Microsoft vai investigar exploração de trabalho humano em fábrica contratada

A Microsoft declarou recentemente que vai enviar auditores independentes para investigar uma fábrica na China controlada pela KYE Systems responsável pela fabricação de itens de sua linha de hardware, como teclados, mouses e joysticks para o Xbox 360. A decisão é resultado de relatos de exploração de trabalho humano no local.

A denúncia foi feita pela ONG The National Labor Committe (NLC), que declarou que funcionários da referida fábrica – a maioria, adolescentes – estariam enfrentando uma rotina de trabalho de rigidez quase militar, sendo multados por erros e tendo que lidar com uma jornada de trabalho de 15 horas por dia. Além disso, a fábrica não estaria oferecendo condições adequadas de higiene.

Diante dessa notícia, Brian Tobey, responsável pela divisão de entretenimento e dispositivos da Microsoft, declarou que uma equipe de auditores foi enviada à fábrica para apurar a denúncia. “Se constatarmos que a fábrica não atende aos nossos requisitos, tomaremos as medidas necessárias”, afirmou.

Em sua declaração, Tobey também informou que a Microsoft realiza avaliações trimestrais na fábrica em questão e que, uma vez por ano, um auditor independente inspeciona o local. Nessas atividades, nenhum problema de trabalho infantil teria sido identificado, afirmou o executivo, que também disse que as horas extras dos operários da fábrica diminuíram significantemente e que remuneração destes está dentro do estabelecimento para a região.

O grande problema é que, de acordo as palavras da própria NLC, “o código de conduta de Microsoft e de outras empresas têm impacto zero” em casos como esse. Uma prova recente disso aconteceu no últimos mês de março, com a Apple: na ocasião, a própria companhia divulgou um relatório em que reconhecia práticas ilegais de trabalho em várias das fábricas responsáveis pela produção de seus aparelhos. A Apple enviou notificações às empresas envolvidas exigindo a implementação de políticas que impeçam problemas do tipo sob a ameaça de rompimento de contrato.

Referências: The Official Microsoft Blog, NLC.





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