Apple apresenta o iPad mini e, acredite, a quarta geração do iPad “normal”
O ritual se repete: o líder da Apple – atualmente, Tim Cook, como você sabe – sobe ao palco de um grande centro de convenções nos Estados Unidos – desta vez, o California Theatre, em San Jose – fazendo imprensa, geeks e entusiastas da marca acompanharem cada detalhe com um nível de atenção digno de espetáculos da Broadway. A estrela da vez foi o tão aguardado iPad mini. Só que o dispositivo não chegou sozinho: cerca de seis meses depois de lançar o novo iPad, a Apple decidiu colocar a quarta geração da linha no mercado. Mas já?! Pois é…
iPad mini – Imagem por Apple
Em relação ao iPad mini, a sua característica mais notável é a tela de 7,9 polegadas. É um detalhe que chama a atenção porque, em 2010, Steve Jobs chegou a se mostrar contrário a um produto assim por entender que ele causaria frustração. Considerando esta posição quanto ao assunto, talvez o iPad mini represente o passo mais ousado da Apple na era “pós Steve”.
Tendo sido feito sob influência de Jobs ou não, o fato é que, depois de tantos rumores, o iPad mini finalmente foi confirmado. Eis as suas especificações:
- Tela de 7,9 polegadas, mas com resolução de 1024 x 768 pixels, sem Retina Display e com proporção de 4:3;
- Dimensões de 200 mm (altura) x 134,7 mm (largura) x 7,2 mm (espessura);
- Processador A5 (dual core);
- Capacidades de armazenamento de 16, 32 ou 64 GB;
- Câmera traseira de 5 megapixels com gravação de vídeo a 1080p;
- Câmera frontal (Facetime HD) de 1,2 megapixel com gravação de vídeo a 720p;
- Wi-Fi 802.11n;
- Bluetooth 4.0;
- Novo conector Lightning;
- 3G e 4G LTE (versão Celullar);
- Bateria com autonomia estimada em 10 horas;
- Cores externas branca ou preta (havia rumores de outras cores, o que não se confirmou).
Todo mundo sabe que, quando o assunto é tablet, o iPad lidera com folga o mercado. Se é assim, por que a Apple resolveu lançar um novo modelo de tablet em vez de seguir a máxima que diz que “em time que está ganhando não se mexe”? Bom, simplesmente para continuar líder do mercado.
Os concorrentes sentem na pele a dificuldade de fazer frente ao iPad, por isso, os mais ousados testam nichos não explorados pela Apple, como os tablets com tela de 7 polegadas. É aí que se encaixam modelos como Nexus 7, o Samsung Galaxy Tab e principalmente a linha Kindle Fire, da Amazon. Todos estes exemplos estão longe de vender tão bem quanto o iPad “normal”, mas se há algum potencial neste segmento, a Apple provavelmente entendeu que é melhor tentar dominá-lo de vez antes que outra empresa descubra uma forma de fazê-lo.
iPad mini – Imagem por Apple
Até aí, tudo bem. O problema é que a Apple decidiu anunciar também a quarta geração do iPad “normal”, como informado no início do texto, que entra imediatamente no lugar da até então atual terceira versão, para o desencanto de quem havia comprado este modelo. Até o iPad 2 inclusive continuará a ser vendido. Por que a Apple fez isso?
É difícil responder, mas eu imagino que a empresa deu uma “turbinada” no iPad para fazer com que o modelo se apresente com um pouco mais de robustez diante do iPad mini, ou seja, para aumentar as diferenças entre ambos. De fato, as mudanças foram poucas: sai o processador A5X e entra o A6X, cerca de duas vezes mais rápido que o primeiro. Além disso, entra em cena também o novo e pequenino conector Lightning. Por fim, mais regiões com 4G passaram a ser suportadas. Os preços continuam os mesmos: a partir de 499 dólares nos Estados Unidos.
E quanto aos preços do iPad mini? Pela simplicidade da tela quando comparada aos demais modelos da linha, creio que poderiam ser um pouco mais baixos:
- Versão de 16 GB: 329 dólares;
- Versão de 32 GB: 429 dólares;
- Versão de 64 GB: 529 dólares.
Versões com Cellular (3G + 4G):
- Versão de 16 GB: 459 dólares;
- Versão de 32 GB: 559 dólares;
- Versão de 64 GB: 659 dólares.
A novidade entrará em pré-venda a partir da próxima sexta-feira, mas não no Brasil, razão pela qual ainda não sabemos os seus preços para a região. Mas é provável que os valores no país comecem em 1000 reais e não na casa dos 800 reais, como eu torcia. Mesmo assim, vai vender como pãozinho quente na hora do café da manhã, aposto.
Emerson Alecrim
24 de outubro de 2012 às 5:33
Não Obrigado, próximo.