Dynamics: a Microsoft marcando presença nos mercados de ERP e CRM
Embora eu já tenha uma certa bagagem na área de TI, faz pouco tempo que descobri que a Microsoft também atende o mercado corporativo com soluções de ERP (Enterprise Resource Planning) e CRM (Customer Relationship Management). Sério, nunca pensei que a criadora do Windows também atuasse em um segmento tão disputado e com nomes tão fortes, como SAP e TOTVS, por exemplo, mas atua: trata-se da divisão Microsoft Dynamics. Recentemente, eu pude conhecer melhor essa área da empresa em um bate-papo com Ricardo Wagner, Gerente de Marketing de Dynamics da Microsoft Brasil.
A primeira coisa que eu quis saber é se essas soluções são específicas para empresas de grande porte. Ricardo me esclareceu que a Microsoft busca atender companhias de todos os tamanhos, ou seja, não se foca somente em grandes players, como alguns provedores do ramo fazem. Para conseguir ser tão abrangente, a Microsoft trabalha com empresas parceiras, que atuam como intermediárias em relação aos clientes para a implementação dos softwares disponibilizados. É uma estratégia certeira, afinal, sozinha, a divisão Dynamics não iria conseguir alcançar o volume de clientes que tem atualmente: são mais de 300 mil pelo mundo inteiro, além de 10 mil parceiros comerciais.
Se você trabalha no ramo, sabe que soluções de ERP e CRM não são o tipo de software “compre, instale e comece a usar”. Cada empresa precisa de soluções específicas, condizentes com suas atividades. Um sistema de ERP de uma transportadora certamente contará com recursos desnecessários e outros faltantes à gestão de um hospital, por exemplo.
Ricardo me disse que, em relação a esse aspecto, isto é, o da customização, a Microsoft consegue trabalhar muito bem. A empresa possui um time de desenvolvimento no Brasil tão ativo, que chega a prover soluções para fora do país. Pode parecer exagero, mas se não fosse assim, o fracasso bateria à porta. E não é difícil entender o porquê: além da ampla variedade de empresas, temos o sistema tributário brasileiro, por exemplo, que de tão complexo, exige até mesmo sistemas de gestão com customizações de nível regional, afinal, há impostos que são cobrados em um determinado estado, mas em outro não, assim como há tributos cobrados somente em determinados ramos de atividades.
Também questionei Ricardo quanto aos modos de licenciamento. De acordo com ele, há clientes que utilizam soluções instaladas em seus próprios servidores, outros que preferem usar versões específicas que rodam em data centers da Microsoft (um esquema de computação nas nuvens), uma parcela que prefere uma mistura de ambos, e assim por diante. E há também um interessante ponto de flexibilidade: as licenças podem ser fornecidas por usuário, por máquina, por servidor, enfim, há um leque de possibilidades para atender os mais diferentes tipos de clientes.
Na minha opinião, essa é uma estratégia bastante significativa, afinal, já vi empresas considerando softwares de ERP ou CRM como “males necessários” justamente pela questão dos custos. Só não deve ser assim: quando bem implementados, softwares do tipo podem até mesmo ser uma crucial ferramenta competitiva.
No final da conversa, eu acabei não resistindo à tentação de perguntar a Ricardo como que a Microsoft trabalha para se estabelecer em um mercado tão disputado e com nomes tão fortes, como disse no início do texto. Ricardo reconheceu que, de fato, esse mercado é bastante concorrido, mas frisou que há muitos segmentos que não são devidamente atendidos e que, portanto, representam boas oportunidades de negócios, principalmente no Brasil.
Mas, como diferenciais da Microsoft, Ricardo mencionou os seguintes exemplos, além do que já foi dito acima: atualização constante, integração com outras ferramentas da empresa (exportar relatórios para o Excel é moleza, por exemplo), interface amigável (no padrão que é comum nos outros produtos da Microsoft), suporte de nível global (se necessário), compatibilidade com múltiplas plataformas (sim, até com Linux) e até mesmo integração com dispositivos móveis.
Bacana, não? Antes de encerrar, deixo meus meus agradecimentos ao Ricardo Wagner pelos esclarecimentos. Quem tiver interesse pode obter mais detalhes no site da Microsoft Dynamics.
E se você não sabe bem o que é ERP e CRM, não se preocupe: em breve publicarei aqui no InfoWester artigos explicativos sobre esses assuntos 😉
Emerson Alecrim
Autor: Emerson Alecrim
Graduado em ciência da computação, tem experiência profissional em TI e produz conteúdo sobre tecnologia desde 2001.
É especializado em temas como hardware, sistema operacionais, dispositivos móveis, internet e negócios.
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