Transmeta deixa de se dedicar aos processadores

Quando a Transmeta se tornou conhecida, houve uma leve expectativa de que a Intel e a AMD teriam que dividir mercado com mais um fabricante de processadores. De fato, a Transmeta até que fez algum sucesso com seus chips Crusoe, que equipou muitos laptops por ser de baixo custo e por ser econômico no consumo de energia. Todavia, o desempenho do Crusoe nunca foi excepcional e, convenhamos, entrar em um mercado tão avançado quanto é o dos processadores requer muito investimento, muito mesmo (inclusive em marketing), coisa que a Transmeta não teve.

A conseqüência não poderia ser outra: por mais que tenha tentado, a Transmeta não conseguiu emplacar no mercado de processadores e, por fim, acaba de anunciar que deixará esse segmento. Na verdade, a empresa deixará de produzir chips para o consumidor final, mas continuará a trabalhar com pesquisa nessa e em outras áreas. A intenção da empresa agora é a de sobreviver de “propriedade intelectual”, ou seja, vai licenciar tecnologia.

Tentar lucrar com isso a companhia já tentou, mesmo que indiretamente: no último trimestre de 2006, a Transmeta acionou judicialmente a Intel por acusá-la de violar onze de suas patentes, todas envolvendo tecnologias de consumo de energia em processadores. Todavia, na segunda semana de janeiro de 2007, a Intel é que acusou a Transmeta de violar suas patentes, novamente pela questão do consumo energético.

Referência: TechSpot.

Emerson Alecrim

Emerson Alecrim Autor: Emerson Alecrim
Graduado em ciência da computação, tem experiência profissional em TI e produz conteúdo sobre tecnologia desde 2001. É especializado em temas como hardware, sistema operacionais, dispositivos móveis, internet e negócios.
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