AOL segue os passos do Google para reverter crise
A AOL está tendo que fazer uma verdadeira reforma em casa. Sua política de negócios, que até meados de 2002 foi um grande sucesso, é o caminho da falência nos dias de hoje. A empresa já encerrou suas operações no Brasil, está vendendo suas atividades de acesso à internet na Europa, anunciou a demissão de 5 mil funcionários e começa a imitar o Google em alguns aspectos para não declinar ainda mais: oferecer produtos gratuitamente e gerar renda com publicidade.
A começar com seu serviço de e-mail: além de gratuito, terá como atrativo 5 GB de espaço, quase o dobro do que oferece o Gmail atualmente. A companhia também oferecerá um serviço de armazenamento on-line de arquivos, através do Xdrive, empresa adquirida pela AOL em 2005. Outros serviços também estarão disponíveis, como acesso a conteúdo multimídia e mensagens instantâneas.
O modelo de negócios que alavancou a AOL é o de serviços fechados, isto é, o usuário acessava a internet normalmente, mas era obrigado a fazer isso usando softwares da empresa. E-mail, bate-papo, pesquisa, tudo tinha que ser feito da forma que a AOL determinava. Essa atuação deu certo nos EUA, pois os clientes da empresa acessavam o “mundo AOL” pela sua simplicidade e por sua imagem de segurança.
Com a popularização da banda larga, muitos deixaram de ser clientes da AOL – a empresa demorou demais para investir nesse segmento. Além disso, os usuários começaram a enxergar os benefícios das alternativas gratuitas, deixando ultrapassado o esquema da AOL de oferecer um pacotes de serviço por uma taxa mensal.
Se adequar ao mercado atual é a melhor decisão que AOL poderia ter tomado. A empresa ainda conta com cerca de 18 milhões de clientes. É necessário, primeiramente, mantê-los e, quem sabe, conseguir mais no futuro. É esperar para ver se os novos planos vingarão.
Referências: El Pais, Mouse.cl.
Emerson Alecrim
Autor: Emerson Alecrim
Graduado em ciência da computação, tem experiência profissional em TI e produz conteúdo sobre tecnologia desde 2001.
É especializado em temas como hardware, sistema operacionais, dispositivos móveis, internet e negócios.
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