IDC: em 2006 geramos 161 exabytes de dados digitais

Dois textos publicados aqui no Blog InfoWester (esse e esse) geraram uma interessante discussão sobre armazenamento de dados. Como se para servir de complemento ao assunto, o IDC acaba de publicar o resultado de uma pesquisa que mediu a quantidade de dados produzidos em 2006: nesse ano, geramos nada menos que 161 exabytes de dados, ou seja, mais de 172 bilhões de gigabytes!

Na verdade, a pesquisa do IDC levou em conta o fato dos arquivos serem reproduzidos e copiados. Se fosse considerado apenas os arquivos originais, a quantidade de dados gerados seria de 40 exabytes. Para entender melhor, imagine que você fez um arquivo de texto e o enviou a um amigo. Ao fazer isso, você criou uma cópia do arquivo, já que o original continua com você. Além disso, suponha que você também assistiu a um vídeo no YouTube. Para poder executá-lo, seu navegador de internet teve que baixá-lo primeiro, ou seja, fez uma cópia, já que o original continua no YouTube. São essas reproduções que o IDC considerou na pesquisa.

Não tenho dúvidas de que essa monstruosa quantidade de dados foi possível graças ao aumento da velocidade de acesso à internet no mundo todo e à quantidade cada vez maior de internautas. Embora alguns especialistas no assunto tenham afirmado que é difícil comprovar os resultados da pesquisa do IDC, é unanimidade que a quantidade de dados aumenta rapidamente a cada ano.

Segundo o IDC, duas conclusões merecem destaque:

– Estima-se que, em 2010, 70% dos dados gerados serão criados por indivíduos;
– Nesse ano, a quantidade de dados gerados poderá chegar a 988 exabytes (quase 1 zettabyte), mas a capacidade de armazenamento disponível é avaliada em 601 exabytes;

Se essas previsões se confirmarem, não duvido nada que apareça algum cientista maluco querendo transformar a Lua em um grande data center

Referência: The Journal News.

Emerson Alecrim

Emerson Alecrim Autor: Emerson Alecrim
Graduado em ciência da computação, tem experiência profissional em TI e produz conteúdo sobre tecnologia desde 2001. É especializado em temas como hardware, sistema operacionais, dispositivos móveis, internet e negócios.
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