Escolha da Telebrás para o PNBL preocupa o Comitê de Democratização da Informática

Rodrigo Baggio, diretor do Comitê de Democratização da Informática (CDI), ONG brasileira que trabalha em prol da inclusão digital, disse recentemente que a escolha da Telebrás como gestora do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) é preocupante.

O principal objetivo do PNBL é o de levar acesso à internet em banda larga para regiões onde esse tive de conexão não é oferecido devidamente pelas empresas de telecomunicações. Isso ocorre não só por limitações técnicas, mas também porque essas companhias consideram inviáveis os investimentos nessas áreas.

Para Baggio, o ideal seria que o governo criasse uma política de incentivos fiscais para que as prestadoras passassem a oferecer acesso rápido à internet nas regiões não atendidas. Com a reativação da Telebras, será necessário “implementar a eficiência e a transparência na gestão do uso dos recursos financeiros, principalmente por envolver uma empresa estatal”, afirmou.

O executivo foi mais longe e defendeu as lan houses: “já existem mais de 109 mil empreendimentos desse tipo no Brasil, e eles são usados como acesso à rede mundial de computadores por 48% dos brasileiros. Nas regiões Norte e Nordeste este percentual sobe para 69%, mostrando que as lan houses são um tipo de negócio comunitário que se espalha fortemente pelo país, e que pode ajudar a fazer com que a internet chegue nos municípios mais remotos”.

O governo, por sua vez, garante que a reativação da Telebrás vai estimular a competição no setor. “Haverá muito mais competição, não com o governo diretamente, mas com a oferta no atacado para pequenos e médios provedores que hoje, em alguns lugares, pagam muito caro e só têm o serviço de uma rede para comprar. No mínimo, que tenha duas e escolha se vai comprar da grande rede ou da rede do governo brasileiro”, disse Cezar Alvarez, Coordenador do Programa de Inclusão Digital da Presidência da República.

Referências: Agência Brasil [1], [2].





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