistemas operacionais da Microsoft contam com uma ferramenta de nome Hyper-V para lidar com o conceito. O Windows Server 2012 chega com uma versão nova do Hyper-V, a 3.0, que suporta, entre outros recursos, ambientes virtuais com até 64 processadores e 1 TB de memória RAM (sim, terabyte).

Outra característica do Hyper-V 3.0 que merece menção é a sua funcionalidade de “live migration”, ou seja, a capacidade de transferir máquinas virtuais de um servidor hospedeiro para outro (para manutenção no primeiro, por exemplo): agora, a ferramenta pode realizar múltiplas migrações ao mesmo tempo, sem interromper o funcionamento das máquinas durante o procedimento.

Neste sentido, o Hyper-V também é ágil com replicações: pode-se criar uma número ilimitado de réplicas de máquinas para que uma cópia seja utilizada em testes ou entre imediatamente em operação se o servidor original ficar indisponível por algum motivo.

Gerenciamento

De acordo com a Microsoft, o Windows Server 2012 também tem grande foco nas tarefas de gerenciamento. Por exemplo, pode-se fazer instalações em vários servidores ao mesmo tempo, trabalhar com dispositivos de armazenamento de variados tipos e tratá-los como se fossem uma única unidade lógica, utilizar um ambiente de linha de comandos para a realização de determinadas tarefas (funcionalidade muito requisitada por administradores), entre outros.

O trabalho de gerenciamento também conta com as facilidades do VDI (Virtualization Desktop Infrastructure), ferramenta que permite acesso ao desktop do usuário a partir de qualquer dispositivo autorizado, tarefa que pode ser executada inclusive por meio de tablets e smartphones.

Versões

O Windows Server 2012 chega ao mercado em quatro versões:

  • Windows Server 2012 Foundation: versão inicial, voltada para ambientes de TI que possuem até 15 usuários;
  • Windows Server 2012 Essentials: focada em pequenas empresas, que contam com até 25 usuários ou 50 dispositivos;
  • Windows Server 2012 Standard: versão apropriada para ambientes mais exigentes, mas com um nível não muito elevado de virtualização – possui duas instâncias para máquinas virtuais, com custo adicional para a inclusão de outras;
  • Windows Server 2012 Datacenter: criada para ambientes ainda mais amplos, que lidam com aplicações altamente virtualizadas, possuindo para isso quantidade ilimitada de instâncias para máquinas virtuais.

É válido frisar que, no que se refere aos requisitos mínimos de hardware para rodar o Windows Server 2012, praticamente não há alteração em relação ao que é exigido na geração anterior da plataforma. Assim, a atualização de servidores que rodam alguma versão do Windows Server 2008 poderá ser mais tranquila, já que, pelo menos na maioria dos casos, não será necessário realizar upgrades de hardware ou mesmo trocar de máquina.

De maneira geral, é possível perceber que o Windows Server 2012 é um software bastante maduro: é focado em desempenho, enraíza vários aspectos de cloud computing, está fortemente focado em virtualização, enfim. Trata-se mesmo de um produto respeitável, mas teremos que esperar para ver se com ele a Microsoft conseguirá ampliar sua fatia no mercado de soluções para servidores.

Para mais informações e download da versão de avaliação, acesse o endereço www.microsoft.com/brasil/windowsserver.

Emerson Alecrim

Emerson Alecrim Autor: Emerson Alecrim
Graduado em ciência da computação, tem experiência profissional em TI e produz conteúdo sobre tecnologia desde 2001. É especializado em temas como hardware, sistema operacionais, dispositivos móveis, internet e negócios.
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