Chip brasileiro para rastreabilidade bovina entra em fase final de testes

Está em fase final de testes o primeiro chip totalmente brasileiro criado para rastreabilidade bovina. Chamado de Chip do Boi, o dispositivo foi desenvolvido pelo Centro de Excelência em Tecnologia Avançada (CEITEC), de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, e tem como objetivo proporcionar melhor controle sobre o gado bovino.

O chip está sendo avaliado em animais da Fazenda Experimental Santa Rita, localizada em Prudente de Morais, Minas Gerais. O sistema todo é composto por um banco de dados, um coletor e uma espécie de “brinco” que contém o chip e também uma antena.

Para obter os dados referentes a cada animal, basta aproximar o dispositivo leitor do “brinco” preso em sua orelha. É possível obter informações como idade, raça, lote de compra, entre outros. Depois de colhidos, esses dados são então repassados a um computador através de cabo ou sinal de rádio. Cada dispositivo leitor tem capacidade para armazenar cerca de sete mil dados.

A rastreabilidade bovina pode ser fundamental para o mercado agropecuário no Brasil, pois cada vez mais países compradores, especialmente da União Europeia, estão exigindo o uso desse tipo de controle para aceitar as exportações da carne bovina brasileira. A solução desenvolvida pelo CEITEC tem como principal vantagem o seu custo menor em relação aos sistemas de rastreabilidade estrangeiros, pois elimina a necessidade de pagamentos de validação no exterior e de royalties.

De acordo com o Ministério da Agricultura, o Brasil possui atualmente cerca de 200 mil cabeças de gado. O chip da CEITEC deverá ser produzido em larga escala logo após o término dos testes.

Referências: Agência Brasil, Ministério da Ciência e Tecnologia.





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