ActiVison e Blizzard de mãos dadas

Tenho um colega viciado em jogos que certa vez me disse que o mundo dos games só não é o único mundo perfeito que existe porque, lamentavelmente, jogos ruins aparecem aos montes por aí. Quando eu disse que ele anda jogando demais, tive a seguinte resposta:

Pensa bem, cara, um mundo onde quem está fora luta para entrar e quem está dentro luta para não sair, só pode ser um mundo perfeito! Ou quase, no caso dos games…

Ao saber do recente, por assim dizer, “casamento” entre Activision e Blizzard (companhia de games pertencente à francesa Vivendi), cheguei à conclusão de que meu gamemaníaco colega tem razão… Pois é, é isso mesmo que você leu: a Activision, empresa responsável por títulos consagrados como as séries Tony Hawk’s, Quake e Guitar Hero, juntou forças com a Blizzard que, para quem acabou de nascer e não sabe, ostenta orgulhosa a responsabilidade por franquias como StarCraft, WarCraft, Diablo e clássicos como Rock N’ Roll Racing e Blackthorne (este último, um dos meus preferidos). O fruto dessa fusão recebeu o nome Activision Blizzard.

Activision + Blizzard

A notícia causou muito espanto, e não é para menos: ambas as empresas têm na bagagem um histórico de jogos respeitáveis, como você certamente percebeu no parágrafo acima. A Activision, por exemplo, desenvolve games desde a época do Atari 2600, console lançado em 1977, e que deu as caras em terras brasileiras em 1983.

Pelo acordo da parceria, a Vivaldi ficará com 52% da nova empresa e poderá definir até 6 dos 11 diretores que ficarão à frente da companhia. A Activision, obviamente, ficará com o restante. Para você ter uma idéia da dimensão desse negócio, o valor envolvido é de quase 19 bilhões de dólares!

Quando se vem à mente a palavra “fusão”, o mercado consumidor fica um pouco apreensivo pelas chances significativas de algo dar errado. Mas, na minha opinião, a união da Activision e da Blizzard pode botar mais lenha em um mercado que já está pegando fogo, já que posicionará a Activision Blizzard como uma rival em potencial da toda poderosa Eletronic Arts (EA). Por outro lado, pode representar uma grande dor de cabeça se, por exemplo, os desenvolvedores de uma ou de ambas as empresas não concordarem com a união e abandonarem seus postos.

Assim sendo, resta para nós, jogadores, torcer para que tudo dê certo, afinal, ninguém quer olhar para a Activision Blizzard e lembrar apenas dos bons jogos do passado…

Referências: PC World, CNETNews.com, Videndi (arquivo em PDF).

Emerson Alecrim

Emerson Alecrim Autor: Emerson Alecrim
Graduado em ciência da computação, tem experiência profissional em TI e produz conteúdo sobre tecnologia desde 2001. É especializado em temas como hardware, sistema operacionais, dispositivos móveis, internet e negócios.
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